"Eu não posso acreditar que vamos nos formar em três dias," Mike disse. Ele moveu o corpo inteiro enquanto esmagava o controle violentamente com os polegares.
"Eu sei, certo?" Matt adicionou enquanto ele retirava o personagem de Mike da tela. "há!" ele exclamou no rosto de Mike.
Mike suspirou e dramaticamente fez seu corpo ficar mole, caindo de volta no sofá. "Que horas são?" ele perguntou das almofadas.
Matt parou o jogo e abriu o celular. "Perto o suficiente. Nós temos que sair agora ou então Rachel vai enlouquecer pra cima da gente por estar meio minuto atrasado ou algo do tipo." Ele ficou de pé e desligou o videogame e a televisão, movendo-se para olhar o melhor amigo. "Vamos lá, eu derroto você nesse jogo toda vez. Pare de ficar amuado." Ele chutou de brincadeira o sapato de Mike.
"Não," Mike disse, sentando. "É só, você sabe, é isso. 'O fim' e tudo isso. Eu estou tendo dificuldades em aceitar isso."
"Pelo menos vamos nos formar todos juntos," Matt deu de ombros. Ele piscou rapidamente, tentando parar as emoções que ele estava sentindo ao pensar em deixar o McKinley pra trás.
Mike ficou de pé e deu um abraço de ombro no amigo. "Você está certo," ele disse com um sorriso. "Mas é meio engraçado como todos os dozes membros originais do Novas Direções estão todos na mesma turma, sabe?"
"É," Matt riu enquanto ia em direção à porta da frente da casa dele, Mike seguindo-o de perto. "Engraçado como as coisas funcionam dessa forma. Quase como se fosse, eu não sei, roteirizada ou algo do tipo."
"Eu proponho que nós juntemos cada música que nós já apresentamos nos últimos três anos para a nossa última apresentação de 'adeus' na formatura na sexta," Rachel disse rapidamente.
Um quadro branco gigante estava em pé na frente da sala de estar dela, e ela estava escrevendo (de rosa) sua ideia em letras enormes e redondas. Ao redor dela, pessoas imediatamente começaram a protestar.
"Isso é insano, menina," Mercedes estralou os dedos e cruzou os braços na frente do peito dela.
Kurt – que estava sentido ao lado de Mercedes no sofá dos Berrys com um joelho cruzado sobre o outro concordou vigorosamente com a diva ao lado dele. "Completamente insano. Não dá pra fazer."
Mike e Matt apenas olharam um pro outro com sobrancelhas levantadas enquanto compartilhavam o banco do piano. "Você acha que ela finalmente perdeu o juízo?" Mike tentou sussurrar pra Matt. Rachel escutou de qualquer forma ("Eu juro," Santana tinha reclamado uma vez pra Quinn, "aquela garota tem uma audição de um maldito morcego ou algo parecido!") e mandou uma encarada na direção deles.
Puck apenas sacudiu a cabeça enquanto dedilhava algumas notas na guitarra dele na porta.
Quinn valsou pra dentro da sala como uma brisa fria com a saia dela flutuando levemente enquanto ela se movia, instantaneamente distraindo Rachel. Um sorriso se espalhou pelos lábios de Rachel ao ver sua namorada, mas foi em breve retirado do rosto dela quando Quinn disse, "Docinho, isso é completamente impossível."
Tina falou do colo de Artie. "Seria divertido, Rach, mas talvez nós devêssemos pensar em outras ideias pra formatura. Nós só temos o palco por dez minutos, de qualquer forma."
Santana, Brittany e Finn completamente ignoravam a conversa enquanto brincavam com Colby no centro do chão. As risadinhas da garotinhas distraíram Rachel por um momento, e ela sorriu pra sua querida filha. "Você está certa," Rachel aquiesceu. "Vocês todos estão certos." Com esforço, ela retirou os olhos de Colby – seu cabelo castanho ondulado e suas covinhas e seu suéter adorável de lã tamanho infantil – e voltou ao seu quadro branco, apagando as palavras que ela tinha previamente escrito. "Ok," ela disse. "De volta à estaca zero."
"Nós devíamos fazer Hate on Me," Mercedes disse. "Eu teria uma grande parte e meio que representa a merda que todo mundo jogou em cima da gente por ser do coral."
Pessoas concordaram que a música era boa, mas não o conceito. "É formatura," Quinn disse. "Nós provavelmente nunca mais veremos a maior parte dos outros da nossa turma novamente. Não vamos sair com uma nota de amargura."
"É," Finn concordou do chão onde ele estava segurando Colby acima da cabeça como um avião. "Eu concordo com Quinn."
Brittany levantou a mão dela.
"Sim, Brittany?"
"Nós podemos dançar ao fundo enquanto Sr. Schue canta Bust a Move e dança break no palco."
"NÃO!" todos na sala falaram em coro.
"My Life Would Suck Without You?" Tina sugeriu. Quando não houve nenhuma objeção imediata, Rachel escreveu a música no quadro em branco.
"Nós podíamos fazer um número de funk," Artie sugeriu. Rachel levantou uma sobrancelha mas sabiamente manteve a boca fechada. Artie tinha sugerido que eles fizessem um número de funk de vez em quando nos últimos anos. Tina apenas bateu no ombro dele e simpateticamente sacudiu a cabeça dela. Ele concordou solenemente, aceitando o destino do número de funk na imaginação dele.
"Eu pessoalmente penso que uma reprise de Time Warp seria adorável," Kurt disse com um floreio do pulso dele.
"Eu não quero usar uma peruca na formatura," Brittany murmurou do chão. Santana concordou com a declaração dela enquanto brincava com Colby e alguns dos brinquedos da garota, fazendo barulhos de 'vrum vrum' e coisas do tipo.
"Dog Days Are Over da Florence + The Machine podia ser divertido," Matt disse. "É uma das minhas músicas favoritas." Rachel escreveu-a no quadro.
"Você sabe," Rachel disse, "Eu até gosto do que Kurt disse sobre reprisar velhas músicas." Muitas pessoas começaram a abrir a boca pra falar – provavelmente para dizer a ela, novamente, que eles não iriam fazer uma junção de dúzias de músicas em uma – mas Rachel levantou a mão. "Não, me escutem. Vocês lembram do segundo ano quando..."
Cinco minutos depois, todos estavam sorrindo brilhantemente e dando abraços uns nos outros e batendo na mão uns dos outros.
"Então essa é a metade da nossa apresentação," Puck disse. "E sobre a outra metade?"
Os olhos de Quinn se acenderam quando ela se levantou para encarar seus amigos. "Eu acho que eu tenho uma ideia para uma música realmente boa e de classe para cantarmos. Nós precisamos de algo para balançar a loucura da nossa segunda música de qualquer forma..."
Enquanto todos deixavam a casa de Rachel – para ir ao auditório para compartilhar as ideias deles com Sr. Schuester e para ensaiar – eles tinham sorrisos brilhantes e largos nos rostos. Isso vai ser incrível, Rachel pensou enquanto colocava o cinto de Colby no banco de 'mocinha' do carro e entrava na frente do carro dela. Quinn passou por cima do console e entrelaçou os dedos delas.
"Estou orgulhosa de você," Quinn sussurrou.
Rachel riu alegremente antes de se inclinar e beijar Quinn, uma mão ao redor do pescoço dela para segurá-la no local (não que ela fosse a algum lugar). "Confie em mim, baby – o sentimento é mútuo."
Sr. Schuester sentara à mesa do diretor no auditório enquanto assistia ao grupo apresentar a música que eles tinham estado ensaiado até agora naquela tarde. Colby estava sentada ao lado dele, encarando totalmente doze pessoas sentadas em banquinhos no palco, cantando seus corações. Eles eram pessoas que a garotinha tinha literalmente crescido junto – eles eram quem cuidavam dela e aplaudiam quando Rachel e Quinn mostrava a eles que ela podia andar, eles eram os garotos que a protegiam e a amavam. Essas eram as memórias que sua jovem mente provavelmente não lembraria em alguns anos – mas os garotos no palco sempre seriam parte da vida de Colby, não importava o que acontecesse.
Enquanto as últimas palavras se desvaneciam nos cantos mais longínquos do palco, Sr. Schuester ficou de pé e aplaudiu os veteranos do Novas Direções. Colby quicou em seu assento, pulando e aplaudiu e riu também. Sr. Schue se inclinou e a pegou para que ela pudesse ver melhor.
Rachel desceu do seu banquinho até a ponta do palco com as mãos nos quadris. "Como foi, garotinha?" ela chamou Colby – que ainda estava aplaudindo nos braços de Will.
"Bom, mama!" a garota gritou. O sorriso de Rachel se alargou impossivelmente. As garotas no palco ficaram bobas (incluindo Santana que rapidamente tentou cobrir com uma tosse).
"Ok, garotos," Sr. Schuester chamou. "Vamos ouvir seu segundo número!"
Rachel virou e olhou pros seus amigos atrás dela momentaneamente. Os olhos arregalados deles disseram a ela que ela falaria em nome de todos. Ela virou de volta pra plateia e disse, "Na verdade, Sr. Schue, nós queremos que nosso segundo número seja uma surpresa. Pra todos. Incluindo você. Então, se você não se importa..."
Sr. Schuester cerrou os olhos suspeitadoramente. Mas então ele pensou sobre os últimos três anos – o coração, a força e o espírito que esses garotos tinham demonstrado, o amor deles e apoio um pelo outro, a perseverança contra todos os obstáculos (incluindo esquemas maliciosos de jogadores como Sue Sylvester, Jesse St. James, Bryan Ryan; e os mal estares que eles tinham sofrido como indivíduos – Rachel ainda tinha o mais leve manquejar) – e ele percebera que podia confiar neles para apresentar um número depois de todo esse tempo.
"Claro, garotos. Rach, está tudo bem se eu levar Colby pra um sorvete?" Ele direcionou a pergunta mais pra Colby do que Rachel, mas esta deu o consentimento e eles deixaram o auditório de mãos dadas com Colby oscilando ao lado de Will.
"Ok, gente," Rachel disse, virando e pulando contente no mesmo lugar. "Vamos fazer isso!"
Mais tarde naquela noite, Rachel sentou na ponta da minúscula cama de Colby enquanto ajeitava os lençóis embaixo do queixo. "Boa Noite, garotinha," Rachel sussurrou enquanto se inclinava e beijava a testa macia dela gentilmente.
"Noite, mama," Colby bocejou cansada. "Música?"
Rachel sorriu amorosamente. "Claro," ela respondeu antes de começar a cantar palavras familiares pra sua filha cansada.
"Stars shining bright above you,
Night breezes seem to whisper, 'I love you'.
Birds singing in the sycamore tree,
'Dream a little dream of me'.
Say 'nighty-night' and kiss me.
Just hold me tight and tell me you´ll miss me.
While I´m alone and blue as can be, dream a little dream of me."
A porta entreabriu e Rachel olhou pro rosto de Quinn, parcialmente escondido pelas sombras. Ela estendeu a mão, e Quinn moveu-se pra frente e envolveu a mão oferecida com as dela. Rachel continuou a cantar pra Colby – cujos olhos já tinham há muito fechado.
"Stars fading, but I linger on, dear.
Still craving your kiss, I´m longing to linger till dawn, dear.
Just saying this: 'Sweet dreams till sunbeams find you'.
Sweet dreams that leave all worries behind you.
But in your dreams whatever they be, dream a little dream of me."
Quinn assistiu Rachel cantar. Seu coração flutuou enquanto a jovem mulher que tinha cativado-a anos atrás colocava todo seu amor e cuidado pela criança em cada letra da música. E ela assistiu Colby dormitar. Ela não podia evitar o sorriso bobo e o brilho que estava indubitavelmente em seus olhos enquanto via a garotinha que ela considerava como sua. Junto com os dois homens que estavam lá embaixo assistindo o noticiário, eles eram uma família.
Rachel ficou de pé quando ela soube com certeza que Colby estava descansando em paz. Sua mão ainda conectando-a a Quinn, ela puxou ambas pra fora do quarto pro corredor. Logo, eles estavam no quarto delas, deitando juntas sobre a cama. A frente de Quinn estava pressionada fortemente nas costas de Rachel com os braços envolvendo protetoramente a pequena morena. Os olhos de Quinn fecharam enquanto ela respirou profundamente, saboreando o doce perfume do cabelo de Rachel e lembrava de um momento – anos atrás – quando ela sentiu as primeiras nuances do que significava estar se apaixonando.
"Uau. Seu cabelo cheira realmente bem," Quinn murmurou contra o cabelo de Rachel enquanto ela suavemente segurava a garota que chorava. Rachel olhou pra ela como ela fosse louca, para o que Quinn respondeu, "O que? Cheira mesmo." E então Rachel riu e Quinn sorriu, curiosamente imaginando se isso talvez fosse o que era estar começando a se apaixonar por alguém...
"Eu acho que eu vou fazer," Rachel disse de repente, afastando Quinn de suas memórias.
A mente de Quinn imediatamente foi pra um lugar assustador quando ela perguntou, "Você vai fazer o que exatamente?"
Mas Rachel – os pensamentos dela numa trilha completamente diferente – não percebeu a brincadeira no tom de Quinn. Ao invés disso, ela se esticou pra frente e abriu a gaveta da mesinha de cabeceira dela que ela estivera olhando pelos últimos minutos. Ela colocou a mão dentro e puxou o bilhete que tinha chegado a posse dela há muito tempo – e agora estava ali todo esticado em suas mãos das tantas vezes que ela o tinha aberto e lido. "Eu vou ligar pra minha mãe," ela sussurrou. Mas, apesar do tom baixo dela, Quinn ouvira.
"Tem certeza?" Quinn perguntou. Ela sentou e se inclinou sobre Rachel que estava agora deitada de costas e encarava as palavras no papel.
Depois de alguns momentos, Rachel tremulamente abaixou a carta até o peito e encarou os olhos esverdeados de Quinn. "Você é a pessoa mais linda que eu conheço, Quinn, e eu tenho que ser a pessoa mais sortuda do mundo por poder te chamar de minha." As palavras deixaram os lábios de Rachel em um tom amoroso e reverente que fez com que Quinn rapidamente se inclinasse pra baixo e beijasse-a com vontade.
Depois de muitos minutos de beijos apaixonados, Quinn se afastou e descansou a testa na de Rachel. "Você me mima, sabe." Ela beijou o lado do rosto de Rachel, as pálpebras, a ponta do nariz dela. "Você me faz sentir linda e especial, como se o resto do mundo estivesse esperando na ponta dos meus dedos." Os lábios delas se encontraram várias e várias vezes e os gemidos delas misturaram-se deliciosamente. "Se você quiser ligar pra sua mãe, eu prometo que eu estarei bem aqui do seu lado quando você o fizer."
Rachel sorriu e exalou a respiração contra os lábios de Quinn. "Vamos acabar logo com isso então, ok?"
Era fácil o bastante pra Rachel colocar o bilhete de volta na mesinha de cabeceira. E foi relativamente simples pegar o telefone dela. Até mesmo discar o número de Shelby Corcoran foi fácil – Rachel tinha memorizado há meses. Mas quando chegou a hora de pressionar o pequeno botão verde de 'ligação', Rachel ficou perdida. Quinn ainda estava deitada com o corpo dela pressionado firmemente – carinhosamente – no de Rachel quando a morena virou pra namorada com um olhar implorando nos olhos. E foi fácil para Quinn beijá-la amorosamente nos lábios e remover o telefone da mão de Rachel, apertar o botão necessário e mover o celular para a orelha de Rachel.
Houve apenas alguns toques antes de Quinn ouvir Rachel dizer, "Olá? Shelby? Aqui é Rachel..."
E então não houve nada que Quinn pudesse fazer a não ser esperar e preparar-se para apanhar Rachel se a garota verdadeiramente precisasse ser pega.
Shelby enxaguou o sabonete das mãos enquanto encarava o reflexo no espelho. Suas bochechas estavam ligeiramente rosadas, seus olhos estavam brilhando e ela estava sorrindo como ela não tinha sorrido há anos.
Ela se esticou e puxou alguns papéis-toalha para secar as mãos, e ela deixou o banheiro com a cabeça erguida. Quando ela andou até o quarto apropriado, Shelby teve o mais breve sentimento de déjà viu – de outro lugar, outro momento, outra vida.
Andando até a mesinha de cabecinha, ela sentou-se e imediatamente tomou a mão de Holly na própria. "É adorável ver você," ela disse sinceramente.
Holly só sorriu de volta. "Esse dia demorou demais pra chegar, né?"
Shelby mordeu o lábio enquanto tentava segurar as lágrimas de alegria que estavam ameaçando a derramar dos olhos dela. Ela concordou enquanto apertava os dedos que a mão dela estava envolvendo. "Sim," ela sussurrou, a voz dela transbordando de emoção. "Demorou." Shelby respirou profundamente antes de adicionar, "Rachel me ligou noite passada."
Holly imediatamente prestou atenção. "Foi?" ela questionou, seu tom sereno mas seus lábios se virando ligeiramente pra cima.
"Foi. Meio que irônico que você e eu nos conhecemos por causa dela e, bem, aqui estamos nós." Holly deu com a cabeça pra Shelby continuar, e dessa vez ela quem deu um aperto confortador na mão da outra. "Nós não conversamos muitos, mas ela me contou tantas coisas." Nesse momento, as lágrimas que ela tinha previamente tentado segurar estavam fluindo precariamente pelas bochechas dela. "Ela me disse que ela está feliz; que ela e Quinn ainda são um casal, que Colby é a criancinha mais incrível, que o portfólio de Quinn foi aceito para a Escola de Artes Tisch da NYU e que Rachel foi aceita em Juilliard –" a voz de Shelby quebrou já que ela foi tomada pela emoção. "Apesar dos obstáculos difíceis na vida dela, ela está conseguindo."
"Conseguindo o que?" Holly gentilmente perguntou. Ela sabia a resposta. Mas Shelby precisava dizer.
Shelby olhou pra cima pras mãos entrelaçadas delas. "Tornando os sonhos dela realidade. Mas então," Shelby fungou, "eu acho que se já houve uma jovem mulher – uma jovem mãe – que podia lidar com tudo que ela passou e ainda sair por cima, correr atrás dos sonhos dela com vigor e alcançá-los... Bem, eu não passei muito tempo com ela pessoalmente, mas eu sei que ela é essa garota."
Os lábios sorridentes de Holly se abriram quando ela estava prestes a responder, mas a enfermeira escolheu aquele momento pra entrar. "Boa tarde, senhoras," ela disse docemente.
Cumprimentos foram trocados e em questão de momentos, Holly estava rindo com uma sensação fria e macia do gel em sua barriga. A enfermeira apontou algumas características na tela enquanto Shelby e Holly davam a total atenção. Enquanto a enfermeira começava a limpar a barriga de Holly, ela casualmente perguntou, "Vocês gostariam de saber o sexo?"
Holly olhou pra Shelby – essa era a criança dela, afinal de contas. A escolha tinha sido sempre dela. Shelby continuou a encarar o monitor; ela não tinha retirados olhos dali desde que a imagem ficou parada, congelada no tempo. Ela finalmente olhou pra enfermeira, concordando vigorosamente com a cabeça. "Sim, por favor."
A enfermeira sorriu gentilmente antes de dizer, "Você vai ter um menininho."
Lágrimas de alegria novamente encontraram o caminho pelas bochechas de Shelby enquanto ela pulava e puxava a enfermeira pra um firme abraço enquanto ela ia saindo do quarto. E quando ela estava sozinha com Holly novamente – Holly, o anjo da guarda dela, ela estava certa disso – Shelby puxou-a pro peito e passou os braços ao redor da sua barriga de aluguel, sua amiga. "Obrigada," ela sussurrou. "Muito obrigada."
Holly passou as mãos pra cima e pra baixo nas costas de Shelby enquanto a outra mulher chorava pesadamente no ombro dela. "Oh, querida," ela disse. "Você nem precisava ter pedido."
"Eu realmente não entendo o conceito de pompa e circunstância pra qualquer evento que não inclua Sue Sylvester," Sue Sylvester grunhiu enquanto tomava lugar nas arquibancadas antes da cerimônia de graduação do McKinley para a classe de 2012.
"Oh Sue," Diretor Figgins bufou .Ele não disse mais nada. Não havia muito mais pra ser dito.
Alguns assentos pra trás, Marcus e Brendon sentavam com Colby aninhada carinhosamente entre eles. Brendon estava mexendo nervosamente com o tripé para a câmera de vídeo deles. "Ohh," ele respirou. "Eu acho que eu esqueci a bateria reserva! E se essa morrer?"
Marcus riu e mexeu no bolso da jaqueta dele, extraindo a bateria extra totalmente carregada. "Sem problemas, querido. Eu tenho sua retaguarda."
Brendon olhou da câmera pra bateria que estava na mão aberta de Marcus. Ele riu alto antes de envolver a mão dele na do marido. "O que eu faria sem você?" ele perguntou ternamente. Marcus não respondeu – mas só porque não era um problema.
"Eu estou tão empolgado pelos garotos," Will sussurrou pra Emma. "É maravilhoso que eles estão finalmente se formando. E eu mal posso esperar pela apresentação! Você vai ficar tocada, eu prometo."
Srta. Pillsbury riu, enrubesceu e disse, "Tenho certeza que será mágico." Ela colocou a mão na ponta da arquibancada onde eles estavam sentados entre ela e Will. Ele olhou pra baixo quando notou o leve movimento dela e sorriu antes de lentamente, levemente, cuidadosamente colocar a própria mão em cima da dela.
O ginásio ecoou com os sons da família e amigos aplaudindo os que amavam enquanto os veteranos do colégio entravam em pares. Quinn e Rachel estavam paradas ombro a ombro, de mãos dadas, enquanto se encaminhavam pras fileiras de cadeira montadas na frente do palco. A banda estava colocada em um lado do cômodo largo e Rachel tremeu quando uma madeira guinchou sem cerimônia.
"Você está nervosa?" Quinn sussurrou na orelha de Rachel enquanto elas acenavam pra família delas.
Rachel posou momentaneamente pra uma foto com um braço ao redor da cintura da namorada antes de continuar sua progressão. "Pelo que?" ela perguntou. "Pela apresentação?"
Quinn balançou a cabeça. "Não. Com a vida."
Rapidamente, Rachel virou a cabeça pra olhar pra Quinn. A expressão no rosto dela era uma preenchida com tanto amor que Quinn pensou que ela poderia bem facilmente derreter em um pudim de Quinn a qualquer segundo. "Eu não estou absolutamente nervosa pela vida à frente, Quinn, porque você estará lá comigo a cada passo do caminho. Juntas, nós podemos fazer qualquer coisa."
Elas se sentaram – o que era bom pra Quinn, porque as pernas dela estavam que nem gelatina. Os outros dez membros originais do Novas Direções estavam na mesma fileira e todos eles trocaram acenos e polegares pra cima enquanto Diretor Figgins tomava o palco para fazer o discurso dele.
Em breve, ele estava introduzindo o clube do coral. "O Novas Direções é o nosso clube do coral aqui em McKinley. Pelos últimos dois anos, eles foram selecionados pra competir nas Nacionais do Show de Corais. Ano passados, eles terminaram em quinto no país; e nesse junho que está por vir, eles competirão novamente. Nós desejamos a ele a melhor das sortes!" Houve alguns aplausos da audiência enquanto o Diretor Figgins convidava o grupo para se apresentar no palco. Já havia doze banquinhos montados pra eles em um semi-círculo atrás do pódio.
"OK, gente," Rachel sussurrou pela fileira enquanto eles se levantavam. "É hora do show!"
Rachel andou até o microfone – ela tinha sido a líder deles desde o começo, e eles não estavam prestes a mudar isso naquele dia, o último dia deles se apresentando juntos pra tal audiência.
"Boa tarde," ela falou no microfone suavemente, docemente. "Nós vamos apresentar duas músicas pra vocês todos hoje. E, se vocês me conhecem de alguma forma, vocês sabem que eu gosto de falar. Mas eu acho que essa primeira música, pelo menos, dirá tudo que eu nunca poderia expressar apropriadamente com palavras."
Ela se afastou e deu a deixa pro cara do som ao lado. A trilha de fundo deles começou a tocar enquanto ela ia até o banquinho dela. Tina começou a cantar por cima dos vocais de suporte dos amigos dela, a voz dela chegando lindamente até o teto.
"You with the sad eyes,
Don´t be discouraged.
Oh, I realize
It´s hard to take courage.
In a world full of people,
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small."
Todos ao redor do semi-círculo trocaram sorrisos enquanto eles continuavam a cantar como um só, harmonizando e passando a liderança de voz em voz, talento em talento.
"Show me a smile then,
Don´t be unhappy, can´t remember
When I last saw you laughing.
If this world makes you crazy,
And you´ve taken all you can bear,
You call me up
Because you know I´ll be there."
O Sr. Schuester enxugou uma lágrima do olho. Sue Sylvester o viu fazendo isso e ela rapidamente cobriu o sorriso doloso que ela tinha experimentado à visão nauseante.
"And I´ll see your true colors
Shining through.
I see your true colors,
And that´s why I love you.
So don´t be afraid to let them show,
Your true colors,
True colors are beautiful,
Like a rainbow."
As notas finais desvaneceram no nada enquanto doze garotos no palco recebiam uma ovação de pé. Rachel tomou um momento pra se fazer de tímida, abaixando a cabeça até o peito enquanto ela se aproximava do pódio novamente. "Obrigada," ela disse, e um silêncio finalmente caiu sobre a plateia. "Nossa última música – e nossa final apresentação como veteranos dos Novas Direções – é uma eu alguns de vocês –" ela encarou descaradamente pros colegas de turma "- talvez se lembre afetuosamente. Outros de vocês, entretanto –" ela permitiu que os olhos passassem por Sue Sylvester por um momento "- talvez não fiquem tão satisfeitos." Sue cerrou os olhos, mas Rachel continuou antes de que qualquer outra coisa pudesse ser dita. Ela virou pro homem do som e gritou, "Solta!"
"Get upon this!" os garotos cantaram em coro enquanto jogavam os chapéus e as vestes para revelar camisetas azul brilhantes e saias e jeans azul, pochete (no caso de Kurt) e faixas de cabelo e tênis pretos. A mandíbula de Sue imediatamente caiu em horror.
""Oooh, baby, baby.
Baby, baby.
Oooh, baby, baby.
Baby, baby."
Inicialmente, Sr. Schuester tinha ficado chocado e perplexo com a escolha musical – especialmente considerando o fato de que eles tinham passado por tantos problemas com essa música da primeira vez. Mas então tudo que ela podia fazer era focar nos sorrisos nos rostos deles e a diversão que eles pareciam estar tendo. Então ele decidiu relaxar – porque esses eram os garotos dele, e ele seria pra sempre orgulhoso deles.
"Salt and Pepa´s here, and we´re in effect,
Want you to push it, babe,
Coolin´by day then at night working up a sweat.
C´mon girls, let´s go show the guys that we know,
How to become number one in a hot party show.
Now push it!"
A voz de Rachel estava divertida e corajosa e quando Quinn dançou com ela, o coração dela subiu tanto como nunca antes. Essa garota era o futuro dela.
"Yo, yo, yo, yo, baby-pop,
Yeah, you come here, gimme a kiss.
Better make it fast or else I´m gonna get pissed.
Can´t you hear the music´s pumpin´ hard like I wish you would?
Now push it!"
Finn estava tão estranho quanto sempre.
"Push it good.
Push it real good!
Push it good.
P-push it real good!"
O grupo ficou junto em um último massivo jogar do quadril para celebrar a graduação deles (porque, bem, seria inteiramente desarrazoado expulsá-los agora de qualquer forma).
"Ahhh, push it!"
N/T: Então chegamos a mais um término de tradução, pessoal. Espero que tenham curtido mais essa história e possam me acompanhar na próxima. Ah, a próxima só daqui a quatro meses devido a alguns projetos pessoais. Qualquer coisa nesse ínterim, falem comigo lá no Twitter: Black_Sphynxy!