Ultimamente tenho tido uns momentos de nostalgia com Nárnia, apesar de eu ter lido os livros há algum tempo atrás, resolvi fazer essa história. Enfim, essa é uma história curtinha centrada em Susana, como sempre se sintam a vontade para comentar. Acho que a história vai fazer sentido só para quem tiver lido o sétimo livro de outra forma vai ter spoiler, por isso cuidado!
Disclaimer: Eu não possuo as Crônicas de Nárnia.
Ela não teria outra chance, já estava grande era agora uma moça ficar agarrada a lembranças do passado era inútil isso só traria tristeza e ela queria alegria. Queria dançar, estudar se arrumar para festas queria viver.
Seus irmãos não a entendiam e nem ela a eles. Porque ela não podia se divertir? Porque ela teria que conviver com a dor da falta de uma coisa muito importante que foi arrancada dela? Então quando começavam a falar de Nárnia, Susana começou a ignorar essas conversas e isso foi se tornando automático.
Lúcia era a mais insistente isso até gerava brigas entre elas, Pedro desistiu mais cedo e só lhe lançava olhares decepcionados já Edmundo ele apenas a observava e a aceitava, simples assim.
Susana não era uma vilã, ela viveu como queria viver sua vida, não era diferente das jovens de sua idade. Mesmo sua mãe dizia para ela agir como moça, não era mais uma criança devia deixar essa conversa de castores falantes para trás e foi o que ela fez. A pior parte era quando ela sonhava, ela às vezes estava junta com suas amigas e de repente estava cavalgando ao ar livre com um arco e aljava nas costas. Suas roupas eram diferentes, talvez até ela mesma. Quando acordava não pensava nesses sonhos, nem os comentava com ninguém e de alguma forma seu peito doía com uma saudade inexplicável.
De fato às vezes ela invejava seus irmãos, a esperança que eles tinham e sua força de vontade de continuar acreditando. Mesmo os momentos que eles conversavam sobre esse mundo com um sorriso nostálgico no rosto ela queria está ali participando, mas ela sempre muito prática sabia que isso iria doer imensamente. E a dor não era nada prática.