Crepúsculo não me pertence. Olá! Essa fic faz parte do POSOward, onde autoras do fandom de Crepúsculo se uniram para criar uma One-shot narrada pelo Edward, afinal, agora é a vez dele! Confira todas as histórias na página bit (ponto) ly (barra) POSOffnet Você também encontra o link diretamente no meu perfil, na aba de Favorite Authors.

— Não seja um leitor fantasma, comente!

— O enredo da fanfic é meu, e está proibida a cópia e/ou postagem em quaisquer outros sites.

— Obrigada Leili por dar corda pra minha loucura, por betar e por fazer a capa! s2


CAPÍTULO ÚNICO — SUNFLOWER

Edward POV.

Comecei aquela manhã exatamente como nos últimos meses. Acordei em uma cama fria, tomei um banho rápido, coloquei minha roupa e caminhei até o quarto de Summer para ajudá-la a se preparar para o dia. Como sempre, ela resmungou sobre ter que ir para a escola e eu segurei a vontade de rir quando seu narizinho se contorceu em uma careta. Minha filha era a coisa mais fofa do mundo.

— Lembra que hoje é sexta-feira — eu disse, quando terminei de trançar seus cabelos longos. Seus olhos redondos e escuros brilharam de animação.

Ela sabia que na sexta-feira poderia ficar acordada até mais tarde e que iríamos assistir a um filme juntos. Provavelmente Moana pela milésima vez. Sempre tinha sido a nossa tradição e, apesar de algumas mudanças na nossa rotina nos últimos tempos, eu fazia questão de manter aquela. Assim tínhamos um senso de normalidade.

— Okay! — comemorou e então deixou que eu terminasse de ajudá-la a se arrumar.

Depois de um café da manhã rápido — ovos mexidos e bacon para mim, cereal com leite para Summer —, a deixei na escola pontualmente às nove da manhã e segui o meu caminho até a Wildflower: Café e Floricultura. Tinha aberto a loja há cerca de dez anos, logo quando me formei na faculdade de administração e negócios. Ainda estava nos meus 24 anos e mesmo com um diploma em mãos e muitas possibilidades de crescer em uma metrópole, tinha resolvido voltar a morar na pacata cidade de Santa Helena pra ficar mais perto da minha família.

Agora, quase dez anos depois negócios ainda iam bem e eu sabia que tinha tomado a decisão certa. Pela maior parte do dia alguns clientes fiéis iam e vinham, alguns estudantes da escola local passavam um tempo fazendo trabalhos nas mesas enquanto tomavam café e conversavam e as senhoras gostavam de passar para trocar dicas comigo sobre como cuidar de alguma flor.

Outros momentos, porém, o lugar ficava tão vazio que era impossível controlar minha mente e a direção dos meus pensamentos. Soltei um suspiro pesado e alonguei meu pescoço, antes de voltar minha atenção para o papel na minha frente. Ainda tinha muitas coisas para resolver com o advogado e não podia enrolar mais.

O barulho do sino na porta indicou que alguém havia chegado e, sem precisar conferir o relógio, eu sabia que eram seis da tarde. Toda sexta-feira, pontualmente às seis da tarde, ela entrava na floricultura. Com seus vestidos de verão floridos, longos e esvoaçantes, ela praticamente dançava pelo espaço. O cabelo na altura dos ombros estava sempre solto e uma bagunça, mas ela não parecia se importar, pois estava sempre com um sorriso nos lábios cheios. Um sorriso que me deixava de pernas bambas. Eu seria capaz de tudo por aquele sorriso.

De longe, encostado no balcão, eu observava enquanto ela ficava por quase uma hora lendo algum romance de Jane Austen e, então, subitamente ela se levantava, fechava o livro e voltava a caminhar pela floricultura.

Eu sabia exatamente onde ela estava indo.

Com aqueles olhos grandes e curiosos, a morena caminhava na sessão onde os clientes podiam montar o seu próprio buquê e eu observava como ela sempre o montava da mesma forma: seis grandes girassóis, alguns ramos de lavanda e algumas flores brancas.

— Acho que esse ficou o melhor de todos! — Segurei uma risada. Toda semana ela dizia a mesma coisa e então levava o buquê até o nariz para sentir melhor o cheiro dele. — Hmmm… Cheiro de verão. Meu favorito.

Depois de pagar pelo buquê, ela costumava enrolar alguns segundos pela loja e então eu o sino na porta indicava que ela tinha ido embora e, mais uma vez, eu ficava me perguntando porque não tive coragem de a chamar para um encontro. Ou de falar como suas visitas eram a melhor parte da minha semana.

Soltei um suspiro pesado, vendo que a loja tinha apenas mais um cliente e, depois que o homem pagou o buquê pronto de rosas vermelhas que tinha escolhido, comecei a fechar o local. Do lado de fora o sol já estava se pondo e, notando como cada vez mais os dias iam ficando menores, sabia que o verão terminaria em breve.

Quando cheguei na casa dos meus pais alguns minutos depois, soltei uma risada quando vi o rostinho de Summer praticamente grudado na janela enquanto ela me esperava. Minha mãe abriu a porta da frente pra ela e ela rapidamente correu até onde eu estava e se jogou nos meus braços. Aos cinco anos de idade ela já estava ficando grande demais para o meu gosto. Queria que ela ficasse pequenininha pra sempre.

— Papai, a gente vai assistir Moana, né? — perguntou animada.

— Sim, princesa. Eu só preciso falar rapidinho com seus avós e vamos, tudo bem?

— Okay!

— Que tal ir pegando suas coisas enquanto isso? — sugeri, colocando ela no chão novamente e ela saiu correndo.

Na porta da casa, minha mãe me observava com um sorriso no rosto e eu a cumprimentei com um abraço rápido. Depois de conversarmos por alguns minutos e eu a agradecer mais uma vez por ter buscado minha filha na escola, Summer e eu fizemos o caminho até nossa casa enquanto minha pequena falava animadamente sobre o seu dia na escola. Aparentemente eles tinham feito uma atividade com tinta na aula de artes.

—… e meu girassol ficou o mais lindo da sala! — ela exclamou, quando eu parei o carro na porta de casa.

Ela tinha pintado um girassol, é claro.

— Tenho certeza que sim, princesa — respondi. — Quando a Sra. Cooper te entregar ele, vamos pendurar lá na loja do papai.

— Eba!

Nossa noite de sexta-feira aconteceu como todas as outras costumavam acontecer ultimamente. Preparei um jantar rápido para nós dois: macarrão com queijo, pois era o seu favorito. E, depois de comermos, dei um banho rápido nela e fomos para sala assistir Moana. Mesmo animada com a ideia de ficar acordada até mais tarde, Summer tinha adormecido em meus braços antes mesmo do filme acabar.

Cuidadosamente eu a levei até sua cama e por alguns segundos a observei enquanto ela dormia. A cada dia que passava Summer ficava mais parecida com ela. Com sua mãe. Os cabelos longos e castanhos, as mesmas sardinhas no nariz pequeno e os mesmos olhos castanhos e curiosos. Senti um aperto no peito ao mesmo tempo em que uma felicidade por ter ela ali comigo me invadia e me abaixei na cama para depositar um beijo em sua testa.

— Bons sonhos, princesa — murmurei. — O papai te ama.

E, assim como nos últimos meses, caminhei para o meu quarto vazio. Tomei um banho longo onde lavei toda a exaustão daquele dia e, depois de colocar uma calça de pijama, caminhei até a minha cama. Sentei na ponta do colchão e soltei mais um suspiro pesado, vendo o porta-retrato na mesinha de cabeceira.

Aquele tinha sido um bom dia.

Depois de semanas sem ter coragem de falar com ela enquanto ela ia na minha loja, ela finalmente tomou controle da situação e me chamou para sair. Tínhamos ido em uma vinícola nos arredores da cidade onde passamos o dia tomando vinho e nos conhecendo melhor. No final do dia, encerramos o encontro com um beijo longo enquanto o sol se punha atrás da gente. E, por ser verão, por sorte o sol só tinha se posto depois da nove.

Passei a mão pela foto, vendo o sorriso no rosto de Bella e o aperto no meu coração ficou maior. Todas as noites nos últimos dez meses eu desejava voltar no tempo. Queria voltar onde tudo começou, onde ainda éramos jovens livres e incrivelmente apaixonados. Onde nossa família tinha se formado e nada mais importava. Onde um acidente terrível não tinha tirado ela de nós.

Um mundo onde ela ainda existia em algum lugar além dos meus sonhos e devaneios.

Um mundo com ela. Com meu girassol. Bella.

fim.


Oi, gente! Essa história é um pouco diferente do que normalmente escrevo e bem curtinha... estava escrevendo minha ideia inicial para one-shot do #POSOward enquanto ouvia música e do nada a história surgiu na minha cabeça e precisei parar e escrever ela. Então… o que acharam? Como falei: algo diferente do que escrevo! Um pouco triste, mas fofo ao mesmo tempo. Espero que tenham gostado, não deixem me comentar me contando! Fiquem ligadas no meu perfil que em breve temos a one-shot oficial do POSOward e mais uma surpresa (tudo com muitos refrescos, prometo!).

Beijos e até a próxima! s2