EU TRANSMIGREI
Eu não possuo nada.
Nota de esclarecimento: tudo o que sei sobre armas e venenos, eu tirei da internet, então eu não sei nada. E muitas das coisas que escrevi aqui é exagero ou totalmente falso, apenas para se encaixar na minha história. As informações médicas não são precisas.
Pode-se falar muitas coisas sobre Mathew Jones, seus inimigos eram os que mais tinham a falar sobre ele. Mas um alvo fácil nunca estava entre esses insultos. A maioria o chamava de bastardo sortudo e louco, filho da puta com a mira perfeita e um assassino implacável. Aos 47 anos ele já era um assassino na lista dos cinco melhores do mundo, o que não era de se surpreender já que ele começou sua carreira aos quatorze anos quando eliminou o cartel que assassinou seus pais.
Mathew era filho e neto de assassinos, sua família era muito famosa, e por isso tinha muitos inimigos. Matt começou a aprender o oficio da família aos oito anos de idade. Ele já escapou de dezenas de atentados e sempre saia vitorioso, ele era um especialista em venenos, tendo aprendido com sua mãe e sua avó como matar e curar. Sua avó sempre dizia... 'quem melhor para matar do que aquele que sabe como salvar?' com seu pai ele aprendeu sobre armas de fogo e armas brancas, quando sua família foi morta, Matt perseguiu um por um dos assassinos e fez deles um exemplo. Assim como os mandantes e suas famílias, ninguém sobreviveu.
Seu próximo alvo era um dândi, um rico excêntrico que vivia dando festas extravagantes, e dessa vez era uma festa a fantasia. Matt sempre foi exigente com o que vestia e encontrou essa loja que vendia fantasias exclusivas e costuradas sob medida e apenas com o melhor material. A loja ficava dentro de um dos maiores centro comercial do mundo, sendo esse o caso, Matt nunca pensou que seus inimigos estivessem dispostos a destruir mais de 9 km² e matar milhares de pessoas, mas foi isso que fizeram, Matt só teve tempo de xingar enquanto sentia o calor da explosão.
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Ele acordou deitado no chão e com uma cabeça sangrando e dolorida, enquanto pensava como ele havia sobrevivido à explosão ele se levantou e olhou em volta. 'totó, não estamos mais no Kansas.' Era alarmantemente óbvio que ele não estava mais no shopping e pelas memorias que ele estava recebendo, ele nem mesmo estava em seu tempo. Guiando-se pelas memórias ele se encaminhou para uma ferraria, entrando no lugar ele viu um bêbado deitado perto da parede com um garrafa de álcool firmemente em sua mão. Ele se dirigiu para os fundos e encontrou alguns trapos e um barriu com água limpa, a primeira providencia era limpar o ferimento corretamente. Nessa época infecções de feridas mal cuidadas era uma das principais causas de morte, se ele ainda estivesse naquele shopping, ele se lembra de ter passado por uma farmácia lá.
Então ele sentiu a temperatura mais agradável e levantou a cabeça, ele se viu no enorme shopping, sozinho, mas com todas as luzes acesas, o ar condicionado ligado e as lojas abertas. Ele pensou na ferraria e o ambiente borrou até que as paredes cheias de buraco e o chão sujo da ferraria apareceu. Ele pensou novamente no shopping e estava lá, parece que ele morreu, mas ganhou um 'dedo de ouro' ou uma 'trapaça', com as coisas aqui ele poderia fazer uma fortuna. Mas as primeiras coisas primeiro, ele foi até a farmácia e pegou o gel antisséptico e limpou o ferimento, colocou uma pomada cicatrizante e cobriu com um curativo para não entrar sujeira.
Ele então se dirigiu à praça de alimentação e fez uma refeição saborosa e tranquila, aproveitou também para tomar um banho relaxante no Spa, e então começou a fazer o experimento que queria. Saber se ele poderia retirar coisas de dentro do shopping, resposta; ele podia. Então ele estava passando por uma loja de cosméticos vendo o que poderia ser vendido sem chamar a atenção quando uma mulher apareceu.
-posso ajuda-lo mestre?
-quem é você?
-sou o 'ajudante'.
-e o que é um 'ajudante?'
-somos assistentes, ajudantes, enfermeiro, o que quer que nossos Mestres precisem que sejamos.
-e quem é seu Mestre?
-você é.
Matt ficou confuso, embora ele tivesse a resposta sobre o que era um 'ajudante', isso ainda não explicava o que era esse lugar e por que ele estava aqui.
-porque eu e o que é esse lugar?
-você foi escolhido para herdar o legado do seu ancestral, de todos os seus descentes, você era o único que mais se assemelhava a ele. E esse lugar é o que você quiser que seja, tem essa aparência porque era o que estava em sua mente quando você morreu e foi aceito como um transmigrador. Podemos mudar se você quiser.
-não! Esse luar é perfeito para os meus planos, só seria ainda mais perfeito se tivesse meu arsenal nele.
-mas tem senhor, como eu disse, esse lugar é o que você quer e precisa, sua mente e alma são bem objetivos, no subsolo abaixo do subsolo está seu arsenal e seu equipamento pessoal.
-você sabe costurar?
-serei e saberei o que for útil para você.
-então faça algumas roupas que se adequem a esse século, coisas simples, sou um humilde ferreiro e não queremos chamar atenção desnecessária.
Ele retornou à ferraria bem a tempo de atender a porta, ele ainda tinha a bandagem na cabeça e se surpreendeu ao encontrar o novo Comodoro na sua porta. O senhor Brown ainda estava dormindo agarrado àquela garrafa de Rum, ele abriu mais a porta.
-Comodoro Norrington, em que posso ajudar?
-você se feriu.
-eu deveria ter ficado em casa. Aprendi minha lição, mas o Comodoro não respondeu minha pergunta.
Ele parecia sem jeito, parecia querer se aproximar e verificar se Will estava realmente bem, mas não queria fazer uma cena na frente dos seus homens. Então ele apenas perguntou se ele tinha visto o fugitivo pirata Jack Sparrow, e se eles poderiam verificar a ferraria. Enquanto seus homens revistavam a ferraria, Norrington estava ao lado dele.
-não te vi na cerimônia de nomeação.
-não fui convidado Comodore, embora espero que ache a espada do seu gosto.
-ela é perfeita Will, tem meus cumprimentos.
Os soldados voltaram e deram o atestado de que Sparrow não estava ali, mas mesmo assim Norrington deixou dois homens estacionados na ferraria, o pirata poderia estar em busca de vingança. Os piratas retornaram dois dias depois e a maioria dos soldados não estavam em Port Royal, eles estavam no mar em busca da Filha do Governador. Matt não protestou e foi com eles tranquilamente, ele ficou o tempo todo preso em uma cabine e Elizabeth Swann estava lá também. Então ela contou uma historia chorosa de que pegou o medalhão para protege-lo.
-você teve centenas de chances de me devolver o medalhão depois, mas manteve segredo, você pode mentir o quanto quiser, mas a verdade é que você sempre quis entrar para a vida de pirataria e achava que meu medalhão era a sua melhor chance.
-isso não é verdade Will. Eu queria te proteger.
-eu era uma criança, Norrington não me condenaria por ser filho de um pirata.
O resto da viagem até a Isla de Muerta passou em silencio, ele não queria mais conversar com a menina, ele foi gentil com ela em memória ao antigo Will Turner, mas saber que ela roubou do menino a única coisa que ele tinha de valor monetário e sentimental esmagou qualquer simpatia da parte dele. Enquanto estava dentro daquela cabine sem saber seu destino, Will ainda assim manteve a calma, eles logo chegaram à Isla de Muerta e desceram para os botes, entraram na caverna e ainda assim ele se manteve calmo. Enquanto Barbossa fazia seu discurso e Elizabeth Swann chorava Will não resistiu a interromper. Ele já havia se soltado das amarras e estava esperando o melhor momento.
-tenho muita curiosidade, todo esse espolio é amaldiçoado?
-não, apenas a arca de ouro Asteca, e não me interrompa.
Ele quem disse para Will não interromper mais, Will pegou o colar do seu pescoço e arranhou a mão para manchar a moeda de sangue e jogou na arca, então fez mira com a faca que segurava para matar Barbossa.
-capitão ele se soltou.
Barbossa se virou a tempo de desviar da faca atirada em sua direção, apenas para ver um dos seus tripulantes cair morto com a faca em seu coração. Ele olhou para Turner que tinha um sorriso cruel e uma espada em cada mão, de onde ele as espadas Barbossa não sabia.
-parece que não existe mais maldição para proteger vocês senhores.
Nesse momento Barbossa caiu com um tiro no peito, do outro lado da caverna estava Jack Sparrow com a arma ainda soltando fumaça. Na distração eles perderam Turner de vista e Swann também, nesse momento era cada um por si, muitos homens caíram mortos sem explicação. Até que viram a espuma saindo de suas bocas, veneno.
Fora da caverna Norrington viu um bote com Elizabeth Swann remando sozinha. Quando ela estava na metade do caminho ele viu Will Turner nadando em direção ao navio. Logo os dois estavam a bordo e Norrington estava verificando Will e dando a ele o seu casaco quente e seco. Elizabeth estava usando o casaco do pai dela, sem olhar para traz para as explosões que podiam ser ouvidas, Norrington ordenou que voltassem para Port Royal. Ele avistou Sparrow subindo em outro navio e decidiu dar a ele alguns dias de vantagem, afinal o código os proibia de ir atras de piratas se houvesse civis a bordo.
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-comodoro Norrington, uma palavra por favor.
James Norrington estavam nos aposentos do capitão quando foi abordado pelo Governador Swann. Ele sabia sobre o que o Governador queria falar com ele e estava evitando os dois, o Governador e o assunto.
-Governador Swann.
-Comodoro, você sabia que eu Perfilhei o Jovem Will oito anos atras?
-se isso é verdade, porque ele é um ferreiro?
-porque é o que ele quis fazer da sua vida. Embora eu acredite que ele tenha conhecimento de medicina herdado de sua mãe. Margareth Turner era enfermeira antes de morrer, Will foi criado rodeado por médicos e enfermeiros.
-porque está me dizendo isso Governador Swann.
-você conhece os Termos da Lei. Apenas aqueles de família nobre podem casar entre homens ou mulheres.
James não falou nada, mas entendeu o que o Governador queria dizer. Era óbvio que ele gostava mais de Will Turner do que de Elizabeth Swann, mas a lei não permitia o casamento entre eles. Se James se envolvesse com Will corria o risco de condenar ambos à forca. Mas James era de família nobre e agora ele descobriu que Will também. Ser perfilhado dava os mesmos direito que um filho ou filha de sangue perante a lei. Agora era domar ele, porque se Elizabeth Swann era aventureira, Will Turner era livre, uma prova disso era a recusa do sobrenome e conforto da casa do Governador.
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Matt estava cuidando da sua vida quando foi convocado pelo Governador Swann para sua mansão. Ele não se incomodou em tomar banho ou vestir sua melhor roupa, foi o homem que o convocou sem aviso extra, espero que não seja para que ele se case com sua 'adorável' filha.
-William eu tolerei seus caprichos por muito tempo filho, é hora de você voltar para casa e assumir seu lugar como parte dessa família.
Ele ficou sem fala por alguns minutos até que uma memória exata surgisse em sua cabeça, ele foi adotado, ou Perfilhado, pelo Governador e outra sobre ele querer se afastar da casa por ter sentimentos por Elizabeth, como esse não era mais o caso, ele não viu porque recusar a voltar para a casa.
-farei as malas senhor.
-já mandei prepararem o seu quarto, e os empregados sabem da sua chegada filho, essa é agora a sua casa, seja bem-vindo.
Will Turner não tinha muitos objetos pessoais diferente de Mathew Jones que possuía muitos badulaques e itens de higiene pessoal que ele colocou em frascos de vidro ou metal para não chamar a atenção, incluindo sua escova de dentes era de bambu. Os carregadores e empregados ficaram intrigados com aqueles objetos, mas não comentaram, ele tinha um servo indicado para ele e Matt ensinou o rapaz o que era e como usar aquelas coisas, embora os frascos estivessem etiquetados.
-e esse daqui é o creme dental, eu o usarei todas as manhas, depois de cada refeição e antes de dormir, junto com a escova de dentes, essa daqui. - ele apontou a pequena escova de bambu 100% reciclável, ainda bem que havia uma lojinha minúscula e vegana no shopping. – esse é um costume rígido que não abro mão, ele mantém meus dentes saudáveis e meu hálito fresco.
-sim senhor Turner.
-eu também gosto de tomar banho todos os dias, esses são os produtos que eu uso, o shampoo e o condicionador são para os cabelos, esse creme também é para o cabelo, mas depois do banho. Esse é o sabonete, eu mesmo farei mais e estiverem acabando, então tudo o que você precisa fazer é me avisar caso eu não tenha percebido que estão no fim.
Em uma semana a mudança era visível, ele não tinha mais mancha de carvão ou sujeira pelo corpo, seu cabelo já estava mais macio e domesticado, e ele tinha um cheiro agradável, sem contar seus dentes sempre brancos. Suas roupas também exalavam um agradável cheiro de limpeza. E como ele estava sempre ocupado com Norrington, que se Matt estivesse lendo corretamente os sinais, estava tentando conquistá-lo. Matt seguiu com o fluxo, afinal ele é gay e nessa época não havia muitas opções elegíveis por causa do preconceito entre classes sociais, apenas os ricos podiam ser Gays ou Lésbicas.
Quatro meses depois estavam casados, Matt apressou um pouco as coisas por dois motivos, um ele não aguentava mais o celibato, e dois, ele seria a 'senhora' da casa, ou seja, limpeza e manutenção dos assuntos domésticos seria incumbência sua. Seis meses depois do casamento e da lua-de-mel, o Comodoro teve que partir em busca de alguns criminosos e deixou seu marido em casa esperando seu retorno. Matt se aproveitou de sua ausência e colocou a casa em ordem, não era um palacete como o do Governador, mas era de tamanho considerável.
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James lamentava deixar seu marido sozinho tão cedo em seu casamento, mas era seu dever perseguir aqueles criminosos à justiça, o tempo todo em alto-mar ele se lembrava das recomendações do seu marido. Principalmente os cuidados para evitar doenças e o remédio que ele lhe deu para ele e sua tripulação, era um remédio estranho, Will os chamou de Comprimidos e deveriam ser tomados duas vezes por dia, e ele tinha o bastante para ele e sua tripulação por meses.
Ele notou que seguir as recomendações do seu marido e tomar os remédios reduziu as enfermidades da tripulação, tornando-os assim muito mais eficientes do que antes. Já fazia quatro meses que ele não via seu marido, e assim como seus subordinados que tinham família, James se viu acumulando pequenos badulaques para levar para casa. Finalmente ele capturou a maior parte dos contrabandistas que ele estava procurando e decidiu que já era hora de retornar a Port Royal para dar a esses criminosos o esperado pela Lei, e ele e seus homens retornarem para suas famílias.
James pediu que Will não fosse ao porto esperar por ele, ele queria tomar um banho e vestir roupas limpas antes de reencontrar seu marido, a pouca água potável do navio era para beber e preparar a comida, ele já achava um desperdício ter que escovar os dentes, mas depois das historias assustadoras que seu marido contou e o que ele viu em varias pessoas, ele decidiu sofrer esse pequeno desperdício. Ele demorou no Forte Charles mais do que esperava, mas finalmente deixou tudo ordenado e estava pronto para finalmente chegar em sua casa e rever seu marido.
James notou a diferença imediatamente, os jardins pareciam mais vivos e a casa mais limpa, até o perfume da casa mudou, a essa hora da noite o cheiro da comida era forte, mas ele podia sentir sob a superfície o leve perfume de limpeza no ar. Seus empregados também pareciam mais felizes e saudáveis, incluindo a Senhora Abigail, sua antiga ama de leite e confidente de sua falecida mãe, que ele mantinha apenas por caridade do que por qualquer serventia, já que ela estava sempre doente.
A senhora Abigail estava no foyer esperando por ele, com boa disposição e o rosto corado. 'Senhor Norrington, bem vindo de volta. A Senhora esta terminando de se arrumar.' Ele deixou que Abigail recolhesse seu casaco. 'como está Abigail' ela deu um sorriso contente. 'muito bem senhor, a senhora é medica e me receitou um novo remédio, que fez muito efeito e estou quase curada.' Ele não resistiu a um sorriso. 'e ele não se importa que o chamem de senhora?' 'não senhor, o jovem William acha engraçado.' James aproveitou que Will estava ocupado e interrogou mais a sua governanta.
-e como ele tem se saído?
-maravilhosamente senhor, a senhora é exigente quanto a limpeza e asseio da casa e até mesmo no preparo da comida. Mas ele também é muito engenhoso e criou vários métodos e ferramentas para facilitar nosso serviço doméstico.
-é mesmo?
-sim senhor, ele fez muito mistério do método que utilizou ao construir tapumes para obscurecer a visão de curioso, mas ele construiu o que chamou de Poço Artesiano, que jorra água naturalmente e com uma estranha alavanca que ele chama de Bomba Manual, é possível encher as varias 'caixas de água' que transportam agua para os diferentes cômodos da casa. Ele não exige que todos tomem banho, mas exige que lavem bem as mãos ao lidarem com a comida. E para lavar as roupas ele inventou um produto chamado de sabão em pó e o sabão em barra, que realmente tira toda a sujeira e deixa as roupas com um cheiro bom.
-vejo que ele te conquistou.
-a senhora é uma boa dona de casa e um bom médico. Ele até pediu que servíssemos seus pratos favoritos hoje.
-então minha chegada não é segredo.
-não, mas a senhora queria preparar a casa para a sua chegada e por isso não foi ao Porto e nem ao Forte Charles.
-ela está exagerando James.
-não estou senhora, você realmente preparou a casa para a chegada do Comodoro.
James riu com a brincadeira dos dois, ele ficou aliviado ao ver Will e Abigail se dando tão bem, Abigail era como uma segunda mãe para ele e se ela aprovava Will a ponto de trata-lo da mesma forma que o tratava, isso significa que sua mãe também teria aceitado Will se estivesse aqui. Naquela noite depois do jantar ele teve chance de desfrutar das novas instalações, que ele aprovou, um banho agradavelmente morno e toalhas macias fizeram seu corpo relaxar. Quando ele se deitou Will deu uma agradável massagem a ele com óleos perfumados que retiraram toda a tensão que sobrou depois do banho e James acordou com o dia amanhecendo.
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Matt se sentia indulgente, aqui ele não tinha que vigiar cada passo e sempre olhar por sobre os ombros e nas sombras em busca de inimigos. Isso não significa que ele se tornou tolo ou cego para a verdade óbvia. Elizabeth Swann fugiu um mês antes de Will e James se casarem, em sua raiva Weatherby Swann a deserdou. Ela desapareceu por quinze anos e um dia o novo Almirante Norrington retornou de uma de suas voagens com Elizabeth Swann e seu filho Henry Swann. Como ela não tinha mais nada e Will era considerado seu irmão, Norrington a acomodou na casa deles. O Governador faleceu alguns anos antes e como disse, deixou tudo em testamento para seu 'filho' William Turner.
Matt percebeu que Elizabeth e James sempre tinham situações incomodas entre eles e ela foi aos poucos se assenhorando da casa. Mas Matt já estava preparado para o dia em que James fizesse alo assim ou mesmo estivesse pensando em se divorciar. A primeira coisa a dar problema foi a bomba de água e o poço artesiano. A casinha de maquinas onde ficava a boca do poço e a bomba de água explodiu 'inexplicavelmente' bem no meio da noite. Alguns dias depois a matéria prima para Will fabricar shampoo e alguns produtos de higiene pessoal acabou e ele não conseguiria mais por meses, felizmente ele ainda tinha um ultimo rasco que era de seu uso pessoal. Elizabeth chegou a invadir os aposentos dele, mas não encontrou nenhum produto de beleza e higiene perfumado.
Então sem a bomba de agua para encher a caixa de água e o chuveiro, tomar banho se tornou uma inconveniência. Sem os produtos que facilitavam a limpeza do corpo, das roupas e da casa, o serviço se tornou mais pesado e os empregados estavam descontentes. Então James adoeceu e sucumbiu à sua doença, e Will se trancou em seus aposentos por causa da depressão e o dinheiro começou a ficar escasso, afinal com a morte do almirante Norrington, William Norrington deveria aprovar as despesas ou o banco não liberaria o dinheiro.
Então um incêndio tomou conta da casa e todos tiveram que fugir apenas com a roupa do corpo, 'Will' não conseguiu sair e 'morreu'. Com sua morte o advogado leu o testamento, ele deixava uma pequena quantia mensal a ser paga a Elizabeth Swann do espolio do falecido Governador Swann, a 'pensão' era o bastante para uma vida modestamente confortável para ela e seu filho. William legava o resto de seus bens para seu bom amigo Matthew Jones, que estava presente na leitura do testamento. Um homem loiro de olhos azuis, um pouco parecido com William, mas com aquelas cores era impossível que fossem a mesma pessoa.
Matt observava de sua confortável moradia, a luta diária de Elizabeth Swann e seu filho Henry, o rapaz cresceu e se tornou um marinheiro e Elizabeth não tinha mais a vida luxuosa que teve na sua infância, embora ela tivesse uma casa de dois andares e um empregada, sua vida era muito simples quando comparada com antes de ela fugir. As pessoas da cidade a evitavam pois se espalhou que ela era uma prostituta em Tortuga e ninguém tinha certeza de quem era seu filho, mas presumiam que poderia ser do famigerado pirata Jack Sparrow com quem ela foi vista com muita frequência.
Matt não se arrependia de ter envenenado James, Matt jamais perdoaria um traidor. Ele pensou em envenenar Elizabeth, mas decidiu que uma vida sem um homem e sem conforto e riqueza seriam mais punitivos para ela. Sem contar os rumores de que ela matou o Almirante e seu marido para ficar com a fortuna dele. Ele retirou todo o dinheiro do banco e converteu em ouro e colocou no shopping, junto ao tesouro que ele surrupiou da Isla de Muerta.
-hora de ir Mestre.
-onde iremos ajudante?
-a viagem é sempre uma surpresa mestre.
-me conte mais sobre o meu tataravô.