Jumin nunca se viu como um sujeito possessivo.
Não, de maneira nenhuma. Ele se via como cauteloso, razoável e responsável. Mas quando se tratava de Hana, era diferente. Ela é a coisa mais suave em sua vida, uma presença delicada que acalma a tempestade dentro dele. Sua natureza tímida a torna fácil de abrigar, fácil de proteger. Ela não discute quando ele se mantém por perto, não pressiona quando ele sutilmente altera sua vida para se adequar à sua visão de segurança.
Ela precisava dele. Era óbvio.
Como é fácil para Hana deixá-lo cuidar de tudo. Com que naturalidade ela o deixa guiá-la através da multidão, protegendo-a de olhos que demoram muito tempo sobre sua pele. Como sua voz vacila quando ela diz o nome dele, como se ela não tivesse certeza de que tem permissão.
Ela tem. Ela tem permissão para fazer qualquer coisa com Jumin. Mas ninguém mais. E esse é o problema.
Porque ele percebe a maneira como as pessoas não hesitam em se aproximar dela, sabendo que ela não as afastará. Aquele homem no baile de gala que se inclinou muito perto. O colega que colocou a mão em seu ombro. O garçom que sorriu demais.
Ele acha sua timidez totalmente encantadora. A maneira como ela hesita antes de falar, a maneira como seu olhar voa para baixo quando ele segura seu queixo, como você gagueja sob seu escrutínio, isso alimenta algo profundo dentro dele. Ela precisa dele, mesmo que ainda não perceba.
Jumin nunca fica frustrado com sua timidez. Na verdade, ele acha ideal. Hana não é imprudente. Ela não é difícil. Ela é perfeitamente moldável. Sua bonequinha perfeita.
Ela não precisa mais se preocupar com o mundo exterior. Seoul é uma cidade perigosa. Os homens olham para ela por muito tempo, o mundo é muito duro e Jumin sabe o que é melhor para ela. Ele é um provedor por natureza, e agora ela pertence a ele, ela é sua coisinha frágil.
Hana nem notará quando sua vida encolher, como ele está sempre lá, sutilmente a guiando para a dependência. Jumin é um mestre em fazer seu controle parecer natural. É para o seu próprio bem, querida.