Soh é obsessivo no sentido mais puro.
Ele está em toda parte. Pairando, sufocando, observando. Ele não quer apenas possuir Akari, ele quer se afogar nela, respirá-la, consumi-la.
Ela é tão tímida, tão quieta, que o deixa louco. Toda vez que ela se encolhe sob sua afeição avassaladora, toda vez que sua voz morre em sua garganta porque ele é demais, ele derrete.
"Ah, querida, não seja tímida. Sou só eu."
Soh adora. Ele adora como ela treme quando ele abraça Akari com muita força, como sua voz vacila quando ela tenta recusá-lo. Isso o faz se sentir poderoso, sabendo que ele é o único que consegue ver esses lados dela.
No início, ele tenta disfarçar sua intensidade, não jogar em cima dela o peso de seu amor. Mas quanto mais tempo ele fica perto dela, mais agitado ele fica. Por que ela ainda está vacilando? Por que ela se esquiva quando ele é o lugar mais seguro que ela poderia estar?
A frustração não é com ela. É com o mundo. Alguém a ensinou a ter medo? Quem a machucou? Eles querem separá-los. Ele quer tê-la para sempre.
Então, ele continua insistindo. Os abraços tornam-se mais longos. Os toques permanecem. Os beijos são muito frequentes, muito íntimos, mas ele ignora sua hesitação.
"Vamos, anjo, não seja assim. Eu só quero estar perto de você."
E quando Akari ainda se esquiva? Quando ela ainda parece incerta mesmo depois de tudo? Soh apenas a puxa com mais força, arrulhando em seu ouvido.
"Você vai se acostumar comigo, baby. Você vai ver."