Os Feiticeiros III

Capítulo 01: Reencontros

"Que a estrada se abra a sua frente, que o vento sopre levemente às suas costas.

Que o sol brilhe morno e suave em sua face, que a chuva caia de mansinho em seus campos.

E até que nos encontremos de novo.

Que Deus lhe guarde na palma de suas mãos."

O despertador tocava como louco na mesinha de cabeceira, Sakura levantou sua mão batendo com força no aparelho. Ela se virou para o outro lado da cama e abraçou o travesseiro.

Sakura: 'Só vou dormir mais um pouquinho... só mais um pouquinho...'

O telefone da sala começou a tocar, a jovem cobriu a cabeça com o travesseiro tentando não escutar o irritante aparelho, mas foi em vão. Levantou-se resmungando e desceu as escadas até a sala, tirando o aparelho do gancho.

Sakura (com uma voz de sono): 'Alô.'

Voz: 'AHHHHHHHHHHHHHH!'

Sakura arregalou os olhos e pulou para trás largando o aparelho. Ele caiu no chão com tudo. Ela ficou olhando-o assustada.

Voz: 'Sakura, você está ai?! Sou eu Tomoyo! Atende logo este telefone!'

Sakura se abaixou, pegando o aparelho.

Sakura: 'T-Tomoyo? Está tudo bem com você?'

Sakura ouvia a amiga dando pequenas risadinhas mal conseguindo controlar a sua felicidade.

Tomoyo: 'Adivinha de onde eu vim?'

Sakura (chutando): 'Da sua apresentação?'

Tomoyo: 'Não! Eu vim da casa daquele viuvinho que eu falei para você da outra vez, lembra-se?'

Sakura (franziu a testa tentando lembrar): 'Ah o tal Hiruguizawa?'

Tomoyo: 'É HiRAguizawa!'

Sakura: 'Ah sim, desculpa.'

Tomoyo: 'Então eu acabei de chegar da casa dele e adivinha?'

Sakura: 'Adivinha o que Tomoyo?'

Tomoyo: 'Nós nos acertamos!'

Sakura: 'Vocês estão namorando?'

Tomoyo: 'Bem, namorando, namorando, ainda não, mas nós passamos juntos esta noite.'

Sakura (assustada): 'Você dormiu com ele, Tomoyo? Mas vocês se conheceram no mês passado!'

Tomoyo: 'Ah Sakura, foi coisa de momento, além disso é estranho, parece que o conheço a anos! Não conseguimos nos segurar! Ai ele é tão carinhoso, além de lindo e muito culto! O meu homem ideal!'

Sakura: 'Você me disse que homens ideais não existem.'

Tomoyo: 'Eu me enganei! O Eriol é o meu homem ideal! Você precisa conhecê-lo! Tenho certeza de que irá adorá-lo!'

Sakura: 'Se você gosta tanto dele assim... então tenho certeza que vou gostar também.'

Tomoyo continuou contando como foi a sua maravilhosa noite, Sakura ouvia a tudo e sorria de leve pela felicidade da amiga cantora. Ela começou a olhar para a pequena sala da velha casinha branca que havia alugada a algum tempo de uma senhora muito boa. Alguma coisa estava errada, estava faltando alguma coisa que a menina não sabia dizer o que era.

Tomoyo: 'Hei Sakura, você ainda está ai?'

Sakura (depois de um leve susto): 'Sim.'

Tomoyo: 'Estava quietinha...'

Sakura: 'Sabe Tomoyo, tem alguma coisa errada, eu sinto que está faltando alguma coisa na minha casa.'

Tomoyo (assustada): 'Será que entrou um ladrão ai?'

Sakura (balançando a cabeça): 'Não, tudo está no lugar, mas...'

Tomoyo: 'Mas o quê, Sakura?'

Sakura: 'Eu sinto que está faltando alguma coisa, está faltando alguma coisa muito importante... na minha vida.'

Tomoyo: 'Ah claro! Está faltando é um namorado na sua vida!'

Sakura (vermelha): 'Para com isso, Tomoyo!'

Tomoyo: 'Paro nada! Oras Sakura você só teve dois namorados na sua vida. O Makoto você acabou dando um fora nele na faculdade e o Yanamoto... bem o Yanamoto foi até bom você ter desistido de casar com ele porque depois Suzuki descobriu que ele era um juiz corrupto e ele está mofando na cadeia.'

Sakura: 'É verdade, acho que eu não dou sorte para namorados!'

Tomoyo: 'Claro! Fica escolhendo muito, encontrando defeito nos homens, vai acabar ficando pra titia!'

Sakura: 'E você que só arranjou este seu casinho agora!'

Tomoyo: 'Espera aí o meu caso é diferente! Eu estava procurando o meu par perfeito.'

Sakura: 'Está bem Tomoyo. Agora deixa eu ir, que preciso trabalhar. A única estrela da família é você, eu preciso pegar no pesado!'

Tomoyo: 'Hei eu ralo um bocado também. Você acha que vida de cantora é fácil? Nós temos uma infinidade de coisas para fazer e tudo ao mesmo tempo!'

Sakura: 'Está bem, desculpa.'

Tomoyo (com a voz mais triste): 'Mês que vem eu estou indo para o Japão.'

Sakura: 'Mesmo?! Que bom!'

Tomoyo: 'Já dei carta branca para venderem parte das minhas ações da firma Daidouji.'

Sakura (percebendo o tom triste da amiga): 'Você tem certeza disso?'

Tomoyo (depois de um longo suspiro): 'A minha vida está na música. Eu sou uma péssima administradora. Mamãe é que sempre cuidou de tudo, mas agora que ela se foi, eu não tenho como manter a firma.'

Sakura: 'Eu entendo.'

Tomoyo: 'Lembre-se que você tem 25% das ações.'

Sakura (irritada): 'Eu já disse que eu não quero! A firma é sua não minha!'

Tomoyo: 'A firma era do nosso bisavô, você tem todo o direito a estas ações!'

Sakura: 'Touya também colocou para vender as ações dele. Ele e Yukito vão usar o dinheiro para aumentar a loja deles. É bem capaz de a transformarem agora numa macro loja de eletrônica.' (ela falou num tom orgulhoso pelo negócio do irmão)

Tomoyo: 'Eles estão fazendo bem.'

Sakura: 'Touya acha que eu não devo vender as minhas porque nunca se sabe do futuro.'

Tomoyo: 'Ele tem razão.'

Sakura: 'Ah, mas eu não quero controlar nada! Você lembra como eu sou péssima em matemática?!'

Tomoyo (depois de rir): 'Se me lembro!'

Sakura: 'Tenho que ir agora. Mil beijinhos para você! E vê se vem me visitar mais!'

Tomoyo (sorrindo): 'Mil beijos, minha querida. Cuide-se, mês que vem nos vemos.'

Sakura desligou o telefone e olhou para o relógio.

Sakura (arregalando os olhos): 'Ai meu Deus, estou atrasada!'

Em pouco mais de meia hora ela saía da sua casinha branca e entrava no velho Renauld Clio, o carro já estava em péssimas condições, mas ela não conseguia se desfazer dele. Correu para a escola primária de Tomoeda onde era a professora titular de educação física.

Sakura saltou do táxi e olhou espantada para o enorme prédio com a fachada de vidro fumê e mármore. Não é a toa que era uma das construções mais belas do centro de Tomoeda. Um medo começou a crescer no íntimo da menina, finalmente chegou a hora de assumir sua posição no império que seu bisavô lhe deixou. As indústrias Daidouji originalmente eram Masaki, porém quando Sonomi casou-se com Daidouji Kenji e este assumiu a firma por completo, mudou o nome. Sua tia tinha deixado registrado em testamento a empresa, dividida em três partes. A menina respirou fundo, hoje estaria dando início a um mundo novo.

Ela não soube direito quanto tempo ficou estática olhando para o entra e sai de pessoas daquele imenso império, olhou para as moças bem vestidas e se sentiu mal por estar com um simples vestidinho azul. Ela sabia que a ocasião exigia mais dela, mas não tinha muitas roupas chiques, seu guarda roupa era basicamente, jeans, camisetas e roupas esportivas. Ela se abraçou tentando controlar o próprio nervosismo. Foi quando sentiu que um grande carro parou perto da calçada, virou-se um pouco assustada pois a grande limusine parou a centímetros de onde estava. Deu uns passos para trás sendo praticamente empurrada pelo motorista que foi abrir a porta para o seu patrão. Sakura franziu a testa, estava pronta para ir até lá e falar com aquele homem mal educado quando gelou ao ver sair do imponente carro um homem jovem e bonito. Sakura sentiu o coração acelerar ao fitá-lo. O rapaz saiu do carro e levantou os olhos para o prédio a frente.

Rapaz: 'Tem certeza que é aqui, Jones?'

Motorista: 'Sim, senhor Li.'

O rapaz tirou os óculos escuros que usava para proteger os olhos do verão japonês. Sakura sentiu o coração sair pela boca. Quem era aquele homem? Por que ela sentia aquela sensação tão desesperada? A menina levou uma das mãos ao peito tentando controlar as batidas. Li sentiu-se observado e virou para o lado. Olhou a jovem que estava parada com uma das mãos no peito e olhava para a calçada. Ele sorriu de leve observando a menina.

Syaoran: 'Você está bem, garota?'

Sakura levantou os olhos para ele vermelha. Ela respondeu com a cabeça que estava bem. Os dois se fitaram por algum tempo. Uma bela mulher saiu do carro e parou ao lado de Li.

Mulher: 'Está na hora, senhor Li.'

Ela olhou para Sakura com um certo desdém, Sakura se sentiu mal ao observar em como a mulher era chique e bonita.

Syaoran: 'Claro. (ele se virou mais uma vez para Sakura) Não ande tão distraída pela rua garota. Vai acabar sendo atropelada.'

Sakura se sentiu pior, tudo bem que ela não tinha cara de adulta, ainda mais vestida com um vestido simples, mas ele a tratou como se fosse uma menininha. Sakura observou o elegante casal entrar na firma Daidouji.

Sakura (balançando de leve a cabeça): 'Isso não vai dar certo, eu não vou conseguir.'

Voz: 'Você nem ao menos tentou.'

Sakura deu um pulo para frente com o susto. Olhou ofegante para o belo rapaz que estava parado ao seu lado. Ele ajeitou os óculos no rosto e sorriu para ela enigmaticamente. Ela teve a mesma impressão de conhecer aquele rapaz. Pelo jeito aquele dia estava prometendo. Logo uma bela moça parou ao lado dele. Sakura sorriu reconhecendo a querida prima.

Sakura: 'Tomoyo!'

As duas se abraçaram forte tentando matar as saudades de quase seis meses de separação. Tomoyo se afastou um pouco observando a prima.

Tomoyo (com os olhos brilhando): 'Está cada dia mais encantadora, Sakura.'

A menina sorriu sem graça, mas seus olhos cravaram novamente no rapaz alto ao lado da prima. Tomoyo percebeu isso.

Tomoyo: 'Ah deixe-me apresentá-los, Sakura este é Hiraguizawa Eriol, meu namorado!'

Eriol (estendendo a mão): 'É um prazer conhecê-la senhorita Kinomoto. Tomoyo fala muito de você.'

Sakura apertou a mão dele e permaneceu olhando fixamente nos olhos azuis daquele belo rapaz, era como se estivesse hipnotizada por eles. Tomoyo deu uma cutucadinha nela e sorriu.

Tomoyo: 'Ele não é um gato?'

Sakura largou a mão dele encabulada.

Tomoyo (sorrindo): 'Ai você fica tão lindinha vermelha, Sakura! Ai pena que eu esqueci a minha filmadora!'

Eriol sorriu de leve observando a bela namorada que falava animada com a prima. Sakura por mais que tentasse disfarçar não conseguia tirar os olhos do rapaz, era como se o conhecesse a anos, e ele transmitia tanta segurança para ela. Tomoyo estava alheia ao que acontecia no íntimo da prima.

Tomoyo: 'Bem, agora vamos conhecer os nossos novos sócios! Estou ansiosa!'

Eriol sorriu e ofereceu o braço para a namorada que aceitou com um belo sorriso nos lábios, os dois começaram a caminhar em direção ao prédio. Tomoyo virou-se para trás e viu que Sakura continuava parada.

Tomoyo: 'Sakura! Vamos!'

Eriol (baixinho): 'Ela está assustada. É melhor ir com ela, minha querida.'

Tomoyo (olhando para o namorado): 'Você tem razão.'

Tomoyo foi até a prima e pegou-a pela mão com carinho.

Tomoyo (com o meigo sorriso): 'Vamos?'

Sakura fez que sim com a cabeça e acompanhou a prima.

Sakura (observando as costas da prima): Sabe, Tomoyo? Não estou bem hoje.'

Tomoyo parou e virou-se para a prima. Ela realmente sentiu que a jovem não estava num dos seus melhores dias. Alguma coisa a perturbava. Conhecia Sakura o suficiente para saber quando algum simples pensamento lhe passava pela cabeça.

Tomoyo (passando a mão pela face da prima): 'O que foi?'

Sakura (com uma das mãos no peito): 'Desde que eu o vi sinto alguma coisa apertada aqui no peito.'

Tomoyo (franzindo a testa): 'Viu? Viu quem? Eriol?'

Sakura (balançando a cabeça com força): 'Não.' (depois respirou fundo e fitou a prima decidida) Deixa para lá! Vamos de uma vez!'

Sakura estava sentada ao lado de Tomoyo. Olhava para a amiga com admiração, Tomoyo era firme e passava respeito para as outras pessoas, enquanto que ela, bem, todos a olhavam como se perguntando o que uma garotinha estava fazendo naquela reunião. Um senhor se aproximou de Tomoyo e a cumprimentou educadamente.

Senhor: 'Que bom revê-la, senhorita Daidouji!'

Tomoyo (abraçando-o): 'Também é muito bom revê-lo senhor Kawaka.'

Senhor: 'Já sabemos que foi um único comprador das ações.'

Tomoyo (com a mão no queixo): 'Bem, então temos um novo presidente.'

Senhor: 'Isso mesmo.'

A conversa dos dois foi interrompida com a entrada de algumas pessoas, entre elas estava o elegante casal que Sakura esbarrou a pouco mais de meia hora na frente do prédio, seus olhos cravaram novamente no rapaz que também a fitava com interesse. A mulher o cutucou para que saísse do transe.

Senhor: 'Ah sim, finalmente vamos conhecer o senhor Li.'

Tomoyo (olhando para a multidão de homens que entrou): 'Quem é o senhor Li?'

Senhor: 'Venha comigo senhorita, foi ele que comprou suas ações e as do senhor Kinomoto.'

Tomoyo (batendo palmas, excitada): 'Estou louca para conhecê-lo. Vamos, Sakura!'

A jovem levantou-se sem desviar os olhos de Syaoran.

Sakura (sussurrando): 'Aqueles olhos...'

Tomoyo (erguendo uma sobrancelha): 'Você está bem?'

Sakura assustou-se um pouco com a pergunta enérgica da prima. Ela sabia que estava se comportando como uma idiota, mas alguma coisa estava fazendo com que seu cérebro funcionasse mais devagar do que os outros dias. E alguma coisa também lhe dizia que aquele rapaz tinha alguma coisa haver com isso. Nunca fora de sentir paixão a primeira vista e sabia que isso não existia, não para ela. Mas a presença daquele rapaz estava perturbando-a mais do que qualquer coisa e justamente num dos dias mais importantes para ela. Não queria decepcionar Tomoyo e todos. Ela tinha que ser forte.

Tomoyo (aproximando-se do casal): 'Bom dia! Sou Daidouji Tomoyo.'

Syaoran: 'Ah sim a senhorita Daidouji, é um prazer conhecê-la.'

Os dois apertaram as mãos sorrindo educadamente.

Syaoran: 'Esta é a senhorita Wing, minha assistente pessoal.'

As duas se cumprimentaram com um leve aceno na cabeça. Li desviou os olhos para Sakura que tentava parecer calma.

Syaoran (sorrindo debochado): 'Pelo menos aqui não tem perigo de ser atropelada por andar sempre tão distraída.'

Sakura franziu a testa com o comentário maldoso. Sorriu tentando passar superioridade.

Sakura (estendendo a mão trêmula): 'Sou Kinomoto Sakura.'

Tanto a mulher quanto Li arregalaram os olhos pois sabiam que Kinomoto tinha 25 por cento das ações da firma, isto é, estava abaixo de Li que tinha 55. Ele sorriu balançando a cabeça levemente enquanto encarava o chão. Depois levantou o rosto e a encarou.

Syaoran (apertando a mão da jovem): 'Então a menina distraída é a vice-presidente da firma Daidouji.'

Os dois arregalaram os olhos ao simples contato de suas mãos, parecia que alguma coisa havia lhes dado um leve choque. Li franziu a testa e apertou mais forte a mão da jovem. Ficaram assim alguns segundos se encarando com as mãos unidas. Tomoyo e Wing entreolharam-se estranhando. A segunda pigarreou um pouco fazendo ambos afastarem-se constrangidos e voltarem à realidade.

Sakura (virando-se para Tomoyo): 'Que história é esta de vice-presidência?!'

Tomoyo (rindo sem graça): 'Oras Sakura você é a segunda maior acionista, o cargo de vice-presidente é seu.'

Sakura (mais nervosa ainda): 'Mas eu só tenho 25 por cento das ações!'

Tomoyo: 'E eu tenho 20 e o senhor Li 55. 20 mais 25 mais 55 dá 100. Então o senhor Li é o presidente e você a vice-presidente!'

Syaoran: 'Pelo menos somar você sabe, não?'

Sakura sentiu-se cada vez mais pequenininha com os olhares de desaprovação de todos. Ela mordeu levemente o lábio inferior mostrando todo o seu nervosismo.

Sakura (encarando Li feio): 'Ninguém me falou nada com relação a isto.'

Wing: 'Bem, eu acredito que vocês três devam fazer uma reunião rápida.'

Li estava literalmente irritado, ele já não gostava de trabalhar com mulheres, mas quando viu a oportunidade de comprar boa parte de uma das empresas mais lucrativas do Japão resolveu reconsiderar sua posição machista, o problema era que imaginava que suas novas sócias fossem mulheres de negócios e não uma cantora e uma menininha boba. Ele soltou um longo suspiro tentando controlar a própria raiva e concordou com a sua assistente.

Tomoyo: 'Vamos para o escritório que era de mamãe. Lá poderemos conversar em paz.'

Li se virou e observou a moça literalmente puxando a prima para sair da sala, ela deu um leve aceno para o rapaz de cabelos longos que estava num canto do salão. Li se virou por curiosidade e cravou os olhos em Eriol que o cumprimentou com um leve aceno de cabeça. Li franziu a testa tendo a impressão de conhecê-lo. Resolveu dissipar seus pensamentos e acompanhar as suas sócias.

O antigo escritório da Senhora Daidouji era amplo e confortável. Claro que era ostensivo, como tudo na empresa. Tomoyo passou a mão pela mesa se lembrando de sua querida mãe e encarou Li.

Tomoyo: 'Bem, agora este escritório é seu, senhor Li.'

Li sorriu de leve, observou o lugar e a vista. Pensou em fazer algumas mudanças, pois mesmo sendo muito luxuoso tinha muitos toques femininos, ele contornou a mesa e sentou-se na confortável poltrona de presidente, balançou um pouquinho de um lado para o outro e por fim encarou as três mulheres a sua frente. Esta era a sua sina, viver rodeado de mulheres!

Syaoran: 'Bem, precisamos esclarecer algumas coisas para que possamos trabalhar bem. Senhorita Wing, por favor deixe-nos a sós.'

Ela se retirou rapidamente. Li ofereceu as duas poltronas a sua frente para que Sakura e Tomoyo se sentassem. Sakura se sentou de forma pesada. Sua tensão era palpável e por mais que quisesse disfarçar na frente de Tomoyo e Li, não conseguia. No entanto sua prima se sentou elegantemente com as pernas cruzadas. Li não pode deixar de reparar nas belas pernas que a sócia tinha. Mas não estava ali para isso, talvez mais tarde, pensou ele. Deu uma rápida olhada em Sakura e sorriu de lado, aquela ali é que ia dar trabalho. Tinha que dar um jeito de tirá-la da jogada ou acabaria atrapalhando seus planos ambiciosos de expandir mais a firma.

Syaoran (finalmente): 'Bem, em primeiro lugar vamos mudar o nome da empresa para Li, assim ela fará parte das corporações Li a qual sou presidente.'

Tomoyo concordou com a cabeça.

Syaoran: 'Claro que haverá mudanças como em qualquer nova situação. Porém mesmo sabendo que tenho autoridade, pedirei para que a senhorita Wing as informe sobre tudo.'

Tomoyo novamente concordou com a cabeça e olhou para Sakura que tentava acompanhar a conversa dos dois, mas permanecia calada sentindo-se insegura para interferir.

Tomoyo: 'O que você acha, Sakura?'

Sakura (insegura): 'Acho que está tudo certo.'

Syaoran: 'Senhorita Kinomoto...'

Ela se virou para ele depressa e pôde ver um sorriso debochado nos lábios do rapaz.

Syaoran: 'Precisamos decidir como ficará a sua situação.'

Tomoyo: 'Ela é a vice-presidente, não há o que se discutir.'

Syaoran: 'A senhorita é formada em administração ou economia?'

Sakura: 'Sou professora de educação física.'

Li teve que se controlar para não rir da situação. Se não fosse trágica, com certeza seria cômica. Como uma professorinha de educação física seria a vice-presidente do seu projeto mais ambicioso?

Syaoran (debochado): 'Não me diga.'

Sakura (abrindo um leve sorriso): 'Dou aula para crianças.'

Syaoran: 'Mesmo?'

Ela confirmou com a cabeça.

Syaoran: 'Sem ofendê-la senhorita, não acha muito confuso ser a vice-presidente de uma grande firma sendo que até ontem era professora primária de educação física?'

Sakura: 'Ninguém me falou nada que eu seria a vice-presidente! Meu irmão disse que não era para eu vender as ações como ele fez porque eu ganhava pouco como professora e assim eu poderia ter uma vida mais confortável. Foi só por isso!'

Syaoran (debruçando-se na poltrona): 'Acho que deveria reconsiderar isso. O cargo de vice-presidente é muito importante, deve ser ocupado por uma pessoa capacitada ou melhor uma pessoa preparada para isso. A senhorita não me parece ter este perfil.'

A jovem estava começando realmente a detestar o tom de voz de Li. Levantou-se mostrando claramente a sua irritação.

Sakura: 'Estou detestando esta situação tanto quanto senhor. Mas se pensa que vou desistir porque acha que não tenho capacidade, está muito enganado.'

Syaoran (franzindo a testa): 'Não estamos falando de riscos pequenos, senhorita Kinomoto.'

Sakura: 'Pode não acreditar senhor Li, mas na escola ensinam ordem de grandeza. Na verdade é dado no ginásio e não apenas nas faculdades de administração ou economia.'

Os dois se encararam novamente, porém agora de forma arisca. Estava claro que não haviam simpatizado um com o outro desde que se encontraram. Tomoyo sentiu o clima começando a ficar pesado e resolveu interferir.

Tomoyo: 'Senhor Li, entenda a situação. Se não for Sakura a assumir a vice-presidência, serei eu e realmente não tenho condições, pois como sabe, quero me dedicar inteiramente à música. Sei que Sakura terá um pouco de dificuldades no início, mas tenho certeza que o senhor não se importará de lhe explicar algumas coisinhas.'

Li sorriu forçado para Tomoyo, era claro que não tinha tempo nem saco para ensinar para uma estúpida como administrar uma empresa. Mas acabou concordando, ele tinha que usar a velha tática da boa vizinhança. A conversa praticamente foi apenas entre Tomoyo e Li que discutiam sobre como ficariam os lucros e as despesas. Tomoyo percebeu que Li era um administrador feroz e muito ambicioso, isso tudo juntando ao imenso talento para os negócios, faziam dele o mais jovem empreendedor da China e agora do Japão. Sakura achava tudo um saco, não tinha paciência para os números, não era à toa que sempre detestou matemática, mas tentava se manter atenta, mesmo que no fundo sua vontade fosse apenas de sair correndo daqui. Depois de conversarem por quase duas horas, eles finalmente deram por encerrada a pequena reunião. Li pediu alguns detalhes para Tomoyo sobre o funcionamento da firma, então ela resolveu que seria interessante fazerem um tour pelas instalações da empresa.

Sakura chegou em casa e tirou os sapatos, andar de salto alto por mais de cinco horas foi demais para ela. Ela os jogou para o alto e pisou no chão descalça sentindo um enorme alívio.

Sakura: 'Da próxima vez eu vou dar um jeito de ir de tênis!'

Ela ligou a televisão e colocou uma prato de comida congelada no microondas. Depois subiu, já tentando tirar aquele vestido apertado. O almoço até que foi bom, mas tinha tantos garfos, facas e colheres na mesa que ela se sentiu um pouco tonta. Tentou imitar a prima, sem sucesso. Verdade fosse dita, ela não levava jeito para aquele mundo. Fora criada de forma simples e não no mundo em que Tomoyo e o senhor Li estavam acostumados. Sentia-se péssima, como se tivesse falhado na missão que haviam lhe dado. Porém o pior do dia foi ter que ouvir um monte de indiretas do senhor Li sobre sua falta de capacidade!

Sakura: 'Detestei ele! Cara metido!'

Ela jogou o vestido na cama e foi até o banheiro para tomar um banho, depois de tudo, uma ducha bem gelada era a única coisa que podia reanimá-la um pouco. Ela entrou debaixo da água fria.

Sakura (imitando o tom de voz de Li): 'Não acha que a vice-presidência é um cargo muito importante para ser ocupado por uma pessoa despreparada?'

Ela colocou o shampoo no cabelo e o espalhou pela cabeça.

Sakura: 'Ai que homem metido! Ele só faltou engolir a Tomoyo com os olhos! Nojento!'

A menina entrou de novo debaixo do chuveiro para tirar o shampoo dos cabelos.

Sakura: 'Aposto que é um galinha daqueles que se acha o máximo e pega todas! Tomara que eu não me encontre com ele tão cedo!'

Ela terminou de tomar banho e fechou a torneira, o microondas já tinha apitado informando que a comida estava pronta. Enrolou-se na toalha e saiu do box. Colocou uma roupinha leve e desceu para jantar. Sentou no sofá com o prato nas mãos para jantar assistindo o que mais gostava, animes. (Ah isso foi dica da Rô! Hehehe eu ia colocar cartoons, mas realmente no Japão acho que cartoons nem passam! Alem disso, com inúmeros animes para se deliciar, quem é que vai querer ver Pica-pau ou Scooby Doo?! Hehehe)

Li entrou no seu apartamento, apesar de ser um homem rico não gostava de muita ostentação fora dos escritórios. Por isso preferiu ficar sozinho num apartamento que já fazia parte das propriedades Li, porém como ninguém nunca foi para aquela cidadezinha tinha ficado abandonado por um bom tempo. O apartamento era confortável e espaçoso, mas nada muito luxuoso. Foi para o quarto onde tirou o elegante terno, jogou-o num canto para a empregada pegar no dia seguinte, e foi tomar um banho para relaxar, o seu dia não tinha sido muito fácil. Depois que saiu do banho colocou apenas a calça do pijama e foi para cozinha preparar uma salada leve para o jantar, quando passou pela sala ligou o aparelho de TV para ver o noticiário, precisava estar atualizado sobre o que estava acontecendo não só em Tomoeda como no mundo, colocou na CNN assim poderia treinar o inglês também.

Jantou assistindo o noticiário. Assim que terminou, sentou-se no sofá e tentou relaxar um pouco, não podia negar que ainda estava extremamente irritado em conhecer as suas novas sócias.

Syaoran: 'Droga! Elas vão me atrapalhar.'

Passou uma das mãos na cabeleira rebelde e olhou para o teto, a imagem de Sakura apareceu nele. Ele piscou os olhos e sentiu algo diferente, era como se ele já a conhecesse antes, como se aquele sorriso já tivesse feito parte algum dia da sua vida. Ele franziu a testa tentando se lembrar da onde a conhecia, mas as únicas coisas que vinham na sua mente eram as respostas atravessadas que a garota havia lhe dado durante a tarde inteira.

Syaoran (levantando-se e sorrindo debochado): 'Onde eu conheceria uma professorinha de educação física?!'

Resolveu se recolher, amanhã seria mais um dia difícil. Desde que chegou em Tomoeda o que mais teve foi sensação de déjà-vu. Era isso, tudo não passava apenas de sensações.

Sakura estava apitando um jogo de vôlei. Ela se divertia tanto com seus alunos que apesar dos protestos de todos não largou a profissão, agora se dividia entre a escola pela manhã e as empresas Li à tarde. Apesar de que ela pouco fazia, apenas ouvia e ouvia um monte de velhos chatos que tentavam explicar entre outras coisas, o que era uma balança comercial favorável. Li falava com ela o estritamente necessário, na maioria das vezes só mandava-a assinar alguns papéis, e ela distraída como sempre, assinava mal os lendo. Detestava aquele serviço, detestava tudo nele, mas não daria o braço a torcer dizendo que desistiria agora. O jogo terminou e ela considerou vitória para a equipe vermelha. Ela viu as crianças gritando e comemorando a sua vitória. Como uma boa professora obrigou os alunos a se cumprimentarem evitando um conflito fora das quadras.

Nada no mundo a tiraria daquilo, nada. Logo após o almoço, a jovem pegou o seu carro e foi até a sede das empresas Li. Parou o seu velho Renauld Clio na vaga de vice-presidência e olhou para o lado, lá estava a Mercedes negra e elegante do senhor Li, involuntariamente fez uma careta para o carro.

Sakura: 'Ai espero não me encontrar com aquele metido hoje.'

Voz: 'Que azar o seu, hem?'

Sakura literalmente pulou para frente com o susto, olhou para trás e viu a cara debochada de Li fitando-a. Ela sorriu sem graça percebendo que ele ouvira o seu comentário. O rapaz a examinou de cima a baixo e sorriu cinicamente.

Syaoran: 'Acho que sua prima poderia lhe dar uns toques de como se vestir para um trabalho decente.'

Sakura sentiu o sangue esquentar.

Sakura: 'Como é que é?'

Syaoran: 'Jeans e tênis não combina muito com o seu cargo aqui.'

Sakura: 'Eu não suporto usar sapato alto!'

Syaoran: 'Ah não me diga? Por que será que eu não estou surpreso?'

Sakura: 'E não será o senhor que vai me obrigar!'

Syaoran: 'Claro que eu não vou lhe obrigar. Você faz o que acha melhor, mas vestida desta maneira parece uma garotinha. Apesar de que...'

Sakura (erguendo uma sobrancelha): 'O que tem de errado?'

Syaoran: 'Quantos anos você tem?'

Sakura: 'Eu tenho vinte e cinco anos, não sou mais uma garotinha!'

Syaoran: 'Eu não daria mais de quinze.'

Sakura: 'Quinze? E você que parece ter mais de cinqüenta com este seu humor insuportável!'

Syaoran: 'Não estou ofendendo-a. Só estou comentando que sua aparência é de uma menina de quinze anos.'

Sakura se sentiu mal com aquele comentário, realmente para ele, ela não passava de uma menininha estúpida. Fechou a cara e lhe deu as costas quase fugindo para dentro do seu escritório. Li ficou observando-a desaparecer antes de entrar no elevador e subir. Realmente era difícil acreditar que aquela garotinha tinha vinte e cinco anos, ela mal parecia ter um corpo desenvolvido, apesar de que ele sempre teve tendência a gostar de mulheres mais glamourosas. Respirou fundo e começou a segunda parte do seu dia de trabalho.

Tomoyo: 'Então o senhor Li é tão chato assim?'

Sakura (depois de beber um gole de refrigerante): 'Eu o detesto, Tomoyo. Ele me trata como se eu fosse uma menina, precisava ver como ele fala comigo quando tem que explicar alguma coisa. Só falta perguntar se eu sei somar ou subtrair! Ai que ódio!'

Eriol: 'Ele parece ser um homem muito frio.'

Sakura: 'Frio não! Ele é um cubo de gelo ambulante!'

Tomoyo: 'Nossa nunca vi você falar tão mal de uma pessoa.'

Sakura: 'Não é de uma pessoa qualquer! É do senhor Li! Ele me odeia, Tomoyo. Ele me odeia tanto quanto eu o odeio.'

Eriol: 'Amor e ódio são sentimentos muito fáceis de serem confundidos.'

Sakura (erguendo uma sobrancelha): 'Pois neste caso não tem como confundir. Eu odeio Li Syaoran!'

Tomoyo deu de ombros olhando para o namorado que sorria discretamente. Sakura bebia o refrigerante com vontade, pois o sol de Tomoeda não dava trégua para ninguém. Os três estavam no clube que Tomoyo era sócia, era um lugar confortável e muito bom para distrair a mente.

Sakura: 'Eles liberaram a quadra de tênis! Vamos jogar um pouquinho, Tomoyo?'

Tomoyo: 'Ai Sakura você sabe que eu não sou boa nisto.'

Sakura: 'Quer jogar comigo Eriol?'

Eriol (levantando-se): 'Claro, por que não?'

Tomoyo deu graças a Deus pelo namorado ter aceitado o convite, os três caminharam até a quadra e viram quando os seguranças do clube a liberaram. Sakura dava pulinhos de alegria, tirou sua raquete da mochila e já estava preparada para entrar na quadra quando ouviu Eriol conversando com alguém, seu sangue ferveu ao reconhecer a voz de Li.

Eriol (virando-se para Sakura): 'Acho que o nosso jogo vai ter que ser adiado.'

Sakura (com carinha de triste): 'Por quê?'

Tomoyo: 'O senhor Li já tinha reservado a quadra.'

Sakura fez uma cara tão feia que até o segurança resolveu sair de perto.

Syaoran: 'Acho que o seu jogo vai ficar para outro dia, Kinomoto.'

Sakura: 'Eu estou cansada de você! Você não tem o direito de achar que a quadra é sua!'

Tomoyo (envergonhada pela atitude da prima): 'Sakura, ele reservou antes.'

Syaoran: 'Ela não vai entender, é muito tola para isso!'

Sakura: 'Tola é a senhora sua mãe que colocou alguém tão insuportável como você no mundo!'

Syaoran (perdendo a linha também): 'Não mete a minha mãe no meio!'

Sakura: 'Pois então não se meta na minha vida!'

Syaoran: 'Você quer jogar, Kinomoto? Então vamos jogar!'

Sakura: 'Vamos! E você vai ver só uma coisa!'

Os dois saíram bufando, posicionaram-se em seus lados da quadra e começaram o jogo. Nenhum dava o braço a torcer, a derrota era algo inadmissível para os dois. Eriol, Tomoyo e Wing observavam o jogo com atenção.

Tomoyo (com uma mão no queixo): 'Por que será que eu tenho a impressão de já ter visto esta cena antes?'

Eriol (sorrindo de lado): 'Quem sabe já não viu?'

Wing: 'Realmente a senhorita Kinomoto consegue tirar o senhor Li do sério.'

Eriol: 'Os dois sempre começaram com o pé esquerdo.'

Tomoyo (franzindo a testa): 'Do que está falando, Eriol?'

Eriol (depois de dar um estalinho nela): 'Nada meu amor, nada.'

O jogo estava acirrado. Nenhum dava espaço para o outro marcar algum ponto, o jogo já tinha se estendido demais, fazendo não só Eriol e Tomoyo, mas até Wing desistirem de assistir e irem comer alguma coisa, deixando Li e Sakura ainda jogando.

Sakura (preparando-se para a sacada): 'Agora é o ponto da minha vitória!'

Syaoran (sorrindo de lado e esperando o saque dela): 'Não conte com isso, Kinomoto.'

Ela sacou e ele rebateu, ela rebateu de volta ficando neste lero-lero até finalmente um dos seguranças do clube atrapalhar o jogo, eles estavam ocupando a quadra por tempo demais e outros associados também queriam aproveitar. Fim de jogo e para a decepção dos dois, empate. Eles saíram da quadra encharcados de suor e raiva.

Syaoran: 'Sorte sua o segurança, ter parado o jogo.'

Sakura (mostrando a língua para ele): 'Esqueceu-se que eu é que estava com a vantagem?'

Syaoran (rindo): 'Quando você vai crescer?'

Sakura (olhando-o, incrédula): 'E quando você vai descer do seu pedestal?'

Eles se olharam com deboche, mas depois as feições se suavizaram fazendo os dois se encararem quase que apaixonadamente. Sakura sentiu um arrepio gostoso percorrer-lhe a espinha enquanto Li sentiu os cabelos da nuca se arrepiarem lhe causando uma sensação de prazer em apenas olhar para aquela moça.

Voz: 'Senhor Li!'

Syaoran balançou um pouco a cabeça dissipando o pensamento e virou-se para Wing que veio correndo ofegante até ele com um celular na mão.

Wing: 'Sua prima Meilyn.'

Li pegou o celular e se afastou falando em chinês, Sakura ficou observando-o falando e caminhando de um lado para o outro preocupado. Wing a olhou e sorriu maliciosamente. A menina reparou isso e ficou vermelha.

Sakura: 'Sabe onde está minha prima?'

Wing: 'Está no piano-bar.'

Sakura: 'Ah sim, obrigada.'

Ela saiu correndo ao encontro do casal de amigos.

Continua.

N/A: Promessa é dívida e eu sou uma menina de uma palavra só! (Cara eu estou parecendo o Li agora! Hehehe) Bem, aí está o primeiro capítulo da terceira parte da série. Está confuso? Sim, está e muito, mas tudo será explicado ao seu tempo, por isso não se assustem com este primeiro capítulo nada haver com o encerramento de Feiticeiros II. Como a "falecida" Kaho dizia: tudo será esclarecido na hora certa. (é isso mesmo, ela não falava apenas: Não existe coincidência, apenas o inevitável).

Outra coisinha que preciso falar com vocês é o seguinte: Preciso muito da ajuda de vocês! Por favor, deixem reviews ou mande e-mails com a opinião de vocês! Não sou de pedir isso, mas confesso que havia pensado um milhão de vezes em desistir de bater a continuação desta série por falta de tempo, de estímulo e etc, mas como eu havia prometido, não poderia voltar atrás! Please! Me dêem uma força!

Novamente tenho que agradecer a Rô que revisou o capítulo com carinho e dedicação e ainda me deu uns toques bem legais na trama. Inclusive foi a força dela e da Andy que eu resolvi postar esta fase.

Beijos para todos que acompanharam as duas primeiras sagas de Feiticeiros e agora estão acompanhando esta.

Kath Klein