Uma gota de suor escorria pelo pescoço, a varinha firme entre os dedos e o feitiço mais do que preparado para ser pronunciado. Ele esperara muito tempo para isso. Dois anos era tempo demais, sabia que se não matasse, morreria, e era a única esperança, talvez. A expectativa começou a doer, as suas entranhas reviravam com uma rapidez imensa, ele tinha vontade de vomitar, de correr, de terminar logo com aquilo, mas ele não devia se importar, mirava apenas aquela porta, seu objetivo.

Outras gotas de suor se formavam, ele abriu a porta.

"E se eu não for capaz? E se eu não conseguir? Eu não posso, eu tenho que conseguir, ele matou quem eu mais amava, tanto direta como indiretamente, ele merece morrer. E se eu morrer? E se eu não for rápido o bastante?"

O corredor era escuro, não havia qualquer sinal de vida e nem sons, o silêncio era quase ensurdecedor e a escuridão um conjunto de paredes extremamente sólidas que sufocavam a cada passo dado. Um silvo baixo mais significativo foi captado por ele e sua respiração sumiu por alguns instantes e depois ele voltou a respirar intensamente, a cada inspiração, outra mais rápida, seu coração batia desembestado, tudo a sua volta parecia ameaçador. Cada pedra do corredor lhe instigava a correr, como se lhe dissessem isso ao pé do ouvido.

A posição do inimigo era conhecida, e ele tinha consciência que o inimigo também conhecia a sua. Não haveria mais ninguém, ele queria ter o prazer de acabar com o rival com suas próprias mãos.

Seus passos avançavam, aumentando de tamanho conforme a aproximação da ultima porta, sua sentença, de vida ou morte.

Sua veste estava encharcada, a mão da varinha, por milagre, ainda seca do suor nervoso e do tremor temeroso que se erguia envolta do bruxo. Ele chegou até a porta. Parou.

A maçaneta, em forma de cobra era tentadora, ele precisava abri-la, mas estaria preparado? Voltou a se questionar.

"Ele merece..."

Levou a mão até a cobra enrolada e girou.

O fogo crepitava na lareira e um tapete luxuoso e raro podia ser visto. Ao lado, uma enorme cobra parecia dormir. Uma poltrona se virou, as palavras começaram a vibrar em sua mente.

Um homem se levantou da poltrona, sua face viperina indistinguível a varinha na mão, pronta para o ataque.

As palavras na sua boca queriam explodir, ele apenas se deixou levar.

_ Avada Kedavra!

Comentárioa finais: Okay, eu sei, ficou ruim.. não, muito ruim, mas eu tive essa idéias vendo Rugrats Crescidos, portando não me matem.. deixem comentários..

Bjinhos

Rach – 08/03/2004