Disclaimer: Os personagens pertencem a JK e cia! E com certeza minha conta no Gringotes não vai encher de galeões, então, é isso.

N/A: Esse capítulo não foi betado! Desculpem-me por isso!

Capítulo 16 – Quando acaba bem, termina.

Ele acordou sentindo um corpo quente sobre o seu. Uma luz branca invadiu seus olhos quando os abriu, piscou algumas vezes antes de perceber onde estava. O quarto de hospital lhe trouxe as lembranças de apenas alguns instantes atrás. Draco quase levantou correndo, mas não quis acordar Virginia. Ela dormia um sono tranqüilo aninhada ao peito do loiro, que tocou seu ombro levemente a fim de acordá-la. Porém foi inútil, Gina apenas ronronou e se ajeitou melhor.

Draco quase pensou em deixá-la dormir, mas não lhe agradava a idéia de acabarem sendo pegos naquela situação particular. Então o loiro resolveu apelar, passou a ponta do dedo indicador por toda a extensão do dorso nu de Gina, e observou o corpo da ruiva se arrepiar e tremer. Ele sorriu com a reação dela, e continuou. Draco assoprou suavemente o nome de Gina em seu ouvido, mas ainda assim ela não acordou. Ele continuou com mais alguns carinhos enquanto a ruiva parecia estar apenas curtindo um sonho maravilhoso em seu sono anormalmente profundo.

-Virgínia... está na hora de ir meu bem – o loiro disse tocando gentilmente o braço de Gina.

A ruiva balançou a cabeça murmurando alguma coisa como "mais tarde, mais tarde", e se aninhou melhor no peito de Draco. Ele riu da reação dela, mas reiniciou sua tentativa de acordá-la. Dessa vez ele optou por um golpe mais baixo. O loiro passou o indicador levemente ao longo das costas de Gina, provocando uma onda de sensações que a fizeram acordar.

Ela jogou os cabelos para o lado e abriu lentamente os olhos, que desfocados, foram na direção de Draco. Ela abriu um sorriso sedutor, assim que o reconheceu, e foi na direção do loiro para beijá-lo, jogando os braços ao redor do pescoço dele. O loiro a abraçou e a beijou de volta. Na medida em que os lábios se reconheciam, a ruiva ia intensificando o beijo, buscando-o cada vez mais. Suas mãos se agarraram a nuca dele e seus lábios começaram a buscar o pescoço do loiro.

-Virginia – Draco disse num fôlego só, tentando evitar as sensações que emanavam de si. – acho que devemos ir embora.

-Ir para onde? – ela perguntou distraída.

- Virginia, ainda estamos no hospital.

Gina virou uma estátua. Não tinha coragem o suficiente para olhar em volta e perceber que estava em um quarto de hospital, nua, em cima de Draco. Ele a olhou meio de lado e sorriu vendo a cara de desespero dela.

-Vem, vamos embora. - ele se levantou, tirando-a de cima dele e pegando as roupas próximas a cama.

Só então que Gina olhou para os lados e ratificou que ainda estavam no hospital. Horrorizada, ela se agarrou aos lençóis soltos da cama para se cobrir e correu para catar suas roupas jogadas no chão. Tentou tirar a blusa que estava nas mãos de Draco num rompante de agressividade, e parou, vermelha – de vergonha e pela agitação –olhando o loiro parado a sua frente.

-Por Merlin Draco! O que aconteceu? Nós...? Você sabe. Nós? – ela apontou de si mesma para Draco, e abaixou o tom de voz para quase um sussurro – Fizemos?

-Eu acho absolutamente adorável essa sua amnésia oportunista Virgínia, mas agora nós temos que nos vestir rápido, antes que sejamos pegos. – o loiro jogou a blusa de Gina em cima dela.

-Do que você está falando? – Gina perguntou enquanto prendia o sutiã.

-De nada. Vamos embora antes que sejamos pegos aqui. - Draco riu vendo a expressão de Gina, foi até ela e deu-lhe um beijo na têmpora e sentou para calçar os sapatos.

- Draco? – Gina o chamou quando ele parou totalmente vestido ao seu lado.

-O que?

-Eu te amo.

-Obrigado por me amar Virginia. – ele disse olhando intensamente para ela.

Quando eles chegaram na Mansão Malfoy foram recebidos com festa por uma Annie saltitante, Jason e Kimberlly. Draco pegou a filha no colo, mesmo sobre os protestos de todos de que ele não devia fazer nenhum esforço.

A tarde passou tranquilamente, todos curtindo aquele momento familiar, agora muito comum na grande casa da família Malfoy. E agora a palavra família fazia enfim sentido na vida de Draco.

-Bom, e agora que tal o belo bolo de chocolate que o Jason me prometeu? – Draco perguntou a todos fazendo cócegas na barriga de Annie.

-Pára Daco! – assim que ela conseguiu fugir da brincadeira do pai, começou a fazer uma dancinha, que provavelmente aprendera com Gina – Bolo! Bolo! Bolo!

-Já irei servir senhor. – Jason disse se encaminhando para a cozinha.

-Eu te ajudo Maison. – Annie saiu correndo atrás do mordomo.

Draco riu e foi atrás da filha. Gina ia seguindo-os quando Kimberlly parou na sua frente. Sorrindo meio sem graça ela pediu para que a ruiva ficasse um minuto a mais na sala para terem uma conversa.

-Gina - Kimbelly pegou as mãos da ruiva e a trouxe com ela para o sofá - eu gostaria de lhe pedir perdão por todas aquelas coisas horríveis que te falei no dia do sumiço da Annie.

-Oh Kimberlly, imagina... eu também não fui muito legal... - a ruiva olhou para os pés sem graça e depois voltou seu olhar para a loira a sua frente - eu tenho um péssimo gênio! - ela riu sem graça.

-Não, mas eu te ofendi de uma maneira muito feia, Gina. E eu disse aquelas coisas... e eu as quis dizer, é disso que mais me envergonho. Você não é nada daquilo. Mas eu admito que eu fiquei com ciúmes. Você ficou esse tempo todo com a minha filha, enquanto eu desapareci para estudar, e o Draco... ele te ama... enquanto ele não quis ficar comigo, me largou e eu estava grávida...

-Mas ele não sabia. - Gina a interrompeu defendendo o namorado.

-É claro que não sabia, não foi isso que eu quis dizer. Não é que eu sinta qualquer coisa por ele, eu não sinto nada pelo Draco há muito tempo. Mas você me entende? Diz que me entende, que eu não sou tão idiota e imatura assim...

-Acho que nós podemos esquecer tudo isso. - Gina sorriu para Kimberlly - Agora que Annie voltou para nós, que está tudo bem com o Draco... Talvez possamos recomeçar, que tal?

-Seria ótimo.

-Seria sim.

A tempestade de acontecimentos passou e o ano novo estava batendo as portas. Kimberlly havia ficado para os festejos de reveillon da Mansão Malfoy. Esse ano a festa seria simples, em família, nada como as grandes festas que a propriedade estava acostumada nos tempos de Narcisa. Draco sabia que aquele era um momento de tranqüilidade, um momento para festejar a vida e o amor.

Sentada a mesa com seu lindo vestido de seda branca Annie olhava o pai e a babá brindando sua felicidade em taça de cristal. A pequena sorriu aquele seu característico sorriso travesso. Finalmente as coisas estavam dando certo, Gina e Draco estavam juntos e felizes, ela conseguiu sair das "marmorotas", o vovô Lucio não ia mais fazer nenhuma maldade, e a mamãe ainda era da sua família.

Ouvindo a música que tocava para animar a celebração, Annie desceu da cadeira e ensaiou alguns passos de dança sozinha [N/A: Momento Luna hehe] indo até onde o pai estava. Olhando aquela criaturinha pequena que Draco aprendeu a amar e agora não podia imaginar sua vida sem ela, ele sorriu e abriu os braços para recebê-la. Com Annie no colo, Draco rodopiou pela sala de jantar dançando com a filha. Gina sorriu para os dois adorando a brincadeira e foi se juntar a eles depois de receber um olhar significativo de Annie.

Os três juntos dançavam e riam ao som da música, felizes por estarem juntos naquele dia que representava a esperança de um novo tempo.

Kimberlly entrou na sala com uma travessa de purê na mão e Jason ao seu lado trazendo a ave da ceia. Ela ficou muito tocada com a cena que viu, jamais em sua vida imaginava que veria Draco Malfoy rindo livremente e brincando como estava. Realmente as coisas mudam. Pessoas e conceitos podem mudar, se houver um bom motivo para isso. Sorriu para os três dançando e foi se sentar no seu lugar a mesa.

Logo todos estavam acomodados a mesa. Os elfos estavam muito bem arrumados em seus uniformes correndo para lá e para cá para servirem os patrões. Jason parou ao lado de Draco trazendo uma garrafa de champanhe em um balde gelo. O loiro agradeceu e se levantou do seu lugar de anfitrião.

-Antes de ceiarmos, eu gostaria de levantar um brinde. – ele disse enquanto abria a garrafa. – Hoje estamos aqui para comemorar não apenas um novo ano que se inicia, como também a felicidade de podermos estar todos juntos neste momento. E eu gostaria de agradecer a todos vocês por estarem me proporcionando um momento como esse. Então eu dedico esse brinde a vocês – ele olhou sugestivamente para Annie e Gina – meus amores – e Draco voltou seu olhar para Jason e Kimberlly – e meus amigos.

Todos beberam, inclusive Annie em sua taça com refrigerante de limão. Quando Draco se sentou novamente percebeu que Kimberlly havia permanecido de pé. O loiro olhou interrogativamente para ela, que apenas pigarreou chamando a atenção dos outros para si.

-Eu também gostaria de dizer uma coisa... – a loira passeou seu olhar por todos antes de respirar fundo e começar a falar – Sei que ninguém nesta mesa nunca entendeu o motivo que me fez deixar Annie nesta casa... Talvez nem eu mesma possa agora formular algo que também me convença que eu estava certa. Saí dessa casa chorando como nunca havia chorado antes, pois tinha deixado a coisa mais importante de toda a minha vida para trás. Disse a mim mesma todos os dias que fiz o que era melhor para Annie... que eu ia ter uma vida, um futuro melhor para dar à ela quando voltasse... nada disso justifica, nada disso ameniza o que eu fiz, e sempre, por toda minha vida, sofrerei por isso.

Lágrimas invadiram os olhos de Kimberlly que desistiu de se conter e deixou que elas rolassem por seu rosto. Todos na mesa mantinham seus olhos fixos na mulher loira, compadecidos por sua dor, mas também desconfiados sobre como terminaria aquele discurso. Gina sabia que uma mãe era a pessoa mais importante na vida de uma criança, mas não podia imaginar o que iria acontecer caso Kimberlly resolvesse levar Annie embora da mansão.

-Vendo Annie e Draco percebo que errei muito com os dois. Nunca devia tê-los privado do convívio um do outro. E eu prometo que isso será remediado. Draco, -ela voltou sua atenção para o loiro a sua direita – você conseguiu. Eu sei que já disse isso antes... você é, de fato, um pai melhor do que seu pai foi, você é um homem muito melhor do seu pai foi. Muito obrigada por ter cuidado da Annie, por tê-la salvo daquele lugar horrível... obrigada por amá-la. Tenho que voltar à Paris amanhã, não teremos tempo para discutir questões de guarda, visitas e todas as coisas burocráticas que virão a seguir, mas meu advogado vai tratar disso, e creio que nós não teremos problemas. Não sei, eu gostaria de sugerir visitas mensais e divisão das férias e feriados. O que você acha? – ela terminou radiante.

-Você... você está sugerindo... – Draco balbuciou não conseguindo formar uma frase.

Gina o olhou, ele estava segurando com força o braço da cadeira, o rosto estava ficando vermelho. Temendo que ele pudesse começar a gritar e piorar ainda mais a situação, ela se adiantou.

-Desculpe Kimberlly, eu não consegui entender o que você quis dizer.

-Como assim? – a loira olhou de Gina para Draco incerta.

-Você não esta pensando que eu vou... – Draco começou, mas Gina o parou com um toque eu seu braço.

-Você vai levar Annie com você amanhã para Paris?

-Não. Eu gostaria muito querida, – ela se virou para a filha e a pegou no colo - mas suas aulas voltam em uma semana, e não sei se seria capaz de te devolver tão rápido. – completou sorrindo – Eu venho no próximo mês, e vejo direito esse negócio de te dar a guarda definitiva Draco.

Suspiros de alívio foram ouvidos por toda a sala de jantar. Aparentemente, todos haviam interpretado errado as palavras de Kimberlly. O resto da noite foi cheia de sorrisos, todos estavam felizes sobre como o rumo das coisas convergiu para a felicidade.

Aos poucos as coisas voltaram a normalidade na casa dos Malfoys, Draco voltou ao trabalho, as vendas da Nimbus infantil estavam cada vez maiores, o que significava que todos na empresa estavam trabalhando dobrado. Annie voltou para a escola, mais feliz que nunca agora que recebia periodicamente notícias da mãe, e vivia sua vida feliz ao lado de Gina e do pai, fazendo cada vez mais bagunça e deixando a ruiva cada vez mais louca atrás dela.

Numa tarde de março Gina estava distraída mexendo em Marcelle, a grande companheira de aventuras de Annie, quando Draco entrou e ficou em silencio, observando-a, por alguns minutos.

-Onde estão as pessoas dessa casa? – ele disse chamando a atenção da ruiva, jogando a pasta na poltrona mais próxima.

-Ah! Nem tinha percebido que você estava aqui, – ela disse sorrindo para ele – não tenho ideia de onde foi todo mundo.

-Quer dizer, que nesse momento, estamos só nós dois aqui nessa sala imensa e... – ele a olhou divertido.

-Estamos, estamos sim. – Gina disse sentando-se ereta com as mãos sobre o joelho.

Draco olhou para a ruiva com a cabeça inclinada, sorrindo levemente. E andou calmamente na direção dela lhe estendendo a mão. Gina segurou a mão estendida de Draco e se levantou do sofá. O loiro a girou levemente e segurou-a pela cintura. Gina não estava entendendo nada até que ele começou a dançar com ela.

- Mas o quê você está fazendo Draco Malfoy? – a ruiva perguntou sorrindo para ele.

-Estou dançando. – ele disse simplesmente.

-Mas não tem música. – ela riu soltando a mão do ombro dele e apontando vagamente pelo ambiente.

-Tudo bem se você faz questão. – Draco soltou-a por um instante, tirando a varinha do bolso. Com um feitiço rápido o som de uma valsa começou a tocar. – está bom assim? – ele perguntou e a ruiva apenas estreitou o olhar para ele, curiosa – Tudo bem, tudo bem. Você está cada dia mais exigente. – novamente o loiro pegou a varinha e apontando para o teto conjurou centenas de rosas vermelhas que ficaram flutuando por todo o teto da sala.

-Lindo. – foi a única palavra que Gina foi capaz de dizer enquanto olhava abobada para a quantidade de rosas acima de sua cabeça. Um pequeno botão se soltou das outras e planou gentilmente em volta dela até pousar levemente em sua mão.

-Virginia olhe para mim. – ele levou seus dedos ao queixo dela e trouxe seu rosto até que pudesse encarar seus olhos – Eu sei que você me ama.

-Você é muito convencido Draco Malfoy – ela disse encarando-o divertida.

-Eu sei que você me ama tanto quanto eu te amo, eu só gostaria de te dizer que o que eu sinto aqui – ele apontou para o coração – e eu sei que você também sente, é grande demais. Você e Annie mudaram minha vida completamente, nunca fui tão feliz como sou com vocês, sou uma pessoa melhor graças as duas.

Ela ficou olhando-o intrigada. Por que tudo isso agora? Onde ele estava querendo chegar?

-Draco, eu... – ela ia dizer que ele não precisava falar tudo aquilo, mas ele a interrompeu.

-Deixe-me continuar, por favor – o loiro a olhou no fundo dos olhos, se aproximou mais dela encostando seus corpos – eu não quero que essa felicidade acabe, jamais. Quero dividir todos os meus dias com você. – ele remexeu o bolso e retirou uma caixinha preta. Gina sentiu seu coração atrasar uma batida. Draco levantou a caixa e a abriu revelando um anel... - Não existe vida, não existe felicidade, se você não estiver ao meu lado. Casa comigo?

Draco a olhava ansioso. Nunca tinha se sentido assim antes, mas ninguém nunca fora tão importante para ele como Gina era. Essa ruiva era a mulher da sua vida. Ela abriu e fechou a boca repetidas vezes, mas sem liberar nenhum som. Olhava de Draco para o anel, sem conseguir focar sua atenção em nenhum dos dois.

Agora o loiro temia que ela o rejeitasse. E se ela não quisesse unir sua vida a um Malfoy com um passado tortuoso? E se não o amasse como ele a amava? O medo tomou conta de Draco, era possível senti-lo se espalhando pela sua corrente sanguínea.

-Eu caso. – ela disse baixinho.

-O quê? – Draco olhou assustado para ela. Ele tinha ouvido direito?

-Eu te amo. Eu caso com você.

DG_FIM_DG

N/A: Não me mate ok? Ainda tem o epílogo. Desculpe o atraso, errrr... nem posso chamar isso de atraso, eu dei um abandonada na fic mesmo, esse capítulo estava quase pronto a meses, mas hj eu tomei vergonhei e consegui fechar. Espero q ngm tenha achado o pedido de casamento brega... hehe achei bonitinhu!

É, acho que é isso!

Um muito obrigado para quem comentou! Prometo que no epílogo eu agradeço td mundo!

Bju, bju

Tataya Black