Olá, pessoal!
Eu estava conversando com uma amiga minha há alguns dias e ela comentou que uma das coisas mais interessantes de ler a reedição de Suteki é comparar as mudanças ocorridas entre as duas versões e lamentou o fato de eu ter retirado Suteki da ne original do site. Como não foi a primeira vez que ouvi esse tipo de comentário e, também, vivo fazendo referências a essa primeira versão do fic, decidi postá-la novamente.
O motivo principal de eu ter excluído essa história foi aquela regra besta sobre as letras de música, mas percebi que muita gente continua colocando letras de música nos fics... Isso e o motivo de eu quase estar arrependida de ter começado a reedição (eu digo "quase" porque realmente estou gostando dos rumos que a reedição está tomando) e não ter tempo de mexer nela.
Acredito que não notarão muitas diferenças nos primeiros capítulos, mas elas vão ficar mais evidentes no decorrer da história.
Apenas tenho uma dúvida e espero que vocês me ajudem a responder: devo postar o fic até o capítulo 21 (que foi o ultimo capítulo concluído de Suteki da ne) ou deixar para acompanhar a postagem da reedição?
Suteki da ne
Capítulo Um
Estava encostada ao muro de braços cruzados. Seus olhos esmeralda mostravam-se inquietos enquanto sondavam o pátio do colégio. A pasta com seu material se encontrava no chão, aos seus pés. O vento balançava seus cabelos ondulados cor de caramelo um palmo abaixo do ombro. Olhou no relógio da torre da escola primária, que ficava ao lado. Não poderia esperar por mais tempo.
"Onde ele está que ainda não apareceu?" - perguntou 'varrendo' o colégio com os olhos. Estava pronta para ir embora quando viu um rapaz vindo em sua direção com passos apressados. Sorriu ao identificá-lo.
Tinha os cabelos castanho-escuros, os olhos cor de mel e o porte atlético. Ele sorriu ao vê-la e acenou aproximando-se.
"Onde esteve, Shaoran?" – perguntou olhando-o seriamente. – "Eu já estava indo embora!… Esqueceu-se que combinamos de voltarmos para casa juntos?" – sentenciou, fazendo-o ficar encabulado.
"Desculpe-me, Sakura, mas você não vai acreditar no que aconteceu quando eu estava saindo…" – disse abrindo um sorriso bobo, ao qual Sakura acostumara-se a ver nos últimos dois anos. Ele não precisaria continuar para que Sakura soubesse que ela estava envolvida. Shaoran continuava a falar, mas a jovem ao seu lado não estava prestando atenção. Seus pensamentos estavam não muito longe, em uma época bem menos conturbada para ela.
Conhecera o jovem chinês no início do oitavo ano, ele havia chego de Hong Kong e ela vinha de Kyoto, onde nascera e vivera toda sua vida. Não conhecia ninguém na cidade e estava assustada com toda aquela mudança. Sentia-se excluída do resto da turma em todas as atividades e a única pessoa com quem conseguia ficar mais a vontade era ele, Shaoran Li, que estava em uma situação semelhante a sua, um pouco pior, talvez, por ser estrangeiro.
Em pouco tempo, tornaram-se grandes amigos. Inseparáveis. Acabaram sendo aceitos e fizeram novas amizades, mesmo assim, acabavam isolando-se dos outros em determinadas ocasiões. Boatos rolaram dizendo que estavam namorando, mas não deram importância e, logo, tudo fora desmentido.
Foram juntos ao baile de colação de grau. E tudo estava perfeito nas férias, onde, por causa de uma emergência no trabalho de Touya, Shaoran tomou o lugar do irmão, indo viajar com ela e seu pai.
Quando as aulas recomeçaram teve início seu pesadelo. A turma era quase toda nova, não conheciam quase ninguém e entre todos aqueles alunos estava ela, Akio Yamazato, a garota que roubara a atenção de seu melhor amigo e de grande parte do colégio.
O pior, no entanto, não era ver Shaoran correr atrás dela quase todas as horas do dia, nem o fato dele criar falsas esperanças quando Yamazato o procurava para que a ajudasse com suas notas. O maior problema foi descobrir-se apaixonada por Shaoran quando ele apenas tinha olhos para a "Srta. Perfeição". Sua vida não poderia ficar pior do que já estava. Poderia?
"E ela falou que gosta de rapazes de cabelos compridos…" – passou a mão sobre a cabeleira desalinhada. – "Eu já sei o que fazer para que ela me note!" – exclamou animado. – "Você nem imagina como estou me sentindo… Meus ânimos estão renovados!" – sorriu para a amiga, arrancando-lhe um sorriso cheio de tristeza que passou desapercebido.
Pararam de caminhar em uma bifurcação. Shaoran olhou para Sakura com um sorriso no rosto.
"Sabe, eu agradeço por você ser minha amiga, Sakura…" – começou com a voz tranqüila. – "Eu não sei se suportaria tudo o que passei até agora se você não estivesse me apoiando!" – pegou a mão dela e segurou firme entre as suas. – "Prometo que, algum dia, eu te compensarei por tudo!" – disse com convicção, fazendo-a sorrir.
"Não se preocupe em me compensar, Shaoran. Na realidade, enquanto você for meu amigo é mais do que o suficiente para mim…" – ficaram encarando-se com ternos sorrisos.
Shaoran suspirou profundamente, sentia-se bem quando estava perto da jovem japonesa. Era uma sensação estranha e maravilhosa.
"É melhor irmos para nossas casas…" – disse mudando levemente sua expressão. – "Até amanhã!" – acenou afastando-se e virando para ir embora.
Sakura arregalou os olhos e ia dizer algo, mas sua boca abriu e se fechou sem emitir som algum. Apenas soltou os braços ao longo do corpo vendo-o se afastar.
"Até amanhã!" – sussurrou para que apenas o vento ouvisse, seguindo para sua casa.
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Sakura estava deitada em sua cama, fitando o teto. A mochila jogada no chão, cadernos e livros abertos sobre a escrivaninha. Um porta-retrato, com uma foto dela e Shaoran, na mesa de cabeceira virado para a parede e uma taça de sorvete praticamente intocada mostravam o estado caótico de seu humor.
Batidas na porta retiraram-na de um mundo de sonhos.
"Entre…" – disse sentando-se.
A porta se abriu permitindo a ela ver a figura de um homem, vestido de terno e gravata marrom. Os cabelos tomavam um tom grisalho, mas os olhos castanhos mostravam a mesma serenidade que Sakura estava acostumada a ver em seu pai.
"Eu só queria avisar que estou de saída, filha!" – olhou para a situação do quarto. – "Está estudando para os exames, Sakura?".
"Sim, eles começam na próxima semana!" – ela explicou.
"Entendo…" – ele fez uma pausa. – "Shaoran não vem estudar com você dessa vez?" – perguntou reparando que a filha desviara o olhar ao escutar o nome do rapaz.
"Ele tem outras coisas para fazer e eu não preciso da ajuda dele…" – respondeu. – "Consegui entender os conteúdos de física e matemática, portanto não terei problemas…" – forçou um sorriso.
"Está certo!" – disse o Sr. Kinomoto, respirando profundamente. – "É melhor eu ir…".
"Sim, Vá! Senão vai perder o trem-bala!" – Sakura acenou para o pai que fechava a porta e deixou-se cair sobre a cama. De onde estava ouviu a porta e o portão abrir e fechar, indicando que o pai saíra.
'A quem eu quero enganar? Não vou conseguir estudar…' – pensou fechando os olhos. – "Não enquanto não tirar Shaoran Li de meus pensamentos…" – murmurou sem muito ânimo. Seria impossível parar de pensar nele. – "Preciso conversar com alguém… Acho que vou ligar para Tomoyo…" – disse pensativa, enquanto se levantava. Saiu do quarto e desceu as escadas, arrastando a mão no corrimão. Assim que entrou na sala, pegou o telefone e jogou-se no sofá, discando o número da casa da amiga. Mas, antes que terminasse, ouviu a campainha soar.
'Quem será? Será que papai esqueceu algo?' – perguntou-se indo até a porta. Quando a abriu, um sorriso iluminou seu rosto e seus olhos brilharam.
"Boa Noite, Sakura! Espero que não tenha esquecido que combinamos de estudar juntos…" – o rapaz disse passando pelo portão.
"É claro que não esqueci!" – indignou-se, deixando-o entrar. – "Mas achei que você o tivesse…" – comentou seguindo-o até a sala.
"Eu?… Eu nunca esqueço de meus compromissos, Srta. Kinomoto!" – disse divertindo-se. – "Já está tudo preparado para começarmos?" – perguntou sorrindo docemente.
"Sim!" – ela retribuiu o sorriso. – "Vamos subir…" – disse tomando a dianteira com um enorme sorriso. – 'Fico feliz que tenha se lembrado de mim com tudo o que aconteceu hoje, Shaoran…' – pensou olhando de esguelha para o chinês que subia as escadas, seguindo-a.
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Ela saiu da sala logo após entregar a prova ao professor. Espreguiçou-se demoradamente com um sorriso no rosto. Tinha certeza que havia se saído muito bem.
'Valera a pena passar o final de semana enterrada em livros, afinal!' – pensou vitoriosa.
"Sakura!" – alguém a chamou, fazendo-a olhar para trás. Uma garota de longos cabelos negros, pele clara e olhos violeta, corria para alcançá-la. – "Como foi no exame?" – perguntou sorrindo enquanto caminhavam pelo corredor.
"Achei que as questões estavam bem fáceis…" – sorriu para a garota. Tomoyo era sua melhor amiga, depois de Shaoran. Era a única pessoa a quem confessara seus sentimentos em relação ao chinês. Tomoyo fora a responsável pela integração dela e de Li com o resto da turma, dizia sentir-se abandonada em certas ocasiões pelo status que possuía na cidade de Tomoeda. Era a única herdeira de uma das maiores empresas do Japão. A grande corporação Daidouji abrangia, desde eletrônicos, até brinquedos.
"Vocês passaram o fim-de-semana estudando juntos novamente?" – a garota de olhos violeta questionou com um sorriso maroto.
"Sim. Shaoran dormiu lá em casa de sábado para domingo…" – disse um pouco sonhadora.
"E…" – sorriu para a amiga. – "Aconteceu alguma coisa? Você contou a ele?" – quis saber Tomoyo animada. Sakura suspirou.
"Eu ainda não tive coragem de falar com ele…" – disse pesarosa.
"Eu não entendo vocês dois, sabia?" – Tomoyo disse parando embaixo de uma árvore no pátio. Sakura olhou-a confusa enquanto sentava-se. – "Você e o Li passam tanto tempo juntos, ficam sozinhos por horas, ele dorme freqüentemente na sua casa…" – enumerava nos dedos enquanto falava. – "Como conseguem ficar todo esse tempo juntos e não terem sequer se beijado?" – encostou-se na árvore olhando para o céu.
"E por que haveríamos de fazer isso?" – Sakura perguntou um pouco embaraçada.
"Ora, minha querida, essas coisas acontecem…" – assegurou. – "Dois amigos conversando alegremente e no meio de um sorriso começam a se encarar fixamente. Algo parece puxá-los para mais perto um do outro…" – narrava como quem conta a cena de um filme que assistiu. – "Então acontece o beijo, quando os lábios se tocam suavemente…" – terminou de falar observando com um sorriso a amiga vermelha de vergonha.
"Não acho que isso poderia acontecer algum dia, Tomoyo. Ele gosta de outra pessoa, lembra?" – suspirou desanimada.
'Ou não compreende o próprio coração…' – Tomoyo pensou suspirando. – 'Algo me faz teimar em aceitar essa paixão do Li pela Akio, eles não combinam em nada…' – olhou para Sakura de forma pensativa com um sorriso no rosto. Sabia que esse drama que a amiga vivia estava longe de terminar e torcia para que acontecesse o melhor.
Continua…
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N/A – Oi, minha gente!... Minha mãe (de verdade) sempre diz que quem é vivo sempre aparece. Mais do que nunca, isso é verdade!... Olha eu aqui!... Hehehe... Eu andei sumida, pelo menos individualmente, mas agora voltei à ativa...
Explicações sobre o título: Suteki da ne é o título de uma música muito linda que é tema do jogo Final Fantasy X, significa Não é Bonito? (assim, na interrogativa, mesmo). Ela irá aparecer mais à frente no fic, mas eu sugeriria que, quem tiver a oportunidade, baixe-a... Vale a pena!
Bem, a data que eu escolhi para postar o primeiro capítulo, é um pouco incomum: plena Segunda-feira, mas isso tem um motivo e é só dessa vez... os outros virão no final de semana, ou pelo menos assim pretendo... porque como eu estou trabalhando não sei se conseguirei manter o fic em dia... prometo que vou tentar...
Agora, voltando ao assunto da data em que postei o fic... bem, é que, hoje, dia 16 de fevereiro é o aniversário da minha querida e adorada mamãe!...
Parabéns, Stella!... Espero que você seja muito feliz, tenha muita paz e que essa data possa se repetir muitas e muitas vezes. Eu sei que a gente apenas se conhece pela internet, mas você é uma de minhas melhores amigas, pode ter certeza disso! Desejo que todos os seus sonhos se tornem realidade, que você nunca deixe de ser essa garota incrível que me tolera e às minhas loucuras, e que continue a escrever essas estórias malucas, divertidas e maravilhosas que só você poderia criar. Muito obrigada por sempre estar disposta a me ajudar.
Thanks to: Rô, Fe, Miaka, Nina, Cris e Atlantte
Até a próxima!
Yoruki Hiiragizawa.
DISCLAIMER – Card Captor Sakura e seus personagens pertencem a CLAMP. Eu não tenho nada a ver com isso!...
Ah! Sim... Eu vou retirar os agradecimentos individuais dos capítulos... Gomen, nee... o.ò
Re-postado em 27/09/06.