Convencer meus pais a voltar a morar em Forks foi difícil, mas não tanto quanto respirar fundo para entrar no colégio. Mas eu respirei e entrei.
Fui para minha antiga turma e algumas pessoas vieram me cumprimentar e perguntar como estava, mas varrendo a sala com os olhos não vi nenhuma das pessoas que desejava.

- Onde está James? - perguntei para uma garota que se sentava perto, que sendo sincera eu não lembrava o nome.

- Você não sabe? A mãe dele teve que ser levada para Miami, estava com câncer avançado quando descobriram.

Foi então que meu mundo pegou fogo e eu percebi o quanto estive o tempo todo sendo idiota e olhando só para mim mesma. Claro que deveria ter acontecido algo terrível para James não estar presente.

- Onde está o resto do pessoal?

- Foram junto com ele, estava muito mal a ultima vez que o vimos, foi logo depois da sua ida.

Então soube o que eu precisava fazer, o difícil seria o fazer. Peguei minha bolsa ainda intocada e sai correndo da sala, fui para a parte de trás do colégio e pulei o muro arranhando um pouco minhas mãos na subida e os joelhos na descida.

Se foi possível eu corri ainda mais até chegar a casa do James, tentando sempre correr mais e mais e não pensar no quanto queria parar. Bati na porta que foi atendida por uma empregada que por sorte já havia me visto e me forneceu o que precisava e então eu corri para a casa, a pior parte.

- O que aconteceu? - perguntou minha mãe assim que pus os pés em casa, quando na verdade deveria estar em sala de aula.

- Preciso da sua ajuda, por favor mãe, só dessa vez! - e sem perceber eu comecei a chorar. Ela me sentou no sofá e logo me trouxe um chá, que fui tomando aos soluços até conseguir falar, então contei tudo. - Preciso ir para Miami, por favor.

- Você acabou de ficar perfeitamente bem, não acho que seja o indicado...

- Por favor mãe, é importante. Muito importante.

- Não posso mandar você sozinha.

- Petúnia pode ir comigo, só por um tempo, por favor. - Ela ficou me olhando e eu esperando.

- Terei que falar com seu pai.

Eu estava fazendo as malas quando mamãe entrou para me dizer que papai deixou e me entregou as passagens, pela primeira vez Petúnia parecia realmente contente comigo, não teria aula e viajaria. As vezes eu sentia vontade de matá-la.

Eu não dormi bem a noite, mas na hora de sair eu já havia arrastado Petúnia e meu pai para o carro, já que era um tempo até chegar ao aeroporto.

- Se acalme - mandou Petúnia enquanto eu mexia as mãos sentada no avião.

- Vou me acalmar quando estiver ao lado do James, alias você leva minhas malas para o hotel eu pegarei um taxi e irei direto para o hospital.

- Já pensou que ele não te avisou porque não queria você lá?

- Até nesses momentos você consegue ser venenosa Petúnia.

- Não era a intenção - falou, mas eu senti que era exatamente a intenção.

Me virei para o lado e passei o resto do vôo a ignorando propositalmente, assim que desci corri para pegar um taxi a deixando com a missão de pegar as malas e ir para o hotel.

Em menos de 20 minutos estava entrando no hospital, eu senti minha ansiedade crescer a medida que me dirigia a ala onde devia estar a mãe de James.

Ele me viu no mesmo instante que o olhei, seus olhos estavam vermelhos e ele parecia muito cansado, mas correu e me pegou num abraço.

- Eu senti tanto sua falta - e eu senti que era verdade, ele tinha sentido assim como eu.

- Eu também, muito.

- Eu só não podia te ligar, você saberia que havia algo errado e isso prejudicaria sua recuperação, mas nós ligávamos para o hospital para saber noticias sempre.

- Hey James, calma, eu entendo, agora entendo.

Me afastei o suficiente para olhar de perto o seu rosto e sorrir, pois eu o tinha perto de mim novamente.

- Notamos que sentiu nossa falta também - brincou Jaque e eu abracei todos eles. Nini tinha os olhos vermelhos e o nariz da mesma cor sendo obvio o quanto gostava da mãe do James.

- Baixinha - folgou Sirius só porque ele era um gigante e bagunçou meus cabelos.

- Como está sua mãe? - indaguei abraçando James pela cintura e o olhando nos olhos.

- É só uma questão de tempo agora, não há mais nada a fazer.

O apertei contra mim e vi que Remus acenava com a cabeça concordando que era só o que podíamos fazer no momento: ficar ao lado de James e apoia-lo.

- E seu pai?

- Está com ela o tempo todo, acredito que aproveitando o tempo. Ela não me quer lá, diz que não é algo que deva ver.

- Se esse é o desejo dela, deixa. Assim ela ficará mais calma.

- Ainda não acredito sabe? Foi tão rapido.

- Shiu - e me sentei ao lado dele afagando seus cabelos macios e querendo mais que tudo que ele não sofresse.

O enterro foi em Forks duas semanas depois, o pai de James estava em estado muito pior que ele, mas era com meu maroto que eu me preocupava.

James tentava se manter forte, mas eu sabia que estava dolorido de mais e queria muito fazer algo para ajudar.

Ficava ao lado dele e secava suas lagrimas, a sensação de insuficiência cresci dentro de mim, mas eu sabia que só o tempo poderia curá-lo que nada que eu dissesse restauraria as coisas, nada traria a mãe dele de volta, mas eu tentei e tentei.

N/A: Voltei com a fic minha galera linda! E ela está chegando ao final que pode ser malvado ou bondoso, como muitas pessoas reclamaram da Lily má eu matei a mãe do James hoho e ela voltou a ser boazinha. Afinal que é só má ou só boa?

Me falem o que querem ver no próximo capitulo até o fim da semana:

Sirius ou Remus, qual dos dois mais? Enfoque na vida amorosa de um.

Beijos.

Saudades!