O começo de tudo

Início narrado por Melissa Onigumo

oOoOoOoLágrimasoOoOoOo

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Lágrimas amargas por causa das maldades que eu fiz. Mas agora não adianta mais. Tudo o que eu fiz, está feito. Dói-me muito ver que minha imprudência vai me fazer dar "adeus" a uma das coisas mais preciosas da minha vida. Maldito Naraku!

Eu sou casada com Naraku Onigumo. Há gerações, a família dele sempre foi obstinada para conseguir produzir a tão lendária Shikon no Tama. Até então, ninguém havia conseguido tal proeza. Mas Naraku era capaz de tudo para conseguir a tal Jóia. E um dia, ele veio com a idéia...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Melissa, meu bem! Eu descobri!

-E qual foi a grande descoberta dessa vez Naraku? – perguntei sem ânimo.

-Finalmente, depois de anos tentando, descobri porque todos de minha família falharam na produção da Shikon!

Interessei-me um pouco mais:

-E o que nos impede de obter a tal Shikon no Tama? Diga logo!

-É simples: eles não tinham a pureza de coração necessária para se ter a petrificação do "bem".

-E nós temos agora?

-Eu acho que a sua pureza de coração deve bastar.

-Então o que estamos esperando pra tentar, hein? – eu disse com um olhar malicioso, correndo para o quarto em seguida. Naraku sorriu de canto. E simplesmente me seguiu.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Naquele dia, Naraku tinha descoberto: se juntássemos a energia youkai dele (não esqueçam que Naraku é um hanyou) com a "pureza" do meu coração, a energia maligna iria petrificar a pureza e esta se tornaria a Shikon no Tama. Mas as pesquisas de Naraku continuaram e mais algumas descobertas foram sendo feitas...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Naraku, o que exatamente você vai fazer quando nosso filho nascer com a Shikon?

-Bom Mel, de acordo com as pesquisas que eu fiz, a Shikon deveria ser protegida durante os primeiros cinco anos pela pessoa a qual foi responsável pela sua criação.

-Isso quer dizer que nosso bebê, um BEBÊ vai ter que cuidar da Shikon no Tama?

-Bom... Sim... Mas não se preocupemos, nós como pais dele vamos ajudá-lo, porém quem deve se responsabilizar por ela é nosso filho sim. A propósito, não é filho, mas sim filha.

-Ué? Outro dia você me disse que era um menino?!

-Sim, mas as pesquisas confirmaram que vai ser bem mais fácil para a criança cuidar da Shikon se for uma menina, uma sacerdotisa. Por isso, eu já estou modificando algumas coisas nos genes do embrião.

-C-Como assim "algumas coisas"? Não era só mudar o sexo do bebê?

-Não. A lenda da Shikon no Tama é bem clara quando fala que para cuidar dela era preciso uma pessoa determinada, forte, valente, destemida, corajosa, fria e inteligente. Então para garantir essas qualidades na nossa futura filha, eu resolvi dar uma "mexidinha" básica no DNA dela.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

E então aconteceu o que Naraku mais temia: algo saiu errado nessa "mexidinha básica"...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-NÃO! NÃO PODE SER! – Naraku me assustou com os berros.

-O que foi Naraku? Acalme-se, por favor!

Naraku fez o que eu pedi. Gritar agora não adiantaria nada.

-Calma Naraku... Isso... Respira... Pronto... Agora, me fala devagar: o que houve?

-O que eu mais temia Melissa: quando eu mexi nos genes de nossa menina, o embrião não agüentou tantas modificações e...

-Naraku, nossa filhinha morreu? – perguntei, já sentindo que ia desmaiar.

-Não Melissa, mas se dividiu... – explicou Naraku pensativo.

-M-Mas como assim se dividiu?

-Agora são duas meninas, não uma!

De agonia, passei pra uma grande emoção:

-Naraku, isso não é maravilhoso? Duas filhinhas! Quando eu era criança, meu sonho era ter gêmeas! São idênticas?

-Não, são fraternas, não-idênticas... Mas Melissa, você não vê a gravidade da situação?"

-A que tipo de gravidade você se refere?

-Agora que são dois bebês, eu não sei em qual delas fazer as modificações!

Meu sorriso desfaleceu.

-O que pretende fazer então?

-O mais sensato: vou continuar as mudanças no embrião que eu acho que é o mais velho, tem uma chance de 99,9% de ser o embrião mais velho.

-E por que tem de ser o mais velho?

-A lenda, Melissa! Tudo gira em torno da lenda! Ela diz que num caso de serem duas crianças, se não for a mais velha a nascer com a Shikon, esta se torna inutilizável!

Silêncio

-Naraku... –chamei.

-Sim?

-Você disse que tem uma chance de 99,9% de você mexer no embrião certo. E esses 00,1% que sobram?

-Hum... A gente explode. É como tirar um "A".

-Então tá. Eu nunca tirei um "A" antes mesmo... – brinquei para descontrair o momento. Mas sabia que era sério.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Então o tempo foi passando e Naraku continuou com as modificações nos nossos bebês. E foi no dia do nascimento das meninas que ele enlouqueceu de vez...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Era manhã e eu estava no quarto. Foi um parto normal, um pouco cansativo realmente, mas só imaginar a carinha das minhas filhas já me confortava. E eu ansiava ver seus pequenos rostos. A enfermeira vinha com meus bebês nos braços, lágrimas de felicidade saíam dos meus olhos.

-São duas meninas lindas, hoje à tardinha você já poderá sair do hospital e levá-las com você. Já tem idéias pros nomes?

-Sim, a mais velha irá se chamar Kikyou, e a mais nova, Kagome. - eu respondi levemente.

-Tudo bem então. Se precisar de mim, é só apertar esse botão vermelho do lado da cama. – disse ela e saiu.

E nessa noite, em casa, Naraku assim que chegou a casa já levou logo as meninas pro laboratório, para achar a tal Shikon. Mas não deixou que eu entrasse lá dentro com elas. Eu me preocupei um pouco, mas confiei nele.

Logo ouvi um grito da parte dele dentro do laboratório e nem dei ouvidos as suas recomendações de me manter afastada da sala científica.

Entrei.

-Naraku! Que houve homem?

-Maldição! MALDIÇÃO!

As crianças começaram a chorar.

-Pare já de gritar! Está assustando as meninas! Aja como uma pessoa sensata e me conte o que houve de tão ruim assim!

-MALDITA KAGOME! ESSA MALDITA QUE NÃO FOI PLANEJADA! A JÓIA ESTÁ COM ELA!

-Nossa...

-Isso é tudo que você tem a dizer?! Essa maldita acabou com os meus planos!

-Não fale assim dela! Ela é sua filha Naraku!

-Ah... Mais não vai ser por muito tempo...

-O que quer dizer com isso? – perguntei temerosa.

-Kikyou irá continuar conosco por ser a primogênita. Mas essa maldita Kagome, vou sacrificá-la!

Nesse momento eu não pensei duas vezes. Peguei Kagome e me tranquei com ela no quarto.

-Calma filhinha... Não vou deixar seu pai te machucar, não vou...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

E aqui estou. Parece que foi ontem que Naraku ameaçou a nossa pequena Kagome. Iie, não parece, foi ontem. ¬¬' E é por isso que eu estou aqui, com minha filha recém-nascida dentro de um cestinho, na porta da mansão mais rica dos EUA, a família Higurashi. Não poderei cuidar de minha filha, não se continuar na mesma casa que o Naraku. Então, acho que essa família de tão boas condições poderá cuidar de minha menina. Sei que essa tarefa não vai ser fácil, estou deixando uma carta de recomendações porque sei que dificuldades com certeza existirão. Eu só peço a Deus que eles não desistam de minha pequenina Kagome, e que ela um dia, possa me perdoar por abandoná-la.

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5 anos depois...

Narrado por Estela Higurashi

Parece que foi ontem que encontramos Kagome...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Querido, tá na hora de chamar o Souta para tomar banho e jantar. Não é bom que ele fique até tarde brincando na rua.

-Tudo bem. Vou até lá chamá-lo.

E lá fora...

-Souta! Sua mãe quer que você entre e... – Felipe Higurashi, meu marido e dono da mansão foi interrompido com um pequeno e fraco choro de nenê.

-O que é isso... Estela venha cá um momento!

-Já vou! – gritei da sala. E chegando à porta...

-O que foi Felipe? O que aconteceu pra você me gritar desse... – olhei a menina no colo de Felipe, ficando perplexa -... Jeito. Quem é essa garotinha?

-Não sei, estava dentro desse cestinho.

-Tem um papel dentro. Deve ser uma carta. Deixa-me ver...

Peguei o papel. Era mesmo uma carta. Como se fosse um pequeno manual de como cuidar da menina. A cada linha que liam em voz alta, eu e Felipe ficávamos mais surpresos.

A carta era mais ou menos assim:

"Quem estiver lendo essa carta, é porque provavelmente está em posse de minha pequena filha, Kagome. Não queria me desfazer de minha filha, mas... Foi necessário. Gostaria de lhe pedir, lhe implorar que cuide bem de minha menina, ela é apenas um bebê, não teve culpa das besteiras que eu fiz nessa vida. Se você aceitar cuidar dela, lhe digo que não vai ser fácil. Mantenha segredo, mas dentro da Kagome está a Shikon no Tama, e é dever dela proteger a Shikon. Para isso, Kagome tem poderes especiais que precisarão ser desenvolvidos e treinados. Por favor, Kagome só deve saber da Shikon e dos seus poderes quando completar 12 anos. É melhor assim, porque evitará que ela fique confusa.

Uma coisa muito importante: se um homem chamado NARAKU ONIGUMO ou um algum parente dele quiser chegar perto de Kagome, não permita nunca, jamais. Pois é por culpa dele, do próprio pai, que eu não poderei ver minha filha crescer e não poderei ser mãe dela. Naraku está atrás da menina por causa da Shikon no Tama.

Se você resolver cuidar de minha filha e contar a ela que você não é o pai ou mãe dela, diga também que... Apesar de não poder cuidar dela e vê-la crescer, eu a amo muito e sempre vou amar. E que eu sei que estou errada em abandoná-la, não tento justificar meus erros.

Eterna e sinceramente grata...

Melissa"

Chocados. Eram como eu e Felipe estávamos. Não sabíamos o que fazer. Um novo filho não estava nos nossos planos. Mas abandonar a garotinha estava fora de cogitação.

-E agora Felipe: o que fazemos?

-Olha Estela, assim que eu olhei para o cestinho e percebi que era uma criança, pensei logo em levar para um orfanato, mas olha pra ela, Estela... Não tenho coragem de fazer isso!

Olhei para a pequena. Seus olhos cor de chocolate brilhavam como que pedisse para ser amada.

-Certo, então. Souta agora tem uma nova irmãzinha.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Agora que estou a vendo treinando lá embaixo no quadra dos fundos, percebo que valeu a pena ficar com ela. Agora, com apenas cinco aninhos, já é perfeita no arco e flecha. Eu sei que era pra ela só saber de tudo aos 12 anos, mas... Uma das coisas que Kagome com certeza herdou da tal "Melissa" foi a curiosidade e a esperteza. Descobriu sozinha que era uma menina... Ah... "Especial"... Aos quatro anos! É impressionante!

Ela agora vem correndo na minha direção, tão lindinha. Pelo sorriso no rosto, já sei até o que ela vem pedir... Não sei como Izayoi, ou como Kagome costuma chamar, "Iza", minha amiga de infância, não reclama de tanto que Kagome vai lá.

-Mamãe! Posso ir pra casa da tia Iza agora? Já acabei de treinar!

-Pode sim filha. Vá! – digo lhe dando um beijo.

Tudo bem que ela não é minha filha de verdade. Mas ela precisa saber disso agora?

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4 anos depois...

Narrado por Izayoi Taisho

Observar Kagome tão triste, olhando pro horizonte, me dá um aperto no peito, uma vontade enorme de chorar. A conheço desde que chegou a família Higurashi. Estela vinha me exibir a filha com tanto orgulho... E realmente: Kagome era muito linda quando pequena. E continua linda agora, com nove anos. Espero que as tristezas da vida não abalem tanto a minha pequena Kagome. Como a notícia que ela recebeu há dois dias.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Kagome querida venha cá.

Kagome, suja de terra correu pra mim

-Que foi tia Iza?

-Tenho uma coisa muito importante pra lhe contar.

-Pode falar. É sobre o meu treinamento, né? Eu sei que no arco-e-flecha eu não estou indo muito bem, mas... –a interrompi.

-Não é isso Kagome. Preste atenção querida. Você sabe que o seu pai, Naraku, é mau e, desde que você tinha seis aninhos, ele tenta matar você e todo mundo que te ama, não sabe?!

-S-Sim... Eu sei... – Kagome respondeu temerosa.

-E eu vivo dizendo que as pessoas que morrem, vivem sempre no seu coração, não é?!

-S-Sim... Por quê?

-Kagome... – eu não sabia nem como dizer. - É sobre seus pais e seu irmão.

-Eles foram viajar pra resolver o problema da escola do Souta. Por falar nisso eles estão demorando pra voltar... Mas o que é que tem?

Eu já tinha lágrimas nos olhos.

-Kagome querida, eles não vão voltar.

-Como não Iza? Calma, não seja pessimista! Eles só estão atrasados na volta!

-Não Kagome! O carro de seu pai perdeu o freio e... A pista estava molhada e... Tinha um barranco e... Aconteceu filha.

A ficha finalmente caiu para a pequena criança.

-Não diz isso tia Iza... Não pode ser!

Eu a abracei.

-Sinto muito querida. Eu sinto muito. Eu sinto muito. Eu sinto muito. Eu sinto muito. Eu sinto muito...

-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOO!

Nessa hora, o impacto me jogou pra longe. Olhei e vi que Kagome levantou uma barreira em volta de si. Não me irritei porque uma vez, o professor dela me disse que em situações altamente emocionais como essas, ela poderia perder o controle dos poderes.

E resolvi que o melhor agora era deixá-la sozinha.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Desde então, ficou decidido que Kagome irá morar aqui em casa. Faz dois dias que ela está ali, no banco de bronze do quintal, olhando o horizonte. Não saiu para comer, para dormir, para conversar, para treinar, para ir à escola. Nada. Nada a tirava de lá. Eu estou muito, muito preocupada.

-Mãe, não se preocupe. Kagome vai ficar bem.

-Eu sei Sesshoumaru. Mas é que Kagome é como uma filha pra mim e me dói a ver sofrendo tanto.

-É que dói mesmo. Quando eu perdi a minha mãe, também foi assim. Mas passa com o tempo.

Uma lágrima rolou pelo meu rosto.

-Onde está Inu no Taishou?

-Meu pai está no telefone, falando com Inuyasha. Você não vai querer falar com ele também?

-Não. Depois eu ligo. Ele está bem?

-Sim, está tudo muito bem lá na Honekui no Ido de Tókio. Iza, você não sente saudades de Inuyasha?

-Sim, eu sinto. Mas sei que é melhor pra ele que estude lá. Aqui ele iria sofrer muitos preconceitos por ser filho da diretora.

-Eu que o diga! O pessoal do 2º ano não pára de me encher o saco. Mas... Não que eu esteja me preocupando... Você não acha que ele é pequeno demais pra ficar lá assim? Ele só tem 10 anos!

-Eu sei, mas ele está com Kaede. Confio nela.

-Ok. Eu já vou indo pra casa.

-Tudo bem. Sabe Sesshoumaru... Mesmo você não sendo meu filho de sangue, você é filho de Inu no Taishou, é como se fosse meu filho também. Você só tem 16 anos. E já saiu de casa. Seu pai e eu ficamos preocupados. Venha nos visitar mais vezes.

-Ok, eu venho sim. Mas você sabe que eu só posso vir no horário da manhã.

-Tudo bem, Kagome nunca nem lhe viu mesmo. Não vai se importar. Até logo, meu filho.

-Até logo... Mãe. E... Mãe?

-Fala filho.

-Quero grana. Preciso de um emprego.

Pensei um pouco. E decidi unir o útil ao agradável!

-Você precisa de um emprego, e Kagome precisa de um professor particular de defesa e ataque, coisas nas quais você é ótimo, filho!

-E o professor que ela tem agora?

-Fugiu.

-Como assim fugiu?

-Você sabe que os poderes de Kagome assustam às vezes...

-Então está insinuando que eu... – Sesshoumaru parou de súbito, percebendo a intenção de sua "mãe";

-Exatamente. Creio que seu pai irá lhe pagar bem se você treinar Kagome. Vai ser bom também porque ela vai poder te conhecer.

Sesshoumaru não tinha escolha. Precisava no dinheiro. Suspirou derrotado.

-Ok então. Fale com meu pai. Se ele concordar, eu venho.

-Não precisa falar com ele! Tenho certeza que ele vai concordar! Esteja aqui amanhã à tardinha. Não se esqueça, hein?

-Tá! E... Obrigado enfim pela grana.

-Não lhe dei grana. Dei-lhe um emprego.

-Emprego=Grana. Caso encerrado.

Dei uma risadinha.

-Tudo bem. Agora vá que está ficando tarde.

-Tchau. Boa noite mãe.

-Tchau. Boa noite filho.

Silêncio

A mansão está muito silenciosa desde que Kagome entrou em choque. Ela era a alegria da casa. Agora, ouvindo barulho de crianças da casa ao lado, me lembro dos novos vizinhos. Eles também têm uma filha chamada Sango. Espero que a vida ajude Kagome a se recuperar do trauma da morte dos pais adotivos. E... Não sei por que, mas... Quando olho pra essa menina... Sango... Parece-me que ela vai ajudar Kagome nessa tarefa.

E aí vem a Sango. Será que ela vai conseguir quebrar a camada de gelo que se formou no coração de Kagome? Vou dar só uma espiadinha...

-Oi! Eu sou a sua nova vizinha!

-...

-Meu nome é Sango! E o seu?

-...

Percebo que Sango está se irritando com o silêncio de Kagome. Espero que compreenda.

-Tudo bem, já me disseram que é Kagome, né? Você é bem conhecida nessa rua. É você que chamam que "A Pequena Feiticeira" não é?

-...

-Tá legal, eu não me importo de você ter poderes. Eu até acho bem legal!

-...

Sango tá se irritando...

-Aí! Eu sei que você tá triste porque seus pais e seu irmão morreram, mas não é assim não! A vida não pára! Eu não também não tenho pais! Moro só com o meu irmão e os meus avós! E nem por isso eu morri! Calma, você vai superar essa barra também! Confia em mim!

Não acredito que essa tal de Sango disse tudo isso pra Kagome. Ai meu Deus! É agora que a Kagome frita essa menina. Literalmente.

Kagome olhou nos olhos de Sango, e uma lágrima rolou pelo seu olho direito. Ela ainda estava dentro da barreira.

-Não fica assim não. Você vai superar K-chan, eu sei. Vem cá, me dá um abraço, dá! – Sango abriu os braços esperando a reação de Kagome.

E eu quase não acreditei quando Kagome explodiu em lágrimas e abraçou Sango fortemente.

Estava pra nascer uma nova amizade.

Hoje de manhã, por incrível que pareça, Kagome acordou bem disposta pra ir ao colégio. Já que ela aparentava estar bem, tentei puxar conversa.

-Kagome querida bom dia!

-Bom dia tia Iza!

-Vejo que a conversa com a nova vizinha lhe fez muito bem, não é mesmo?

-Sim. Descobri que agora que ela mudou de cidade, vai estudar na mesma turma que eu, lá na Honekui no Ido.

-Que bom! Leve-a na direção na hora do recreio, quero conhecê-la melhor.

-Pode deixar diretora Taisho!

Bom... Se Kagome estava tão bem a ponto de fazer uma gracinha assim, estava bem. Isso me despreocupou um bocado.

Muito que fazer! Meu Deus, quanto trabalho! Inu no Taishou e eu somos os fundadores da rede de internatos Honekui no Ido. E meu marido teve a brilhante idéia de me pôr como diretora da sede oficial mundial, aqui nos EUA. Estou ansiosa para a hora do intervalo dos alunos. Só espero que agora não se esqueça de trazer Sango aqui. Ei! Ali vêm elas.

-Oi tia Iza! Conforme o prometido, essa é a minha amiga Sango. E essa é a prima da Sango, Rin! Elas moram juntas! E esse é o...

-Meu nome é Miroku. Eu sou o namorado da Sangozinha.

POW!

-Você não é meu namorado, seu pervertido!

-Ai, Sango! Seu tapa dói!

-É... Vejo que já são bem amigos e...

Colocamos as novidades em dia...

2 anos depois...

Também narrado por Izayoi

Os sofrimentos não pararam para Kagome. Ontem, Sesshoumaru, meu "filho" foi embora para Tókio.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Minha princesa, agora que a sua aula de hoje acabou, tenho algo a falar com você.

-Estou ouvindo Sesshy.

-Pare de me chamar de "Sesshy".

-Tá bom Sesshy.

Sesshoumaru riu de canto.

-Ah, princesa, você não jeito mesmo...

-Ihhh... Quando você fica me chamando de princesa, é porque vai falar algo ruim... Fala logo! – disse ela num tom brincalhão

-Você sabe que Izayoi e meu pai são donos da Honekui no Ido, certo?

-Sim, Sesshy eu sei. – o tom brincalhão desapareceu.

-E... – "Meu Deus, como eu vou justificar isso a ela?" - ...E meu pai fez um trato comigo, K-chan...

-Q-Que trato? – perguntou Kagome temerosa.

-Meu pai disse que já que as aulas com você têm surtido um bom efeito, seria bom pra eu adquirir mais experiência dando aulas como estagiário lá na Honekui no Ido de Tókio.

-V-Você aceitou?

-S-Sim... – Sesshoumaru já gaguejava ao ver a tristeza da menina.

-CO-COMO OUSA FAZER ISSO COMIGO? – uma lágrima rolou pela face da garota.

-Calma Kagome... Você vai superar e...

-COMO ACHA QUE EU VOU SOBREVIVER SEM VOCÊ? SEM SEUS CONSELHOS? SEM SEU CONSOLO, SEM SEU OMBRO AMIGO? COMO TEM CORAGEM DE ME ABANDONAR? EU SÓ TENHO 11 ANOS! TODOS ME ABANDONAM! VOCÊ SABE QUE VOCÊ NÃO É SÓ MEU PROFESSOR! É MEU IRMÃO, É MEU CONFIDENTE, MEU CONSELHEIRO, VOCÊ É TUDO PRA MIM! – agora, Kagome já aflorara em lágrimas.

-Kagome...

-SAIA DAQUI! NUNCA MAIS QUERO TE VER!

E a menina correu pra longe.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Não sei por que, mesmo ela sendo forte às vezes olho pra Kagome e tenho a impressão que ela ainda vai sofrer muitos problemas...

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2 anos depois...

Narrado por Jakotsu

Parece que a vida não é fácil para a minha gatinha. Kagome parece estar destinada a sofrer dificuldades. Primeiro, foi ano retrasado. Logo depois da partida de Sesshoumaru, minha gatinha ainda com 11 anos se separou sem aviso prévio de suas "irmãs".

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Kagome abriu seu armário e de dentro dele caiu um pequeno papel cor-de-rosa.

"Kagome, eu e Rin precisamos falar com você. Hoje, no jardim dos fundos da escola. Beijos, Sango."

Kagome foi até lá pra receber uma das notícias mais tristes da vida dela.

-K-chan...

-Fala logo Sango. Você tá me deixando preocupada.

-Meu pai recebeu uma promoção de emprego.

-Bom pra vocês! Agora vão conseguir comprar aquele teclado de computador que você queria e... – Rin a interrompeu.

-Vamos morar em Tókio. Viajaremos esta noite.

-E o Miroku vai com a gente. A mãe dele é auxiliar da empresa do meu pai e também ganhou a oportunidade.

Kagome parou. Sua cabeça parou. Kagome desmaiou e só acordou na madrugada. E a única lembrança que tinha de suas "Miguxas-irmãzinhas" era uma marca do gloss brilhante de Sango da bochecha direita e uma marca do batom rosa claro de Rin na bochecha esquerda.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Isso foi ano retrasado. E eu só conheci a minha gatinha de 12 aninhos esse ano. Eu sei dessa estória porque ela me contou. Desde que eu a conheci, nos tornamos confidentes, amigos, irmãos. Eu sou o "Tudo" dela e ela é meu "Tudo". Como a conheci? Assim:

oOoOoOoOoOoOoOoOoOoFlash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Kagome?

-Já vai tia Iza!

Um tempo depois, Kagome saiu da cabine do provador.

-Não sei não Kagome, esse vestido não ficou bom também...

-A tia Iza tô cansada. Provamos vestidos o dia inteiro!

-Ué? Não foi você que disse que queria ficar linda para o Kouga? Ainda acho que aquele moleque não merece tanto.

-Tia Iza... Não fala assim dele. Mas que tá dando trabalho, tá sim. Eu nunca pensei que ficar bonita pra um namorado fosse tão difícil... Vamos!

-Vamos nada! Cansei de andar! Chega! Vou levar você no melhor estilista, maquiador, personal treiner, personal Stiller que você pode conhecer!

-É gay, não é?

-Sim, é sim, mas você vai amá-lo!

-E qual é o nome dele?

-Jakotsu.

-Nome grande demais. Posso chamá-lo de Jak?

-Claro! Não sei por que, mas tenho a sensação de que ele vai gostar muito de você.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Quando eu arrumei Kagome perfeitamente para o baile na semana passada, eu mal sabia que nesse baile, ela iria sofrer tanto...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Jakotsu, eu preciso te pedir um favor.

-Ai Iza, se acalma! Ficar nervosa não faz bem pra pele, sabia?

-Jakotsu! Isso é serio!

-Tá bom, minha deusa! O que você quer?

-Quero que tome conta da Kagome nesse baile. Não gosto desse tal de Kouga. E não quero que ele se aproveite da minha Kagome achando que ela vai estar sozinha.

-Pode deixar comigo, Iza.

Eu só olhando de longe. Eles estavam dançando no salão, e conversando. Até alguém esbarrar neles e virar completamente uma taça de refrigerante na camisa de Kouga. Aí sim, a coisa ficou preta. Tenho certeza que foi a partir desse dia que Kagome não quis mais saber de ajudar os outros. Eu por ser um youkai pude ouvir a conversa que foi mais ou menos assim.

-Desgraçado, eu vou socá-lo!

-Calma Kouga! Se irritar assim não vai adiantar nada. Deixa-me limpar isso pra você.

Kagome usou nele uma coisa que ela sempre usa em mim quando eu derrubo algo na minha roupa, sou muito desastrado. É tipo uma luzinha rosa que sái dos dedos indicador e médio da mão direita, quando ela os estica, aí limpa tudo. E bastou a pobrezinha fazer isso pra ajudar aquele idiota pra ele começar o show na frente do salão inteiro.

-O QUE É QUE VOCÊ FEZ NA MINHA ROUPA SUA MALUCA?

-Calma Kouga eu só...

-SÁI DE PERTO DE MIM! É POR ISSO QUE TE CHAMAVAM DE "FEITICEIRA"! DEVE SER VERDADE TAMBÉM QUANDO DIZEM QUE VOCÊ É UMA LARGADA DE FAMÍLIA, SEM MÃE, SEM PAI, SEM NADA! E AINDA POR CIMA É FEITICEIRA! SÁI DE PERTO DE MIM, SUA... SUA... ABERRAÇÃO!

E saiu correndo, deixando Kagome sozinha.

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Infelizmente, parece que essa estória com o Kouga foi a gota d'água pra Kagome-chan. Desde então, ela mudou completamente. Também, não é pra menos: perdeu os pais com 9 anos, aos 11, Sesshoumaru, seu professor e grande mestre de vida foi embora pra Tókio, também com 11, seus três melhores amigos foram embora, também para Tókio, e aos 12 é abandonada e humilhada em público por Kouga, seu namorado...

A vida dela é realmente muito triste.

Faz uma semana que ela está no quarto. Quando ela chegou do baile foi terrível...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Estávamos no quarto Kagome, eu e Izayoi.

-Minha gatinha, eu estava lá, não precisa me explicar nada, vem cá, deixa eu te dar um abraço vem...

Ela veio sem pestanejar.

-Jak, como ele teve coragem de fazer isso comigo? Por quê?

-Kagome – começou Iza – nem sempre as pessoas nos dão o devido valor querida.

-Eu quero ficar sozinha gente. Obrigada pela preocupação.

-Tá ok, K-chan. Nós já vamos. Se precisar de algo, nos chame, está bem?

-Tá Iza.

Saímos. Mas eu a ouvi sussurrar baixinho para sim mesma:

-Nunca mais vou poder confiar e amar ninguém novamente...

Lágrimas

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Desde desta noite, Kagome não saiu mais do quarto. Como tem banheiro no quarto de Kagome, ela literalmente não saiu do quarto. Pelo menos não na presença de alguém. Ela come na madrugada, reparei nisso quando acordei uma manhã e vi as louças na pia. Eu tenho ficado aqui na casa da Iza para caso ela precise. Sinto saudade de quando minha gatinha saía do quarto, era tão alegre e...

-Bom dia Jak. – disse Kagome friamente.

-Bom dia minha gatinha! Que bom que resolveu sair do quarto. A propósito: Feliz Aniversário!

Pois é. No terceiro dia em que Kagome estava sozinha no quarto, ela completou 13 anos. Mas não quis receber visitas.

-Obrigada Jak. – respondeu mais fria que na resposta anterior, passando manteiga num pão.

-K-chan! O que eu fiz pra você? Só quero seu bem! Não é justo que fique assim comigo!

Nesse momento, abri os braços. E como eu esperava, ela veio e se aninhou no meu abraço. Depois que fui soltando-a levemente, é que reparei na sua roupa.

Oh My God!

Ela estava com os cabelos soltos e úmidos, caindo sobre os ombros. Lápis preto e bem forte nos olhos, junto com rímel preto e sombra cor de chumbo. Gloss transparente nos lábios. Estava com um casaco de gola alta, inteiramente negro, uma calça larga jeans também preta. E um All Star preto com branco nos pés. Mesmo estando tão... Tão... "Assim", ela pelo menos tem em mente o que eu lhe ensinei sobre escolhas e combinações de roupas. Mas o estilo é que... Aquela não parecia a minha doce e meiga Kagome. Eu TINHA que dar um "piti":

-Kagome Higurashi, o que aconteceu com as suas roupas?

-Nada, Jak. Simplesmente, tem a ver com a minha decisão.

-Q-Que decisão foi essa? – perguntei meio temeroso.

-Se lembra que eu disse: "Nunca mais VOU PODER confiar e amar ninguém novamente."?

-S-Sim. E...

-Agora é: "Nunca mais VOU confiar e amar ninguém novamente. Eu juro."

-Não faça isso K-chan...

Ela me interrompeu:

-Não Jak! Chega! Cansei de bancar a boba enganada! Ninguém merece a minha confiança! Ninguém! A partir de agora serei diferente! Confiança? Só em quem merece! Apenas você, a tia Iza, o tio Taishou, as meninas, e o Miroku.

-E-E o Sesshoumaru, K-chan? Você não o perdoou ainda?

-O... S-Sesshy?

-Sim... – falei doce. – Vejo que já o desculpou.

-Sim... Como poderia culpá-lo? Todos mudam para se tornar algo melhor. Ele só fez o que qualquer pessoa faria.

-Vejo que você ainda é racional, minha gatinha.

-Pára de me chamar assim, seu bajulador!

-Não é bajulador! É fato, você é e sempre será a Minha Gatinha! E eu nunca vou te abandonar!

Ela apenas deu um leve tapa no meu braço e se sentou a mesa, tomou café comigo, numa conversa, animada como sempre.

Acho que consegui resgatar a verdadeira Kagome. Pelo menos um pouco.

-Que bom que saiu do quarto, querida! Feliz aniversário!

-Obrigada tia Iza!

-Vai pra escola hoje?

-Sim!

E a vida continua...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

2 anos depois...

Ainda narrado por Jakotsu

Dois anos se passaram desde então. Kagome cumpriu o que disse: nunca mais confiou em ninguém. E usou todos os seus poderes para afastar as pessoas. Eu a avisava...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

-Kagome! Se você usar os seus poderes assim... Abertamente... Vai é aproximar as pessoas, que vão ficar fascinadas com você!

-Que nada! Eu vou é assustá-las! Isso sim!

-Kagome! Como uma menina linda, inteligente, poderosa, que ainda por cima dança, canta e interpreta como ninguém vai conseguir assustar pretendentes? Hein?

-Você vai ver! Eu vou conseguir afastar esse bando de interesseiros de mim!

-Quero só ver...

oOoOoOoOoOoOoOoOoOo Fim do Flash Back oOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Dito e feito! Em pouco tempo, Kagome se tornou a garota mais invejada pelas paty's, cobiçada pelos rapazes, conhecida e poderosa do colégio inteiro! Impressionante!

E ela estava muito be...

Peraê. Meu celular tá tocando.

-Alô. Iza?

-Sim Jak, sou eu. Você foi buscar Kagome na HI (Honekui no Ido)?

-Sim, estou aqui na porta do colégio esperando ela. Por quê?

-Quando ela chegar peça para ela subir até aqui na diretoria na escola pra eu conversar com ela, ok?

-Pode deixar Iza. Falo sim. Beijokas. Tchau tchau.

Hum... Só pelo jeito é babado forte! E eu não perco por nada. Diretoria, aí vamos nós!

-Kagome querida, preciso falar com você.

-Ihhh... A última vez que eu ouvi isso não prestou... Fala logo tia Iza, tá me preocupando.

-Kagome, não sei se você sabe, mas... Inu no Taishou tem uma filial da Honekui no Ido em Tókio.

-Ai tia, não me fala nesse lugar! Você sabe que eu odeio Tókio!

-Como odeia se nunca foi lá, meu doce? – Izayoi perguntou docemente. Eu observava tudo, quieto.

-TODOS QUE ME ABANDONARAM FORAM PRA LÁ: SANGO, MIROKU, RIN, SESSHY... E AGORA: VOCÊ TAMBÉM VAI PRA LÁ?! – esbravejou Kagome, abrindo os braços.

-Na verdade querida...

Kagome abaixou os braços.

-O que... O que quer dizer com "Na verdade querida..."?

-Isso mesmo que você está pensando Kagome...

-NÃO ACREDITO QUE VOCÊ VAI FAZER COMO TODOS OS OUTROS!

-Calma Kagome deixa eu...

-VOCÊ É IGUAL A ELES!

-Kagome, por favor...

-POR QUE TODOS ME ABANDONAM? POR QUÊ? POR Q...

-CHEGAAAAAAAA! – nunca pensei que um dia veria Izayoi Taisho gritar dessa maneira. Kagome parou no mesmo instante com o piti.

-Desculpe pelo grito K-chan, mas você estava fora de si. Abandonar você está fora de questão! Eu NUNCA irei abandoná-la! Nunca! Você é mais do que uma filha pra mim!

-Mesmo...?

-É claro!

-E então...

-Bom Kagome – Izayoi pigarreou – Inu no Taishou deixou claro que era muito necessário que eu fosse. A HI de Tókio está um inferno! De acordo com ele, não sei se é bajulação, eu sou a única pessoa que é capaz de pôr um fim na bagunça.

Kagome já tinha lágrimas nos olhos. E, no mesmo tom, nas mesmas circunstâncias, fez a mesma pergunta que fez a Sesshoumaru quando este foi embora:

-V-Você aceitou?

-Sim Kagome...

Mais lágrimas.

-Não chore minha flor!

-COMO NÃO QUER QUE EU CHORE?!

-Eu aceitei, mas deixei claro a Inu no Taishou que eu só iria com uma condição. E se não fosse assim, eu não iria de qualquer jeito!

-E... E que condição foi essa?

-Eu só irei para Tókio se você estiver, em sentido emocional, bem o suficiente para ir comigo. Eu não saberia viver bem sem a minha flor, não é? E então o que me diz?

Kagome limpou as lágrimas.

-Mas e o Jak? Eu prometi que não o abandonaria nunca! E ele também prometeu isso a mim!

Entrei na conversa.

-Kagome querida, você e a Iza eram as únicas coisas que me prendiam aqui nos EUA, já que Bankotsu meu irmão, está na HI de Tókio. Então, irei para a Coréia, pra casa de uns parentes.

-I-Isso quer dizer que nunca mais vou te ver? – Kagome se desesperou.

-Calma, a Coréia é do ladinho do Japão. E nunca é tempo demais minha gatinha. Vá com Izayoi. Creio que você já é forte o bastante para enfrentar os fantasmas do passado.

Kagome inspirou fundo, e quando eu pensei que sairia um não...

-Vamos para Tókio Iza... – disse ela num lindo sorriso que só Kagome Higurashi saberia dar.

-Kagome, querida. Tudo pronto?

-Sim, tia Iza.

-Tchau minha gatinha. Muita sorte com os bofes de Tókio, tá?

-Jak, você sabe que desde aquele incidente com Kouga, eu não me relaciono com ninguém novo. Nem no amor, e nem na amizade.

-Eu sei... Eu sei... Mas tudo bem, você entendeu o que eu quis dizer, não é?

-Sim...

Kagome começou a chorar. Pela sexta vez essa madrugada.

-Minha gatinha, não chore. Eu já não lhe disse que chorar desse jeito desidrata a pele e dá rugas?!

Ela deu uma risadinha.

-Sim, sim! – disse, limpando as lágrimas. – Ok então.

-Que horas vocês devem chegar lá?

-Bom... – Kagome consultou o relógio. – Agora é cinco pra meia-noite. Devemos chegar lá umas... Meio dia.

-Ok então. Adeus minha gatinha. Foi uma honra encontrá-la na longa estrada da vida. Espero que o destino que um dia nos uniu, e agora nos separa, nos una mais uma vez algum dia.

-Assim espero Jak. Assim espero.

E embarcou. Se ela acha mesmo que a vida é capaz de me deter e fazer com que eu nunca mais a veja, ela está muito enganada. Eu vou voltar um dia. Nada detêm Jakotsu. Ela que me aguarde. XD

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Koban wa minna! Minha 1ª idéia maluca e macabra (lê-se 1ª fic ^^) entaum dêem um desconto! :D Se vocês gostaram, comentem! Se não gostaram, comentem também, falando o pq.. ^^

Esse foi mais um prólogo, uma explicação pra vcs entenderem melhor a estória daqui pra frente.. :D

Eu devo postar essa (e as outras futuras fics) geralmente dia sim dia não..

Kissus no kokoro! :*