E finalmente... último capítulo!
Sim amiga, decidi acabar logo com a fic. Eu ia fazer dois postes separados, mas não acho que eu vá conseguir postar antes, logo ai esta o final, espero que gostem XD.
Bom... espero que curtam o final e esperem a próxima atualização, em breve estarei aqui com uma nova história (que eu ainda não sei qual XD)
Beijos e boa leitura!
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Inuyasha e sua turma não me pertencem, são de Rumiko Takahashi
Essa história também não me pertence, é de Pedro Bandeira
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III — Paixão que ressuscita
17 — Eu sei que ele me ama...
Kagome estava muito fraca por fora, mas tinha a primavera por dentro, como todos os seus pássaros e borboletas azuis. A batalha dos médicos tinha sido terrível. Inconsciente, ela não percebera aquela batalha. Ela só vivera aquela batalha. E, por fim, sobrevivera a ela.
Sobrevivera como se tivesse acabado de nascer, com o humor e a alegria de alguém que, a custo, foi arrancado da morte. De alguém que, à frente, só vê felicidade sem barreiras. O pai veio e, dessa vez, trouxe Helena (Ou seria Lúcia? Ou Cristina?). A mãe, agora que Kagome estava fora de perigo, tinha deixado o hospital para buscar algumas roupas, sempre com a certeza de que a filha passara por tudo aquilo só para agravar-lhe a enxaqueca.
Mesmo fraca e debilitada, em seu primeiro dia de plena consciência, Kagome portou-se mais como visita do que como doente, sorrindo sempre, brincando com voz alegre e transmitindo ânimo a quem se aproximasse de sua cama.
Duas batidinhas e entrou uma atendente, trazendo mais uma dose anônima de comprimidos.
— Bom dia, querida. Que bom ver a sua carinha animada desse jeito!
— Bom dia! Isso não é animação, isso é vida! Viver é lindo. Amar é lindo. Ser amada é mais lindo ainda!
— Nossa! Como está a nossa ressuscitadinha! Se todos os nossos doentes fossem como você, este hospital seria uma festa...
— Então vamos fazer uma festa. Precisamos animar este hospital!
— Você precisa é descansar sossegadinha para sair logo daqui. Todas as festas estão esperando por você lá fora.
— Eu dei muito trabalho, é?
— Se deu! Quando você chegou aqui. disseram que era envenenamento por cianureto. Naturalmente, isso não era possível, porque o cianureto mata em poucos segundos. Tinha sido um calmante, não é? Mas os médicos demoraram a descobrir o que era.
— Puxa, eu só tomei dois comprimidos!
— É, você teve uma forte reação. Às vezes acontece. Eu nunca confio nesses remédios. Eu trabalho aqui mas, quando estou nervosa, só tomo chá de erva-cidreira.
— Vou me lembrar disso, da próxima vez... — sorriu Kagome.
— O problema mesmo foi aquela professora louca. Ela injetou o mesmo calmante em você. Só que uma dose capaz de matar um cavalo! Se não fosse aquele rapaz...
— Kouga...
— É esse o nome dele? Você tem sorte de ser tão amada por um garoto como ele. Ele arrebentou um frasco de sangue na cabeça da tal professora Kikyou, bem a tempo de...
Era a última recordação de Kagome: o sangue esguichando na cabeça da vice-diretora, escorrendo por todos os lados, empapando sua camisola.
— Deu até na televisão! Agora, aquela mulher maluca está toda costurada, lá na enfermaria da prisão. Se não fosse o seu garoto...
— Kouga... ele me salvou a vida!
— Duas vezes! Foi ele quem encontrou você em casa, caída no sofá, e chamou a ambulância. Depois, ficou o tempo todo por aqui, pressionando os médicos, perguntando por você a toda hora, chorando...
— Chorando!
— Só arredou pé do hospital quando soube que você estava fora de perigo. Acho que foi em casa se arrumar para que você o veja bem bonitinho...
— Kouga! Chorando por mim...
A atendente ajeitou os travesseiros atrás de Kagome e preparou-se para sair.
— Você é uma garota de sorte, mas vai ter um probleminha para resolver.
— Um probleminha? Qual?
— Há outro garoto, não é? Apareceu aqui várias vezes, também desesperado, dizendo a todo mundo que ama você, que não pode viver sem você...
Uma sombra passou pelos olhos de Kagome.
— Esse é Inuyasha. Um rapaz maravilhoso. O melhor amigo que uma garota como eu poderia ter. Ah, se não fosse Kouga...
— Então você já escolheu, é? Um dos dois vai sofrer.
A alegria da sobrevivente diminuiu um pouco. Por nada deste mundo ela gostaria que Inuyasha sofresse. Mas ela estava amarrada para sempre pelo beijo apaixonado no jardim, pelo beijo da vida no sofá, pelo roçar da correntinha...
— Ah, Inuyasha, você vai ter de me compreender...
— Ah, Inuyasha, que rosas lindas! Obrigada, você é mesmo um amor!
o0o0o0o0o
Kagome teria preferido que a primeira visita não fosse de Inuyasha. Mas agora o rapaz estava ali, cheio de rosas e esperança, e ela iria fazê-lo sofrer. Ayame também sofreria, mas o que fazer?
"É melhor um fim trágico do que uma tragédia sem fim", pensou ela pela segunda vez..
— Senhorita Ilusão... a professora Kikyou enganou a todos nós, não foi?
— Quase que eu pago com a vida por esse engano... E o próximo seria você. Ela sabia que eu tinha falado das minhas suspeitas com você.
— Ela não pararia mais. Pobre mulher louca! A polícia já conseguiu levantar todos os dados para encerrar o caso. Falei com o investigador. Kikyou era uma mulher brilhante, mas a loucura estava tomando conta dela. Foi por isso que dona Kaede morreu. As duas eram grandes amigas, e a diretora estava percebendo os sinais de desequilíbrio mental que a professora Kikyou começava a apresentar. Primeiro, para protegê-la, encostou-a no cargo de vice-diretora, sem nenhuma função prática. Por fim, parece que ela estava cuidando da internação da amiga em
uma clínica psiquiátrica. Foi aí que os delírios de perseguição da professora Kikyou transformaram a amizade por dona Kaede em ódio...
— Que horror, Inuyasha!
— O estranho é que ela não perdeu a genialidade, apesar da loucura. Muita coisa ela falou à polícia, depois de presa. Ela imaginou que precisava de um cúmplice, se bem que poderia ter feito sozinha tudo o que fez. Naraku só serviu para caçar você e eu no pátio, de modo que nossa presença inocente na hora da descoberta do cadáver fosse uma garantia de que dona Kaede morrera sozinha e fechada na diretoria. E para abrir a porta com a chave mestra, é claro. Por coincidência, a professora Rin apareceu também e Kikyou conseguiu uma testemunha a mais.
— Pobre Rin! E eu que cheguei a pensar.
— Mas deixe eu lhe contar o que fez Kikyou para envolver Naraku. Ele estava com
problemas de dinheiro e ela o convenceu a roubar certa quantia da gaveta de dona Kaede. Depois, disse ao coitado que a diretora descobrira o roubo e que a única forma de livrá-lo da prisão seria matando-a. Só que dona Kaede jamais descobriria esse roubo, porque o roubo praticamente não aconteceu: a própria Kikyou tinha posto o dinheiro na gaveta para Naraku roubar. O dinheiro era dela mesma!
— Genial! Com isso, Naraku ficou nas mãos dela como um fantoche!
— Só que ele se apavorou quando ouviu nossa conversa na pracinha e resolveu ameaçar você. Aí, Kikyou ficou com medo que ele fosse preso e acabasse falando demais e o envenenou. Foi encontrado morto no quartinho onde morava, Com um papel de bombom ao lado...
— Coitado! Ele me assustava tanto, mas era apenas uma pobre vítima, como dona
Kaede...
— Ou como você. Até o investigador ficou espantado com a ousadia da professora Kikyou. Ela o procurou e o convenceu a irem juntos à sua casa, pois devia haver alguma coisa que você sabia e não dissera no interrogatório. Uma idéia brilhante: quando você aparecesse morta, quem iria desconfiar que o veneno estava em um bombom oferecido a você na frente de um policial?
— Eu não esperava aqueles dois. Eu esperava que Rin chegasse...
— A professora Rin chegou um pouco depois, quase junto com a ambulância que foi buscar você.
— Eu nem desconfiei quando Kikyou deixou o bombom sobre a mesa. Ela comeu todos os outros do saquinho... Quem havia de desconfiar que justo aquele último estivesse envenenado?
— Kikyou foi mesmo brilhante, Kagome. O plano para matar dona Kaede era perfeito. Ela usou o regime da nossa pobre diretora. Que pessoa obesa não comeria às escondidas um bombonzinho deixado sobre a mesa? Depois que nós descobrimos o corpo, ela ficou fazendo aquele papel de histérica até entrar sozinha na diretoria, pegar o papel de bombom e deixar o envelope com veneno ao lado do corpo, depois de pressionar os dedos de dona Kaede contra o envelope para marcar as impressões digitais. Sua única falha foi deixar o frasco do laboratório
limpo de impressões, mas este era um risco a enfrentar, pois não seria possível trazer o frasco até à diretoria, pressionar os dedos da diretora contra ele e depois colocá-lo de volta no laboratório.
— Isso tudo eu descobri, Inuyasha. Um pouco tarde, mas acabei descobrindo. No começo, pensei que a culpada fosse Rin, por causa das teorias dela sobre educação por indução subliminar. Mas depois eu percebi que Rin poderia ter apanhado o papel de bombom e deixado cair o envelope com veneno, mas não teria a oportunidade de pressionar os dedos da diretora contra o envelope, na minha frente. A única que ficou a sós com a morta e teve essa oportunidade foi a professora Kikyou. Eu pensei nisso tudo enquanto estava desmaiando naquele sofá. Tentei desesperadamente falar, contar tudo, mas a voz não saía!
— Como não saía? Você falou pelos cotovelos. Não calou a boca um só minuto. Você deu todos, os detalhes necessários à compreensão exata do crime. O investigador ficou admiradíssimo com a sua capacidade de dedução. Disse que você é um gênio. Graças a você, a polícia já estava atrás da professora Kikyou antes que a ambulância chegasse ao hospital. Você falou do bombom, do regime, de tudo! Eu ouvi tudinho!
— Como? Você também estava lá?
— É claro que eu estava, meu amor. Recebi seu recado na livraria e fui correndo para a sua casa. Aliás, a professora Rin também estava ao seu lado enquanto você a acusava de assassina...
— Ai, que besteira que eu fiz!
— Ela estava cuidando de você. O policial que guardava a sua casa quase chegou a prendê-la. Mas aí você virou o jogo e começou a acusar Kikyou.
— Mas Kouga...
— Kouga? — cortou Inuyasha com um tom de voz bem mais seco. — Sim, ele também estava lá.
Levantou-se e ficou olhando pela janela do quarto, que dava para o jardim do hospital. Kagome decidiu aproveitar a deixa e dizer o que tinha de ser dito, do modo mais rápido possível.
— Sabe, Inuyasha? Você é um grande amigo e eu quero que você saiba de uma coisa maravilhosa...
— Não sei se quero saber dessa coisa maravilhosa, Kagome...
— Eu quero que você saiba, Inuyasha. Eu estou apaixonada por Kouga e agora eu sei que ele me ama...
— Eu sou a pessoa menos indicada para você dizer que ama outro, Kagome. Porque você sabe que eu te amo...
— Oh, Inuyasha, compreenda... - O rapaz ainda olhava para fora.
— Eu sei, Kagome. Você falou o nome dele o tempo todo, durante o seu delírio. Em sua casa e aqui, no hospital. Mas, se você quer dizer que ama Kouga, diga a ele mesmo. Ele vem aí, acabou de atravessar o jardim.
— Inuyasha, eu...
— Não se preocupe comigo, minha querida. Acho que chegou a hora de eu parar de insistir. Fique boa logo e seja muito feliz, meu amor...
Caminhou até à porta e voltou-se para Kagome, sorrindo, como se as palavras da menina não o tivessem ferido como punhais.
— Uma última pergunta, Kagome: por que você não comeu o bombom que a professora Kikyou deixou sobre a mesinha?
— Bombons engordam, Inuyasha. E eu estou de regime!
— Quer dizer... quer dizer que você não queria morrer?
— É claro que não! Pensa que eu sou idiota?
18 — Isso ninguém vai me tirar!
Ali, à sua frente, estava o garoto da sua vida. O garoto lindo como um deus, o garoto que ela havia ajudado a conquistar para a sua melhor amiga. O garoto por quem ela sofrerá mais do que imaginava poder agüentar. O garoto por quem derramara mais lágrimas do que pensava ser capaz de produzir.
Todo o sofrimento acabara, finalmente. Agora ele estava ali, amando-a como ela o havia amado em segredo, durante tanto tempo.
Havia, porém, alguma coisa que parecia não se% encaixar perfeitamente. Se Kagome fechasse os olhos e deixasse vir à mente as recordações daquele beijo no jardim, quando se sentiu mulher pela primeira vez, e daquele beijo no sofá, quando sentiu quase morrer de amor, a paixão explodia dentro dela, como ela mesma havia escrito: um, dois, três, sangue! E, dentro do peito, seu coraçãozinho disparava como a corrida de um coelho em busca da cenoura. De olhos abertos, o sonho não parecia o mesmo. Kouga estava ali, lindo — ah, como ele era lindo! — amando-a, querendo-a... O que mais ela poderia desejar? Kouga ajoelhou-se no chão, ao lado da cama, e tomou a mão de Kagome.
— Meu amor, minha prima querida! Você sobreviveu para mim!
— Kouga!
Por que ela se sentia assim? Por que não conseguia esquecer a expressão de derrota no rosto de Inuyasha? Remorso, talvez. Ela jamais teria querido magoar aquele amigo. Mas o que fazer?
— Ah, Kagome, eu sempre te amei e não sabia disso... Eu te amo e quase te perdi. Mas agora tudo vai ser diferente, não é, meu amor? Agora, só teremos felicidade pela frente...
— Felicidade sim, Kouga...
— Eu não sei dizer as coisas certas, minha querida. Eu nunca soube. Mas eu sinto como qualquer outra pessoa. E você... você consegue dizer tudo direitinho como eu sinto! Eu fui um tolo. Nas cartas que você escreveu para Ayame estava eu, inteirinho lá. Nas cartas que você escreveu para mim, estava você, inteirinha, me amando... E eu não via!
— Kouga, eu...
— Você vai ter de perdoar minha cegueira, minhas tolices... Eu nem sei como dizer agora quanto eu te amo. Acho que só digo o que sinto realmente quando você me dita as palavras... Quando eu digo o que você escreve, é como se eu dissesse realmente o que sinto!
Kagome olhou aquele rapaz bonito bem nos olhos. E sorriu.
— Você quer que eu lhe dite, neste momento, uma declaração de amor para mim mesma?
— Como, Kagome?
— Hum... deixe ver... poderia ser uma declaração arrebatada, como: meu amor por você, Kagome, é capaz de arrancar a lua de sua órbita! Ou submissa: eu me entrego a você — sou escravo do seu amor...
— Ora, Kagome...
— Pode também ser possessiva: com meus lábios, farei uma jaula de beijos para te
aprisionar! Ou pode ser uma declaração ecológica: meu amor é um lago — venha banhar-se nele!
— Kagome, você está brincando comigo?
— Pode ser exagerada: beberei o mar, se você for o sal! Ou pretensiosa: minha paixão destrói a dor, constrói a esperança!
— Chega, Kagome!
— Chega sim, Kouga. Chega de sofrer. Você pertence a Ayame. Amaram-se quando se viram e depois se deixaram perder em minhas mãos. Vocês dois viraram meus personagens. Chegou a hora de vocês se libertarem de mim e eu me libertar de vocês. Por acaso você deve se apaixonar pelo compositor se a música dele o ajuda a conquistar a namorada? Ou pelo pôr-do-sol, quando as cores criam o clima certo para que ela diga sim?
— Kagome, você não compreende...
— É verdade, Kouga, eu custei a compreender. Compreender que eu sou uma artista. Uma artista que criou os dois lados de uma paixão que só existia na minha cabeça. Mas o amor de você e Ayame é real. Vocês se amam, apesar e não por causa das minhas palavras. Se não sabem se amar sem elas, amem-se calados!
— O que você está dizendo, Kagome?
— Ou façam como todo mundo e busque inspiração em qualquer poeta, em qualquer músico, em qualquer pôr-do-sol, em qualquer lua. De preferência, procurem um poeta que não tenha sido beijado por você em nenhum jardim e de quem você não tenha salvo a vida em nenhum sofá!
— Mas eu não...
— Deixe-me, Kouga. Vá procurar Ayame. Eu sei que há uma grande verdade no meu amor por você. Uma verdade que não fui eu que escrevi. Uma verdade que foi escrita sem palavras, com um beijo, em um jardim de sonhos. Sei que jamais esquecerei aquele beijo, mas tenho de tentar. Devo minha vida a você. Duas vezes. Devo minha paixão a você. Para sempre. Mas eu não agüento mais. Tenho de esquecer o beijo. Tenho de esquecer você. Ou passar a vida tentando.
Kouga não entendia nada. Levantou-se num repente e segurou a menina pelos ombros.
— Esqueça tudo isso, Kagome. Esqueça as cartas, esqueça tudo! O que importa é que nós dois nos amamos... Vamos começar tudo de novo, meu amor...
Debruçou-se sobre ela, com os lábios ávidos por beijá-la. Kagome desviou o rosto e, com as mãos, tentou afastar o rapaz.
— Não, Kouga, por favor... eu não quero mais sofrer.
As mãos de Kagome espalmaram-se no peito de Kouga. A camisa afastou-se, revelando o peito nu.
— Kouga! A correntinha! Onde está a correntinha?
— Que correntinha, meu amor? Eu não uso correntinha...
Kagome livrou-se do abraço e, a custo, levantou-se da cama.
— Você... você não usa correntinha!
— Por que deveria usar? De que está falando, Kagome? Eu não entendo...
— Pois agora eu entendo!
Com o corpo mal coberto pela minúscula camisola do hospital, tonta pelos restos do veneno que ainda circulava em suas veias, Kagome estava com o rosto em fogo.
— Eu vi tudo errado! Eu criei a fábula falsa! O beijo no jardim, não era você!
— No jardim? Que jardim?
— O beijo no sofá, não era você! O frasco de sangue, arrebentando-se neste quarto e me salvando da morte, não era você! A correntinha, não era você!
— Kagome, você enlouqueceu?
Como louca, Kagome ria. Às gargalhadas, cambaleando.
— Como eu fui cega! Só enxerguei a fábula que eu mesma estava criando! Eu não preciso esquecer aquele beijo, Kouga. Eu disse que ninguém haveria de me tirar aquele beijo, e isso ninguém vai me tirar. Ele é meu!
Cambaleou tonta até à janela. Uma chuva miúda enregelava o jardim do hospital. E ela enxergou quem queria enxergar.
— Me espere, meu amor...
Arrastou-se como bêbada para a porta do quarto.
— Não, Kagome,! Você está muito fraca. Não pode sair da cama!
— Volte para Ayame, Kouga. Ela o ama. Você a ama. Agora eu tenho de consertar todos os enganos que eu mesma criei. Tenho de encontrar a pessoa que me amou como eu sou, sem fábulas, sem versos, sem cartas, com todos os meus problemas e as minhas loucuras. Adeus, primo querido. Volte para Ayame!
Enfraquecida, seminua, abriu a porta e correu pelos corredores do hospital. Suas pernas mal obedeciam e o frio do pavimento penetrava-lhe as solas dos pés.
— Meu amor, espere por mim!
Livrou-se de um atendente que tentou detê-la e chegou vermelha, ardendo em febre, à porta do hospital.
No meio do jardim, um rapaz levantou o olhar para ela.
— Kagome!
— Inuyasha!
Tropeçando, escorregando, Kagome correu pelas alamedas molhadas do jardim em direção aos braços que a aguardavam.
A chuva colava sua camisolinha ao corpo quando Inuyasha a abraçou.
— Inuyasha, meu querido! Eu preciso dizer...
— Quietinha, meu amor! Você já falou demais...
E os lábios de Inuyasha procuraram a boquinha trêmula de Kagome, calando, com um beijo apaixonado, tudo aquilo que não mais precisava ser dito...
A chuva apertou, encharcando os dois, como se quisesse dissolvê-los em um só corpo, num abraço eterno...
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Resposta as Reviews:
Gabi: Acaboou amiga T.T e ai gostou? Descobriu finalmente quem achou a K-chan XD... espero que tenha gostado amiga... te vejo na próxima adaptação ^^ Beijos.
Cosette: Cara a Kagome só entra em furada amiga... Tentaram matar ela de novo, mas graças a Deus chegaram a tempo de salva-la. O Kouga não é um idiota completo, pelo menos ele conseguiu ver que era ela quem escrevia as cartas, mais ele é um burro mesmo assim... Pra mim também amiga, quando acabou no capitulo 167 eu fiquei me perguntando, e agora? Não te mais nada pra fazer? E então eu entrei numa comunidade e vi a fic O dia em que você me traiu... foi a primeira fic que eu li e a que me abriu para esse novo mundo que hoje eu amo de paixão XD. Espero que tenha gostado do último capitulo amiga... Beijos.
Aya-chan: Nossa sua review foi bem grande... adorei lol... vamos lá. Desculpe te desapontar e ter postado logo tudo de uma vez, mais eu tava vendo que ia ficar dois capítulos muito pequenos, então preferi postar os dois juntos mesmo. Infelizmente ela teve que acabar T.T. E eu também amoo a série dos Karas, li todos os livros e me apaixonei de verdade XD. As suas observações sobre o capitulo anterior foram boas, mas deu pra ver que você não acertou todas né? Espero que tenha se surpreendido com o final XD e acho que sua pergunta que não quer calar finalmente foi respondida não?! Espero que tenha curtido amiga.. te vejo na próxima... Beijos.
PS: Sua review apareceu sim na pagina de Reviews XD
Nandinha82: Oi amiga... que bom que não comentou ahuhasuhas mas vamos a sua review. As vezes ficamos cega mesmo, ela tinha uma auto estima lá em baixo, logo não conseguia ver o que estava na sua frente. Talvez se ela tivesse dito desde o inicio seu amor por Kouga tudo teria sido resolvido, mas a fidelidade a sua amiga não a deixou fazer isso. Bom você praticamente descobriu a história toda antes... parabéns, sua dedução é ótima XD. Suas perguntas foram respondidas desse capitulo né? Que pena mesmo que acabou, mas começarei outra em breve XD. To esperando você me add... Beijos.
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É minhas amigas... acabou! O mistério do assassinato foi revelado, a culpada está presa e nossa heroína está a salvo. Espero que tenham gostado, pois eu adorei postar lol.
Em beve estarei com uma nova adaptação, só não sei qual ainda ahsuhasuhsa.
Beijos
Ja ne
Lory Higurashi