Reviews

mari: Oii. Obrigada! Bom, me desculpe por não colocar onde o bônus ocorre. Muitas tiveram este problema... Acontece depois do Baile de Halloween. Quando a Lily fica sabendo que os pais faleceram. Eu sei que demorei para postar.. Me desculpe. A vida anda meio corrida, tanto para mim quanto para a Giulia. BjinhOs

Mila Pink: Ebaa! Obrigada! Eu estava com vontade de mostrar o lado pervertido dos Marotos. xD E decidi fazer isso com esse bônus pequenininho. :D BjO

LLoiza: Aaah, vc deve perceber que o Pedro basicamente não existe nessa fic. Eu odeio ele. Então só consigo coloca-lo nessas pequenas partes da fic. No resto, imagine que ele está fazendo planinhos do mal com o Malfoy.

Sophie: Obrigadaa! Espero que continue gostando da fic e comentando por aqui. :D

Anna Leal: Também adoro quando o Remo resolve mostrar seu lado Maroto. :) É, ultimamente a vida tem sido corrida para todo mundo. :/ BjinhOOs

Andro-no-hana: Brigadiinha. É, minha culpa isso. Esqueci totalmente de colocar quando o bônus ocorreu. Espero que tenha se adaptado ai no Rio. Ah, eu passei duas semanas na casa de uns primos, e só usava o sinal do vizinho. *riso malvado* Aaaah, vc considera Fogos de Artifício uma das suas fics favoritas *sorri orgulhosa*. Obrigadaa! BjinhO

Paulinha: Tiago Safadinhoo, Tiago safadiiinho *bate palma enquanto canta* Acho que nesse capitulo a Lily não tem nenhum momento "puta revolts". Não, tem sim. Ela sempre tem. :D Continue acompanhando.. Lembre-se: eu sei onde você mora!

Gabi: Sim, sim, meus atrasos são sempre compreensíveis. Exceto os atrasos em APUS. Whatever, você sabe como eu sou uma pessoa muito ocupada academicamente falando. Obrigada, fofaa. :**

Beleite: Senti sua falta por aqui. Você sumiu! É, os pensamentos que rolariam quando a Lene encontrou os dois juntos (embora eles tivessem devidamente vestidos) com certeza seriam podres. Isso me lembra de uma fic onde os personagens tem uma mente muito pervertida e a autora não posta há muito tempo... Sabe de quem eu estou falandoo? Tenho 14 aninhos agora. :D Bjoo

Lina Prongs: É, eles realmente tem a mente muito maliciosa. Mas bom, são conhecidos como Marotos, nada mais lógico, certo? Ah, brigadiiinha. :D Espero que continue curtindo a fic. :**

Fogos de Artifício

Décimo Terceiro Capítulo

Lily POV

Eu simplesmente não podia acreditar que tinha caído nessa pegadinha ridícula.

-É Ruiva, - Sirius disse, eu nem tinha percebido que ele e Remo estavam sentados conosco – Quem diria que você chamaria nosso caro amigo para sair.

-Eu não chamei o Potter para sair! – disse furiosa.

-Na verdade, Lil, acho que todos nós ouvimos o convite. – Giulia disse.

Eu não me assustaria se acidentalmente alguma maldição imperdoável atingisse essa garota a qualquer momento.

-E ele aceitou. Não seria educado se você cancelasse o convite. – Marlene concordou.

Realmente, se esse era o tipo de amiga que eu tinha, eu não precisava de nenhum Malfoy em minha vida.

-Não pode ser tão ruim assim. – Remo comentou e eu lhe lancei um olhar que eu esperava ser ameaçador.

Eu esperava ter força psicológica para não me matar antes do passeio para Hogsmead, que seria no fim de Novembro.

-É Lily, não precisa ficar envergonhada. Não é a primeira vez que uma garota me convida para sair. – revirei os olhos bufando impaciente – Além do mais – Potter continuou – Você deve estar sabendo da festa que os Marotos vão dar depois do Ano Novo, você bem que poderia me convidar novamente.

Eu ainda não tinha ouvido falar da festa, mas eu duvidava que estivesse no Quadro de Avisos. Com certeza, era mais uma das comemorações ilegais pelas quais os Marotos tinham fama em Hogwarts.

Mas isso significava outra festa que Marlene me obrigaria a ir. E eu não tinha boas lembranças da última.

Ao meu lado, Marlene e Sirius discutiam, e eu resolvi que seria melhor prestar atenção neles do que qualquer diálogo que envolvesse o fato de que eu iria sair com Potter.

-Você não vai à festa com aquela biscate, vai? – Marlene perguntou a Sirus com uma expressão assassina.

-Você está com ciúmes, Lene? – o garoto perguntou lançando o típico sorriso maroto – Não se preocupe, a Paula não irá me largar repentinamente. – ele comentou com o mesmo sorriso, mas seus olhos mostravam algo mais. Eu sabia que ele estava se referindo ao fim do relacionamento dos dois.

-Não é exatamente com você que eu estou preocupada, Black. Você usa todas as garotas da mesma forma. Cada uma é apenas um desafio. Ou nem isso. Você apenas as usa e depois as larga. Duvido que consiga dizer rápido o nome da última que beijou.

-Er... era... July. Não... Jane. – ele disse decidido e eu fui obrigada a revirar os olhos.

Apenas quando Pedro chegou incrivelmente animado avisando que o almoço estava sendo servido, os dois se olharam com uma cara não muito amigável e pararam de discutir. Isso não significou, é claro, que eles estivessem conversando. Muito pelo contrário, assim que Paula sentou ao lado de Sirius, Lene inventou uma desculpa qualquer e saiu da mesa.

Eu terminei o almoço o mais rápido possível e sai da mesa também. Depois de alguns meses eu tinha descoberto que sempre que, brigava com Sirius, Marlene ia para a Torre de Astronomia.

A encontrei sentada em um dos cantos da torre com os olhos fechados.

-Lene. – chamei delicadamente considerando que ela poderia estar dormindo.

-Ele é um idiota, Lil! – ela reclamou abrindo os olhos e só então eu percebi que ela tinha chorado.

-Eu sei. – respondi me sentando ao lado dela.

-Ele trata todas do mesmo jeito e mesmo assim elas continuam correndo atrás dele!

-E você estava chorando pelas garotas que ele trata mal, certo?

-Eu não estava chorando! – Lene negou.

-Eles são Marotos, Lene. Elas acham que são divinos. – eu disse ignorando a mentira dela – Mas não acho que a Paula irá se machucar quando acabar.

-Por que não? – Marlene perguntou curiosa.

-Ela parece querer a mesma coisa que ele. – comentei.

-Que seria?

-Diversão. – respondi calmamente e Marlene entendeu. Nenhum dos dois buscavam uma relação séria. Mas isso com certeza não faria minha amiga gostar mais da garota.

x.x.x.x.x.x

Quando as aulas acabaram eu fiquei no Salão Comunal da Grifinória fazendo os deveres até dar o horário em que eu teria que fazer as rondas.

De acordo com o calendário do mês de Novembro, todas as minhas rondas seriam feitas em conjunto com o Potter.

Eu mal posso esperar, pensei com um sorriso irônico.

-Oi Ruiva! – Tiago Potter disse se sentando ao meu lado com um enorme sorriso.

-Potter. – o cumprimentei sem tirar os olhos do exercício de Herbologia.

-Animada, ruiva? – ele perguntou ignorando meu tratamento.

-É Evans, Potter. Deveria estar? – perguntei ainda sem tirar os olhos do pergaminho.

-Com certeza! Tenho ótimas notícias!

-Quais?

-Primeiro, nós temos uma ronda juntos. Segundo, nós vamos a Hogsmead juntos. E terceiro, Dumbledore acaba de me avisar que acha que eu devo te ensinar a voar amanha à tarde. O campo de Quadribol já está reservado para nós.

-Me ensinar a que? – perguntei encarando-o preocupada.

-A voar, Lily. – ele repetiu.

Eu estava tão desesperada que nem retruquei quanto ao uso do meu primeiro nome.

-Eu não acho que isso seja uma boa ideia. – argumentei.

-Não é como se eu fosse te atacar enquanto estivermos voando, Lily. E ele acha que todo bruxo deve saber dirigir uma vassoura. – Tiago Potter explicou.

-Esse não é o problema. – eu murmurei.

-Qual o problema então? – ele perguntou me encarando atentamente.

-Nada, Potter. Vamos. – eu disse e sai pelo quadro da Mulher-Gorda sabendo que ele vinha logo atrás.

Primeiramente, nós andávamos em silêncio. Eu evitava olhar na direção dele, mas eu sabia que ele estava a poucos centímetros de distância. E que ele me encarava atentamente.

-Lily, eu posso fazer uma pergunta? – ele pediu e eu fingi não ouvir – Por que você me odeia tanto? – ele perguntou ao ver que eu não iria responder.

-Porque você é exatamente como eles. – eu respondi depois de pensar um pouco em como me expressar.

-Eu não acredito que você pode me comparar com o Malfoy! – ele disse parecendo indignado. Ele me segurou pelo braço, impedindo-me de continuar andando – Eu não sou como eles, Lil.

-Você diz que não. Mas age exatamente como eles. Você talvez não se lembre, mas quando soube que eu era trouxa, você agiu da mesma forma. Você me desprezava. E até mesmo quando eu comecei a vida aqui, você não acreditava que eu seria capaz de atingir qualquer expectativa.

-Você não entende, Lílian! – ele disse e eu percebi que parecia decepcionado – Nós temos toda uma sociedade a proteger. Você não imagina o caos que se tornaria se trouxas descobrissem sobre nós. E você parecia ser uma exceção para todas as regras! – por um momento eu pude entender o ponto dele – E você não está certa sobre a segunda parte também. Você provou para todos ter mais capacidade que muitos sangue-puro. E você tem sido forte, mesmo passando por todas essas adversidades.

-Nunca mais repita que eu não acredito em você. – ele continuou – Por favor. – essa última parte ele disse se aproximando cada vez mais de mim. Dei um passo inconsciente para trás e ele acompanhou meu movimento.

-Não, Potter. – eu busquei todas as forças que tinha para conseguir me afastar dele. De algum modo minhas pernas não aceitavam meus comandos. – Não importa o que você acha de mim. Você continua sendo esnobe, prepotente e galinha. Eu não vou ser mais uma na sua lista, ok? Não quero meu nome escrito abaixo de Claire Soriano na listinha idiota que você e os marotos devem ter pregada na parede do dormitório.

-Lily... – ele tentou, mas eu já tinha começado a andar novamente.

-Eu não quero ouvir, Potter.

Ele não respondeu e também não tentou nenhuma conversa até o fim da ronda.

Mas de algum modo, ele tinha conseguido me fazer pensar. Pelo resto da noite, eu pensava no que ele tinha me dito. Era normal que ele tivesse ficado assustado com o fato de eu ser trouxa. E também com Dumbledore me emprestando sua varinha e me chamando para Hogwarts. Mas isso não mudava o fato de que ele apenas me chamava para sair por eu ser um desafio que ele ainda não conseguiu completar.

Ele não gostava de mim. Se eu saísse com Tiago Potter, o Lírio dele se tornaria apenas mais uma flor no jardim. Ok, essa comparação foi deprimente.

Quando acabamos de vistoriar todos os corredores e voltamos para o Salão Comunal, eu subi para o Dormitório Feminino (depois de Potter se despedir de mim com um beijo no rosto) e passei um bom tempo xingando todos os neurônios idiotas que fizeram com que meu cérebro enviasse um arrepio que percorreu todo o meu corpo quando seus lábios tocaram meu rosto.

x.x.x.x.x.

Tiago POV

Acordei me sentindo absurdamente bem disposto.

Eu tinha esperança de que enquanto eu estivesse a ensinando a voar ela resolvesse me dar uma chance.

Provavelmente não. Mas ainda assim estava de bom humor.

-Acordou animado, Pontas? – Remo perguntou quando me viu acordado. Ele geralmente era obrigado a acordar a mim e ao Sirius.

-Um pouco. – respondi.

-Aquela ruiva ainda vai te deixar louco. – Remo comentou.

-O que você quer dizer?

-Você nunca acorda por espontânea vontade antes do meio dia. E hoje não tem aula.

-Eu nunca estive assim antes. – resolvi admitir. Negar não resolvia mais nada. Fingir que Lílian era apenas mais uma garota com quem eu iria ficar e depois simplesmente perderia a graça não me levaria a lugar nenhum.

-É o amor, meu caro Pontas. – Remo explicou com um sorriso brincalhão. Ele achava divertido ver que um dos seus amigos estava começando a perder a fama de galinha.

-Eu não acho que esteja apaixonado. – reclamei. Eu tinha pensado muito nisso e não poderia acreditar que era amor. Eu não podia ter me apaixonado em três meses pela única garota que se recusava a sair comigo.

Ok, talvez não fosse a única. Marlene nunca tinha saído comigo e nem por isso eu não conseguia tira-la da minha mente.

Eu com certeza iria ficar louco.

Esperei que Sirius acordasse e descemos para tomar café.

-Oi Lírio. - eu cumprimentei minha ruiva e me sentei no lugar vago que tinha ao lado dela.

-É Evans, Potter. – ela respondeu em seu tom mal humorado. Se um dia nos casássemos, eu iria sofrer muito com todo esse mau humor matinal.

-Bom dia para você também. – eu respondi com um enorme sorriso. Ela decidiu ignorar meu comentário e continuar comendo. O dia se passou rapidamente e eu me dirigi para o Campo de Quadribol levando minha vassoura e a de Sirius.

Tirei do bolso o Pomo que havia adquirido no ano anterior e fiquei jogando-o para cima como forma de distração. Estava distraído o suficiente para não perceber que Lílian tinha chegado.

-Eu espero que você tenha adquirido isso de uma forma permitida pelas regras de Hogwarts. – ela comentou em um tom ácido e eu levantei os olhos para encará-la. – Não é permitido aos alunos que carreguem consigo as bolas usadas no jogo. – ela acrescentou.

-Eu não sabia que você conhecia jogos bruxos.

-Eu posso ter lido sobre isso.

-Então você deve ter ideia de como funciona a técnica do vôo.

-Bom, eu estava pensando se nós não poderíamos ficar somente na teoria hoje. – ela disse olhando para as duas vassouras que estavam ao meu lado.

-Não vejo motivos, Lil.

-Evans, Potter. – ela respondeu.

-Tudo bem. – respondi e comecei a explicar a ela as técnicas necessárias para um vôo básico em uma vassoura.

-Agora fique ao lado da vassoura de Sirius. – eu disse após colocar a vassoura que ela usaria no chão – Diga: suba.

-Suba. – ela disse e eu percebi que sua voz tremia.

-Você tem que querer que ela suba, Lily. – eu disse.

-Suba. – ela repetiu dessa vez com mais intensidade e a vassoura se ergueu até que a ruiva a segurou com firmeza.

-Agora, nós vamos voar. – eu disse sorrindo.

Lily POV

(Música: Hero – Enrique Iglesias)

-Diga: suba. – Tiago Potter disse. Eu respirei profundamente e fiz como ele tinha pedido. Mas não me espantei quando minha voz saiu tremida e a vassoura simplesmente não me obedeceu. Eu estava aterrorizada.

-Você tem que querer que ela suba, Lily. – ele disse e eu tive vontade de azará-lo. Será que ele não percebia que eu não queria que ela subisse?

-Suba. – eu repeti tentando querer que ela subisse. E, por incrível que pareça, ela resolveu me obedecer. Eu a agarrei antes que ela resolvesse voltar para o chão.

-Agora nós vamos voar. – ele disse sorrindo e a vontade de azará-lo voltou.

Tiago Potter montou em sua vassoura e eu não pude deixar de reparar o quanto ele estava bonito. Sacudi minha cabeça tentando afastar esses pensamentos.

-Você deve montar na vassoura e fazer impulso com o pé para subir. – ele disse e demonstrou o que queria que eu fizesse ficando a aproximadamente três metros acima de mim.

-Não podemos continuar na teoria? – eu perguntei sentindo o medo tomar conta de mim.

-Não é tão difícil, ruiva. – ele disse e eu sentir a cor desaparecer do meu rosto enquanto subia na vassoura do modo como ele tinha feito – Qual o problema?

-Eutenhomedodealtura. – murmurei sentindo o sangue se acumular no meu rosto.

-O que? – ele perguntou e percebi que não tinha entendido.

-Eu tenho acrofobia¹, Potter. Medo de altura. Pode dar o nome que quiser. – disse irritada e ele diminuiu a altura, flutuando ao meu lado.

-Nada vai acontecer. – ele disse.

-Você não entende! Eu entro em pânico quando estou em altitudes muito elevadas. – expliquei tentando manter a calma.

-Eu vou estar aqui. – eu bufei irritada. Como se isso fosse resolver o problema.

-De o impulso, Lily. Não precisa ser forte. Apenas para subir um pouco. – ele disse e eu respirei fundo antes de flexionar meus joelhos, dando um impulso que me fez ficar a alguns centímetros do chão.

-É só não olhar para baixo, Lily, só não olhar para baixo. – eu repetia para mim mesma desesperadamente com os olhos fechados com força.

-Lily, abra os olhos, e olhe para mim. Você não vai conseguir voar sem ver o caminho. – Potter disse com o tom de voz leve.

Eu abri meus olhos lentamente, fixando-os nos olhos castanhos de Tiago Potter.

-Não olhe para baixo, Lily. – eu voltei a repetir baixo.

-Mantenha seus olhos no meu, Lílian.

Eu estava tão nervosa que não contestei nenhuma vez o uso do meu primeiro nome. Nem reclamei quando ele segurou minha mão, mesmo tendo sentido um arrepio passar por todo o meu corpo. Embora não soubesse dizer se era pelo contato ou pelo medo.

-Incline o cabo para cima. – ele disse soltando minha mão e demonstrando o que eu deveria fazer.

Respirei fundo e fiz como ele pediu.

A vassoura subiu em uma velocidade que eu não esperava, me levando para um altitude maior que deveria.

Olhei para baixo a procura de Tiago que havia ficado abaixo de mim e vi a grama que se estendia embaixo de mim. Senti a vertigem que sempre sentia quando estava muito acima do chão e um medo fora do normal tomou conta de mim. Fechei os olhos com força novamente.

-Lily. – ouvi a voz de Potter próxima a mim – Eu estou aqui novamente, pode abrir os olhos.

Balancei minha cabeça para os lados em forma de negação.

-Lily, você vai acabar se machucando se continuar com os olhos fechados.

Forcei-me a abrir os olhos e encarei Tiago Potter que estava voando em frente a mim.

Sentia meu coração bater mais rápido do que deveria e eu tinha certeza que o medo era visível em meus olhos.

-Lily, apenas relaxe, ok? Se estiver muito ruim, nós voltamos para o chão. – ele disse e após ele terminar de falar eu dei outra olhada de relance para baixo. E a vertigem dessa vez foi pior.

Eu precisava chegar ao chão. Era só inclinar a vassoura para baixo. Alguma parte de mim sabia disso. Mas a parte que coordenava os movimentos simplesmente se recusava a obedecer.

-Eu quero voltar. – murmurei e Potter segurou minha mão firmemente enquanto me guiava delicadamente de volta para o chão.

Respirei fundo quando senti meus pés tocarem a grama e percebi que continuava sem controle dos meus movimentos.

Tiago Potter passou o braço em torno de minha cintura e me ajudou a chegar na arquibancada.

-Me solte, Potter. – eu disse quando ele me fez sentar, mas continuou com o braço em torno de mim. Eu o vi sorrir e se afastar.

-Me lembre de não te levar para voar novamente. – ele disse passando a mão pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais.

-Não se preocupe. Eu não vou pedir para que você me traga aqui novamente. – eu disse vendo-o sorrir novamente – Isso não é engraçado, Potter.

-É só que ver você gritar e me chamar de Potter me faz ver que você está bem novamente, Lily. – ele respondeu com um enorme sorriso. Um sorriso que eu tinha quase certeza que ele já sabia que me irritava.

-É Evans, Potter. – respondi irritada.

Tiago Potter pegou sua mochila e as vassouras.

-Vamos voltar? – ele perguntou e eu aceitei. Entramos no castelo em silêncio.

-Posso fazer uma pergunta? – ele questionou e como eu não respondi seguiu em frente – Desde quando você tem esse problema com alturas?

Normalmente, eu não responderia a essa pergunta. Mas de alguma forma, senti que poderia contar isso a Potter. Isso com certeza só podia significar que eu estava ficando completamente louca. Algo que, depois da visita a enfermaria, não era uma surpresa completa.

-A primeira vez que isso aconteceu eu estava em Paris com meus pais. Minha irmã insistiu para que eu subisse na torre com ela. Eu fui e quando chegamos lá em cima ela desceu e me deixou sozinha. Eu tive um ataque de pânico, e uma senhora me ajudou a descer. – eu resumi o final, não seria interessante ficar contando o quanto eu tinha ficado aterrorizada enquanto olhava para baixo e via a cidade a 324 metros abaixo de mim.

-Você parece ter tido uma infância conturbada com aquela garota. – ele observou.

-Petúnia fez questão de tornar cada minuto inesquecível. Mas não posso dizer que não retribuía cada gentileza.

Tiago POV

Chegamos ao Salão Comunal da Grifinória em um clima bastante agradável.

Lílian não gritava comigo. Era quase como se fossemos amigos.

A tarde no Campo de Quadribol não tinha sido exatamente como eu planejara. Na verdade, não tinha sido nada como eu planejara.

Eu nunca teria imaginado que Lily tinha fobia de alturas. Eu só esperava que nosso filho nascesse como o pai, um espetacular jogador de Quadribol.

Subi para o dormitório onde Sirius estava se arrumando para um encontro e Remo estava deitado em sua cama lendo um livro para a aula de Transfiguração.

-Como foi com a Ruiva? – Sirius perguntou quando me viu entrar.

-Ela tem acrofobia.

-Acro o que? – Sirius perguntou

-Medo de altura. – Remo explicou sem tirar os olhos do livro.

-Acabou com a tarde romântica que você tinha planejado. – Sirius zombou.

-Vai sair com quem? – eu perguntei mudando de assunto.

-Paula Mello. – ele respondeu.

-A quintanista? – Remo perguntou e o outro confirmou – Você sabe que Marlene está se corroendo de ciúmes, não?

-É exatamente esta a ideia, Aluado. – Sirius respondeu com o seu típico sorriso maroto e deixou o dormitório.

-Ele apenas não sabe que ela também o está usando. – Aluado comentou assim que o outro fechou a porta.

-Esta vai ser a primeira vez que Sirius Black será usado por uma garota. – disse e Remo sorriu. Afinal, ele também era um maroto. E estava tão ansioso quanto eu para ver Almofadinhas ser usado como ele tinha feito tantas vezes.

¹ A acrofobia é o medo irracional de lugares altos. Pessoas que sofrem de acrofobia podem se habituar com determinados lugares altos em particular, isto é, perder o medo desses lugares, mas a sensação de medo voltará quando o indivíduo for a algum outro lugar alto.A acrofobia pode ser perigosa, pois indivíduos que sofrem dela podem ter um ataque de pânico ao encontrarem-se em um lugar alto e não vislumbrarem uma forma de sair dele. Alguns indivíduos sentem uma urgência em sair de lugares altos, embora não de forma suicida.

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N/B: Bom, primeiro dois esclarecimentos, se é que alguém se dará ao trabalho de lê-los:

Um: Sou uma Beta irresponsável, mas não me batam muito e tentem não me mandar uma maldição imperdoável 'acidentalmente' . A faculdade anda me tirando todo o tempo (e a paciência) e fico sempre esperando um momento em que eu não esteja cansada pra poder betar aqui direitinho. O problema é que não aparece esse momento. Logo, culpem ao cansaço qualquer erro que possa ter passado despercebido pelo meu olhar sonâmbulo.

Dois: Minha adorável irmã disse que eu a deixei sem 'parabéns', mas preciso limpar a minha imagem lembrando que na época eu estava viajando e que depois entreguei um presente fofinho pra ela xD

Pronto, agora três comentários importantes sobre o capítulo:

"Eu não me assustaria se acidentalmente alguma maldição imperdoável atingisse essa garota a qualquer momento."

A Lily é muito malvada com a Giulia.

Pobre Giulia. Tão simpática, alegre, boazinha, divertida...

"-Nunca mais repita que eu não acredito em você. – ele continuou – Por favor. – essa última parte ele disse se aproximando cada vez mais de mim. Dei um passo inconsciente para trás e ele acompanhou meu movimento."

E ela se afasta, minha gente. A Lily se afasta! Personagem querida, se não quer, mande pra cá. Te passo o endereço na hora, até pago o correio.

"Se eu saísse com Tiago Potter, o Lírio dele se tornaria apenas mais uma flor no jardim. Ok, essa comparação foi deprimente."

Deprimente não. Na verdade, foi absolutamente esclarecedora. Vamos analisar psicologicamente esse frase: Segundo a Lily, se ela saísse, seria apenas mais uma flor. Ela não quer sair. Logo, ela não quer ser somente mais uma mera florzinha no jardinzinho do Potter. Logo... Isso mesmo, exatamente isso que você pensou cara leitora (que por um acaso deu-se ao trabalho de ler esses devaneios estranhos)! A Lily não quer ser mais uma porque ela quer ser a única!

É, ruiva, não adianta mais negar agora. Te peguei. Minhas aulas de lógica serviram pra algo, afinal.

Bom, depois dessa falação louca e descontrolada – querida irmã, desculpe por ocupar tanto espaço -, preciso me desprender dessa tela de computador e ir criar uma empresa fictícia, fazer exercício de álgebra, cálculo e lógica e, por fim, fazer um jogo para minha aula de programação. Pois é, você que está revoltada com Biologia e Matemática, saiba que o pior ainda virá... Muahahaha!

Brincadeirinha, gente, a faculdade é ótima. Cansativa, mas ótima.

Beijinhos exaustos.

Giulia Cavalcanti (a beta mais verborrágica que existe).

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N/A: Oii!

Awww, eu acho a Lily e o Tiago muitooo fofinhos.

Se algum dia alguém ai arrumar um Tiago Potter, me informe para ver se eu consigo um também. É muita perfeição em um garoto só!

Quero agradecer as reviews de vocês, os desejos de feliz aniversário, e pedir desculpas por não ter informado quando o bonus ocorria... Muitas ficaram confusas. O bônus ocorre exatamente depois do capitulo 09. Eu passei para o POV da Lily no capitulo 10 e deixei essa pequena cena por conta da imaginação de vocês. Mas depois me deu vontade de escrever... :D

Não consigo dizer a vocês exatamente quando vou postar o capitulo 14, mas espero conseguir postar um pouco mais rápido do que postei esse.

BeijinhOs