Discleimer: Inuyasha e Cia não me pertence uma lastima p/ qualquer um.

Diários do vampiro ou The Vampire Diaries também não me pertence é usado p/ fazer esta ADAPTAÇAO. PS: Algumas coisas vão ter q ser mudadas.

Texto original: Lisa Jane Smith.

Adaptação: Dreime.

Capítulo Quinze

- Kagome, você está sendo grossa! - Tia Kaede raramente ficava nervosa, mas ela estava nervosa agora. - Você está velha demais para esse tipo de comportamento.

- Não é grosseria! Você não entende–

- Eu entendo perfeitamente. Você está agindo do mesmo jeito que agiu quando Sesshoumaru veio jantar. Não acha que um convidado merece um pouco mais de consideração?

Frustração fluiu por Kagome. - Você nem sabe sobre o que está falando. - ela disse. Isso era demais. Ouvir as palavras de Sesshoumaru vindas dos lábios da tia Kaede... Era insuportável.

- Kagome! - Um rubor matizado estava subindo pelas bochechas da tia Kaede. - Estou chocada com você! E eu tenho que dizer que esse comportamento infantil só começou depois de você sair com aquele garoto.

- Ah, 'aquele garoto'. - Kagome olhou para Sesshoumaru.

- Sim, aquele garoto! - Tia Kaede respondeu. - Desde que você ficou louca por ele você tem agido como uma pessoa diferente. Irresponsável, reservada – e desafiadora! Ele está sendo uma má influência desde o começo, e eu não vou mais tolerar isso.

- Ah, sério? - Kagome sentia como se estivesse falando com Sesshoumaru e tia Kaede ao mesmo tempo, e ela olhou para frente e para trás entre os dois. Todas as emoções que ela estivera sufocando nos últimos dias – nas últimas semanas, nos meses desde que Inuyasha tinha entrado na vida dela – estavam agitando-se. Era como um grande maremoto dentro dela, sobre o qual ela não tinha controle algum.

Ela percebeu que estava tremendo. - Bem, é uma pena, porque você vai ter que tolerar isso. Eu nunca vou abrir mão do Inuyasha, não por ninguém. Certamente não por você!

Essa última fora para Sesshoumaru, mas a tia Kaede arfou.

- Já chega! - Myouga retrucou. Ele tinha aparecido com Souta, e seu rosto estava obscuro. - Mocinha, se é assim que esse garoto encoraja você a falar com a sua tia–

- Ele não é 'aquele garoto'! - Kagome recuou outro passo, para que pudesse encarar todos.

Ela estava fazendo um espetáculo, todos no pátio estavam olhando. Mas ela não ligava. Ela esteve mantendo uma tampa em seus sentimentos por tanto tempo, empurrando toda a ansiedade e o medo e a raiva onde não seriam vistos. Toda a preocupação sobre Inuyasha, todo o medo de Sesshoumaru, toda a vergonha e humilhação que sofria na escola, ela tinha enterrado profundamente. Mas agora estava voltando. Tudo, de uma só vez, em um redemoinho de violência impossível. Seu coração estava golpeando loucamente; seus ouvidos soando.

Ela sentia que nada importava exceto machucar as pessoas que estavam a sua frente, mostrar tudo a elas.

- Ele não é 'aquele garoto'. - ela disse novamente, sua voz mortalmente gelada. - Ele é Inuyasha e ele é tudo para mim. E acontece que eu estou noiva dele.

- Ah, não seja ridícula! - Myouga trovejou. Foi à última gota.

- Isso é ridículo? - Ela ergueu sua mão, seu anel na direção deles. - Nós vamos nos casar!

- Você não vai se casar. - Myouga começou. Todos estavam furiosos. Sesshoumaru agarrou a mão dela e encarou o anel, então virou abruptamente e caminhou para longe, cada passo cheio de selvageria mal dominada. Myouga estava balbuciando em exasperação. Tia Kaede estava fumegando.

- Kagome, eu te proíbo absolutamente–

- Você não é minha mãe! - Kagome gritou. Lágrimas estavam tentando se forçar para fora dos olhos dela. Ela precisava fugir ficar sozinha, ficar com alguém que a amasse. - Se Inuyasha perguntar, eu estarei na pensão! - ela acrescentou, e escapou pela multidão.

Ela meio que esperava que Rin ou Sango a seguisse, mas ela ficou feliz por elas não terem-no feito.

O estacionamento estava cheio de carros, mas quase vazio de pessoas. A maioria das famílias ia ficar para as atividades da tarde. Mas um Ford sedan acabado estava estacionado perto, e uma figura familiar estava destrancando a porta.

- Kouga! Você está indo embora? - Ela tomou sua decisão instantaneamente. Estava frio demais para andar até a pensão.

- Hã? Não, eu tenho que ajudar o Treinador Lyman a desmontar as mesas. Eu só estou colocando isso de lado. - Ele jogou a placa de Atleta Excepcional no assento dianteiro. - Ei, você está bem? - Os olhos dele se arregalaram ao ver o rosto dela.

- Sim–não. Eu ficarei se puder sair daqui. Olha, posso pegar o seu carro? Só por um instantinho?

-Bem... claro, mas… já sei, por que você não me deixa te levar? Eu vou dizer ao Treinador Lyman.

- Não! Eu só quero ficar sozinha… Ah, por favor, não faça perguntas. - Ela quase apanhou as chaves da mão dele. - Eu trarei de volta em breve, prometo. Ou Inuyasha trará. Se você vir Inuyasha, diga a ele que eu estou na pensão. E obrigada. - Ela bateu a porta nos protestos dele e colocou o motor para funcionar, saindo com um encontro de marchas porque ela não estava acostumada ao câmbio manual. Ela o deixou de pé lá a encarando.

Ela dirigiu sem realmente ver ou ouvir nada do lado de fora, chorando, presa em seu próprio tornado giratório de emoções. Ela e Inuyasha iriam fugir... Eles iriam casar em segredo… Eles mostrariam a todos. Ela nunca colocaria os pés em Fell's Church novamente.

E então tia Kaede se arrependeria. Então Myouga veria o quão errado ele estivera. Mas Kagome nunca perdoaria-os. Nunca.

Quanto à própria Kagome, ela não precisava de ninguém. Ela certamente não precisava de um velho colégio Robert E. Lee estúpido, de onde você podia ir de mega-popular para pária social em um dia só por amar a pessoa errada. Ela não precisava de família, ou de amigos, tampouco...

Diminuindo para cruzar a entrada espiralada da pensão, Kagome sentiu seus pensamentos diminuírem, também.

Bem... Ela não estava brava com seus amigos. Rin e Sango não tinham feito nada. Ou

Kouga. Kouga era bacana. De fato, ela talvez não precisasse dele, mas seu carro veio em boa hora.

Apesar de si mesma, Kagome sentiu uma risada abafada subir em sua garganta. Pobre Kouga. As pessoas estavam sempre emprestando seu dinossauro metálico que ele chamava de carro. Ele devia achar que ela e Inuyasha eram birutas.

A risada deixou escorregar mais algumas lágrimas e ela sentou e as limpou, balançando sua cabeça. Ah, Deus, como as coisas ficaram desse jeito? Que dia. Ela deveria estar tendo uma festa da vitória porque tinha superado Ayame, e ao invés ela estava chorando sozinha no carro de Kouga.

Ayame tinha parecido muito engraçada, contudo. O corpo de Kagome sacolejou gentilmente com gargalhadas ligeiramente histéricas. Ah, o olhar no rosto dela. É melhor que alguém tenho o vídeo disso.

Por fim os soluços e risadas acalmaram-se e Elena sentiu um banho de cansaço. Ela se inclinou contra o volante tentando não pensar em nada por um tempo, e então ela saiu do carro.

Ela entraria e esperaria por Inuyasha, e ambos iriam voltar e lidar com a bagunça que ela fizera.

Iria exigir muito limpeza, ela pensou desgastadamente. Pobre tia Kaede. Kagome tinha gritado com ela na frente de metade da cidade.

Por que ela tinha se deixado ficar tão chateada? Mas suas emoções ainda estavam perto da superfície, como ela tinha achado quando a porta da pensão estava trancada e ninguém atendia a campainha.

Ah, maravilha, ela pensou, seus olhos pinicando novamente. A Sra. Flowers tinha ido à celebração do Dia do Fundador, também. E agora Kagome tinha a escolha de sentar no carro ou ficar de pé aqui na tormenta.

Era a primeira vez que ela notava o clima, mas quando ela notou ela olhou ao redor em alarme.

O dia tinha começado nublado e gelado, mas agora havia uma neblina flutuando junto ao chão, como se soprada dos campos ao redor. As nuvens não estavam simplesmente serpenteando, elas estavam fervilhando. E o vento estava ficando mais forte.

Ele gemia pelos galhos das árvores de carvalho, rasgando as folhas que sobravam e mandando-as para baixo como uma ducha. O som estava crescendo regularmente agora, não simplesmente um gemido, mas um rosnado.

E havia outra coisa. Uma coisa que vinha não só do vento, mas do próprio ar, ou do espaço ao redor do ar. Uma sensação de pressão, de ameaça, de alguma força inimaginável. Estava reunindo poder, aproximando-se, fechando o cerco.

Kagome girou para encarar as árvores de carvalho.

Havia muitas de pé atrás da casa, e mais além, sangrando na floresta. E além havia o rio e o cemitério.

Algo... Estava lá for a. Algo... Muito ruim…

- Não. - sussurrou Kagome. Ela não conseguia ver, mas ela conseguia sentir, como alguma grande forma elevando-se para ficar sobre ela, apagando o céu. Ela sentiu a maldade, o ódio, a fúria animal.

Sede de sangue. Inuyasha tinha usado a palavra, mas ela não tinha entendido. Agora ela sentia essa sede de sangue... Focada nela.

- Não!

Mais e mais, estava se elevando sobre ela. Ela ainda não conseguia ver nada, mas era como se grandes asas se abrissem, esticando-se para tocar o horizonte de ambos os lados. Algo com um Poder além da compreensão... e queria matar…

- Não! - Ela correu para o carro bem quando aquilo se inclinou e mergulhou para ela. Suas mãos rasparam na maçaneta, e ela lutou freneticamente com as chaves. O vento estava gritando, berrando, rasgando no cabelo dela. Gelo arenoso gotejou nos olhos dela, cegando, mas então a chave virou e ela deu um sacolejo para abrir a porta.

Salva! Ela fechou a porta novamente e golpeou a tranca com seu punho.

Então ela se jogou pelo assento para checar as trancas do outro lado.

O vento rugia com mil vozes do lado de fora. O carro começou a balançar.

- Pare com isso! Sesshoumaru pare com isso! - Seu diminuto choro estava perdido na cacofonia.

Ela colocou suas mãos no painel como se para equilibrar o carro e ele balançou mais forte, gelo atirando-se contra ele.

Então ela viu algo. A janela traseira estava nublando-se, mas ela conseguia discernir a forma através dela. Parecia com algum grande pássaro feito de névoa ou neve, mas os contornos estavam turvos. Tudo que ela sabia era que tinha enormes asas envolventes... E que estava indo na direção dela.

Coloque a chave na ignição. Coloque! Agora vá! A mente dele estava jogando ordens nela.

O antigo Ford ofegou e os pneus gritaram mais alto que o vento enquanto ela caía fora. E a forma atrás dela a seguiu, ficando maior e maior no espelho retrovisor.

Vá para a cidade, vá até Inuyasha! Vá! Vá! Mas a medida que ela entrava na Estrada Old Creek, virando a esquerda, os pneus travando, um raio de luz dividiu o céu.

Se ela já não estivesse escorregando e freiado, a árvore teria caído em cima dela.

Como era de se esperar, o impacto violento chacoalhou o carro como um terremoto, errando o pára-choque dianteiro por centímetros. A árvore era uma massa de galhos pesados e levantados, seu tronco bloqueando o caminho de volta para a cidade completamente.

Ela estava presa. Sua única rota para casa fora cortada. Ela estava sozinha, não havia escapatória desse terrível Poder...

Poder. Era isso; essa era a chave. "Quanto mais fortes são seus Poderes são, mais as regras da escuridão se vinculam a você."

Água corrente!

Colocando o carro em marcha ré, ela o virou e então golpeou ele para frente.

A forma branca voou e desceu, errando-a por tão pouco quanto à árvore tinha, e então ela estava acelerando pela Estrada Old Creek na pior parte da tempestade.

Ainda estava atrás dela. Só um pensamento golpeava o cérebro de Kagome agora. Ela tinha que cruzar a água corrente, deixar essa coisa para trás.

Houve mais explosões de raios, e ela olhou outras árvores caindo, mas ela desviou ao redor delas. Não podia estar longe agora. Ela conseguia ver o rio relampejando no seu lado esquerdo através da tempestade de gelo. Então ela viu a ponte.

Estava lá; ela conseguira chegar! Uma rajada jogou chuva com neve no pára-brisa, mas com o próximo golpe do limpador de pára-brisa ela conseguiu ver fugazmente de novo. Era isso, a curva devia estar por aqui.

O carro recuou e derrapou na estrutura de madeira. Kagome sentiu as rodas agarrarem plantas escorregadias e então sentiu elas travarem. Desesperadamente, ela tentou virar com a derrapagem, mas ela não conseguia ver e não havia espaço.

E então ela estava batendo no parapeito, a madeira podre da passarela cedendo sobre o peso que não mais conseguia suportar.

Houve uma sensação doentia de giro, de cair, e então o carro atingiu a água.

Kagome ouviu gritos, mas eles não pareciam estar conectados aos dela. O rio subiu ao seu redor e tudo estava barulhento e confuso e dolorido. Um vidro quebrou à medida que era acertado por escombros, e então outro. Água escura jorrou ao seu redor, junto com vidro como gelo. Ela estava engolfada. Ela não conseguia ver; ela não conseguia sair.

E ela não conseguia respirar. Ela estava perdida nesse tumulto infernal, e não havia ar.

Ela tinha que respirar. Ela tinha que sair daqui...

- Inuyasha, me ajude! - ela gritou.

Mas seu grito não fez som algum. Ao invés, a água gelada apressou-se em seus pulmões, invadindo-a. Ela lutou contra ela, mas era forte demais para ela. Suas lutas tornaram-se mais selvagens, mais descoordenadas, e então elas pararam.

Então tudo ficou quieto.

DdoV

Rin e Sango estava caçando pelo perímetro da escola impacientemente.

Elas tinham visto Inuyasha vir por aqui, mais ou menos coagido por Bankotsu e seus novos amigos.

Elas tinham começado a segui-lo, mas então o negócio com Kagome começou. E então Kouga as informou que ela tinha se mandado. Então elas foram atrás de Inuyasha de novo, mas ninguém estava aqui fora. Não havia nem mesmo nenhum prédio com exceção de um solitário de um barracão Quonset.

- E agora vem vindo uma tempestade! - Sango disse. - Escute o vento! Eu acho que vai

chover.

- Ou nevar! - Rin estremeceu. - Onde eles foram?

- Eu não ligo; eu só quero ir para baixo de um telhado. Lá vem! - Sango arfou quando a primeira camada de chuva gelada a acertou, e ela e Rin correram para o abrigo mais próximo – o barracão Quonset.

E foi lá que elas encontraram Inuyasha. A porta estava entreaberta, e quando Rin olhou para dentro ela horrorizou-se.

- Bankotsu tem um esquadrão de valentões! - ela sibilou. - Olhe lá!

Inuyasha tinha um semicírculo de caras entre ele e a porta. Ayame estava no canto.

- Ele deve estar com ele! Ele o tomou de algum jeito; eu sei que ele o fez! - ela estava dizendo.

- Tomou o quê? - disse Sango, audivelmente. Todos viraram na direção delas.

O rosto de Ayame contorceu-se quando ela as viu na entrada e Bankotsu rangeu os dentes.

- Caiam fora. - Ele disse. - Você não quer se envolver nisso.

Sango ignorou-o. - Inuyasha, posso falar com você?

- Em um minuto. Você vai responder a pergunta dela? Tomou o quê? - Inuyasha estava concentrando-se em Bankotsu, totalmente focado.

- Claro, eu responderei a pergunta dela. Logo depois de responder a sua. - A mão carnuda de Bankotsu espancou seu punho e ele deu um passo para frente. - Você vai virar comida de cachorro, Salvatore.

Vários dos caras durões deram risada.

Rin abriu sua boca para dizer: - Vamos cair fora daqui. - Mas o que ela realmente disse foi: - A ponte.

Foi estranho o bastante para fazer todos olharem para ela.

- O quê? - disse Inuyasha.

- A ponte. - disse Rin novamente, sem querer dizê-lo. Seus olhos inflaram, alarmados.

Ela conseguia ouvir a voz vindo de sua garganta, mas ela não possuía controle sobre ela. E então ela sentiu seus olhos ficarem arregalados e sua boca abrir e ela teve sua própria voz de volta. - A ponte, ah, meu Deus, a ponte! É onde Kagome está! Inuyasha, você tem que salvá-la... Ah, depressa!

- Rin, tem certeza?

- Sim, ah, Deus... É onde ela foi. Ela está se afogando! Depressa! - Ondas de grossa escuridão vieram para cima de Rin, mas ela não podia desmaiar agora; eles tinham que chegar até Kagome.

Inuyasha e Sango hesitaram um minuto, e então Inuyasha passou pelo esquadrão de valentões, repelindo-os como lencinhos de papel. Eles correram a toda velocidade pelo campo em direção ao estacionamento, puxando Rin atrás. Bankotsu foi atrás deles, mas parou quando a força total do vento o atingiu.

- Por que ela sairia nessa tempestade? - Inuyasha gritou quando eles lançaram-se sobre o carro de Sango.

- Ela estava chateada; Kouga diz que ela disparou no carro dele. - Sango arfou novamente na comparativa quietude do interior.

Ela foi embora rápido e virou-se para o vento, acelerando perigosamente. - Ela disse que estava indo para a pensão.

- Não, ela está na ponte! Sango dirija mais rápido! Ah, Deus, nós vamos chegar tarde demais! - Lágrimas estavam escorrendo pelo rosto de Rin.

Sango atrapalhou-se. O carro oscilou, esmurrado pelo vento e pela chuva com neve. Por todo esse pesadelo de corrida Rin soluçou, seus dedos agarrando o assento na sua frente.

O aviso agudo de Inuyasha impediu Sango de bater de frente na árvore. Eles se amontoaram para fora e foram imediatamente chicoteados e punidos pelo vento.

- É grande demais para mover! Nós teremos que andar. - Inuyasha gritou.

É claro que era grande demais para mover, Rin pensou, já lutando com os galhos. Era uma árvore de carvalho totalmente desenvolvida. Mas uma vez do outro lado, a ventania gelada apagou todo pensamento de sua cabeça.

Em minutos ela estava amortecida, e a estrada parecia continuar por horas. Eles tentaram correr, mas o vento batia neles de volta. Eles mal conseguiam enxergar; se não fosse por Inuyasha, elas teriam ido para a margem do rio. Rin começou a contorcer-se embriagadamente. Ela estava pronta para cair no chão quando ela ouviu Inuyasha gritando lá da frente.

O braço de Sango ao redor dela se apertou, e ambas dispararam numa corrida trôpega.

Mas à medida que elas chegavam perto da ponte o que elas viram fizeram-nas parar.

- Ah, meu Deus... Kagome! - gritou Rin. A Ponte Wickery era uma massa de borracha despedaçada. O parapeito de um lado tinha sumido e o teto tinha cedido lugar como se um punho gigante tivesse esmagado-o. Embaixo, a água escura agitou-se em uma pilha doentia de escombros. Parte dos escombros, inteiramente debaixo d'água exceto pelos faróis, era o carro de Kouga.

Sango estava gritando, também, mas ela estava gritando para Inuyasha. - Não! Você não pode ir aí embaixo!

Ele nem ao menos olhou para trás. Ele mergulhou da beirada, e a água se fechou em cima de sua cabeça.

Mais tarde, a memória de Rin da próxima hora ficaria misericordiosamente turva. Ela lembrava-se de esperar por Inuyasha enquanto a tempestade enraivecia sem parar. Ela lembrava-se que ela estava mais do que preocupada na hora que uma figura encurvada moveu-se para fora da água. Ela lembrava-se de sentir nenhuma decepção, só um luto vasto e escancarado, enquanto ela viu a coisa frouxa que Inuyasha deitava na estrada.

E ela se lembrou do rosto de Inuyasha.

Ela lembrava-se de como ele aparentava enquanto eles tentavam fazer algo por Kagome. Só que não era realmente Kagome deitada ali, era uma boneca de cera com os traços de Kagome.

Não era nada que já estivera vivo e certamente não estava vivo agora. Rin achou que parecia bobo continuar cutucando e espetando ela desse jeito, tentando tirar água de seus pulmões e tudo mais. Bonecas de cera não respiravam.

Ela lembrava-se do rosto de Inuyasha quando ele finalmente desistiu. Quando Sango lutou com ele e gritou com ele, dizendo algo sobre mais de uma hora sem ar, e danos cerebrais.

As palavras filtraram em Rin, mas seu significado não. Ela só achou estranho que enquanto Sango e Inuyasha estavam gritando um com o outro ambos estavam chorando.

Inuyasha parou de chorar depois disso. Ele só ficou sentado lá segurando a boneca Kagome. Sango gritou um pouco mais, mas ele não escutou ela. Ele só sentou. E Rin nunca esqueceria sua expressão.

E então algo chamuscou em Rin, trazendo-a de volta a vida, acordando-a para o terror.

Ela agarrou Sango e encarou ao seu redor pela fonte. Algo ruim... Algo terrível estava vindo. Estava quase aqui.

Inuyasha parecia sentir isso, também. Ele estava alerta, duro, como um lobo sentindo um cheiro.

- O que foi? - berrou Sango. - O que tem de errado com você?

- Vocês têm que ir! - Inuyasha ficou de pé, ainda segurando a forma frouxa em seus braços. - Caiam fora daqui!

- O que você quer dizer? Nós não podemos deixá-lo–

- Sim, vocês podem! Caiam fora daqui! Rin tire ela daqui!

Ninguém nunca tinha dito a Rin para cuidar de outra pessoa antes. As pessoas estavam sempre cuidando dela. Mas agora ela agarrou o braço de Sango e começava a puxar.

Inuyasha estava certo. Não havia nada que elas pudessem fazer por Kagome, e se elas ficassem o que quer que tenha pego-a iria pegá-las.

- Inuyasha! - Sango gritou enquanto era arrastada inexplicavelmente.

- Eu a colocarei debaixo das árvores. Dos salgueiros, não dos carvalhos. - ele disse depois delas.

Por que ele nos diria isso agora? Rin se perguntou em alguma parte profunda de sua mente que não estava tomada por medo e pela tempestade.

A resposta era simples, e sua mente prontamente devolveu para ela. Porque ele não ia ficar por perto para lhes contar depois.

N/A: Oi, gente... A Kagome morreu e também esse é o penúltimo capitulo de O Confronto, pelo menos ainda tem o outro! o/

Respostas as Reviews:

Ayame Gawaine:

É Inuyasha está a salvo! Ninguém vai tentar expulsar, matar ou outra coisa com ele. \o/

Ela foi humilhada em publico e ainda se deu mal! Nem todos estão bem a tia Kaede está magoada.

Vou colocar Reunião Sombria sim, assim que terminar A Fúria eu colocarei ele. ;)

Para mim é o mais emocionante de todos, só perdendo para Reunião Sombria por causa do final. Beijos para você também.

Tchauzinho até a próxima. o/