Discleimer: Inuyasha e Cia não me pertence uma lastima p/ qualquer um.

Diários do vampiro ou The Vampire Diaries também não me pertence é usado p/ fazer esta ADAPTAÇAO. PS: Algumas coisas vão ter q ser mudadas.

Texto original: Lisa Jane Smith.

Adaptação: Dreime.

Capitulo três

Kagome e Sesshoumaru aguardavam na sala escura. Inuyasha pôde sentir sua presença no pequeno anexo enquanto abria a porta da sala de fotografia que estava aberta e deixava Kouga entrar.

- Pensei que estas portas devessem estar fechadas – disse Kouga enquanto Inuyasha ligava o interruptor que acendi a luz.

- Estavam. – disse Inuyasha. Não sabia o que mais dizer para preparar Kouga para o que viria. Nunca antes havia revelado tão deliberadamente para um humano.

Deteve-se, quieto, até que Kouga virou e o olhou. A sala de aula era fria e silenciosa e o ar parecia pesado. Enquanto o momento se aproximava, viu a expressão de Kouga mudar lentamente de uma expressão desconcertante de dor a uma de moléstia.

- Não estou entendendo. – disse Kouga.

- Sei que você não entende. – foi até Kouga, tirou de propósito as barreiras que ocultavam seus poderes à percepção humana. Viu a reação no rosto de Kouga enquanto a moléstia se fundia em medo. Kouga falava e sacudia a cabeça, sua respiração começava a acelerar.

- Mas o que... – disse, sua voz se agravava.

- Possivelmente há um monte de coisas que deve estar pensando sobre mim – disse Inuyasha. – O porquê uso óculos escuros fortes. Porque não como. Por que meus reflexos são tão rápidos.

Kouga tinha suas costas contra o quadro negro agora. Sua garganta se fechou como se estivesse tragando. Inuyasha, com seus sentidos de predador, pôde escutar o coração de Kouga palpitar deliberadamente.

- Não – disse Kouga.

- Devia ter adivinhado, devia ter perguntado a você mesmo o que me fazia tão diferente de todos os outros.

- Não. Quero dizer... Não importa. Mantenho-me fora das coisas que não são da minha importância.

Kouga se dirigia a porta, seus olhos se cravaram nela em um movimento vagamente perceptível.

- Não faça isso, Kouga. Não quero machucar você, mas não pode ir agora.

Ele pôde sentir vagamente a necessidade de liberar a emanação de Kagome às escondidas. Espera, disse a ela.

Kouga se manteve quieto, renunciando qualquer tentativa de se afastar.

- Se quer me assustar, já conseguiu – disse em voz baixa. – O que você quer mais?

Agora, Inuyasha disse a Kagome. Disse a Kouga:

- Vire.

Kouga virou. E sufocou um grito.

Kagome se manteve ali, mas não a Kagome da tarde, quando Kouga a viu pela última vez. Agora seus pés estavam descalços debaixo da bainha de seu longo vestido. As finas pregas do vestido branco que ela carregava se endureceram como cristais de gelo que brilhavam na luz. Sua pele, sempre linda, aparentava um brilho invernal e seu cabelo negro parecia sobreposto por um brilho prateado. Mas a verdadeira diferença estava em seu rosto. Esses olhos de cor azul profundo estavam fechados profundamente, praticamente com um aspecto dorminhoco e mesmo assim pareciam despertos de maneira pouco natural. E uma olhada de pretensão sensual e ansiedade se fez ao redor de seus lábios. Ela estava mais linda do que nunca havia sido em sua vida, mas era uma beleza aterradora.

Enquanto Kouga olhava, paralizando, a rosada língua de Kagome lambeu os lábios.

- Kouga. – disse, persistindo sobre a primeira consoante do nome. Logo sorriu.

Inuyasha ouviu a respiração interna incrédula de Kouga e o soluço próximo quando finalmente se afastou dele.

Está bem, disse, enviando um pensamento a Kouga em um aumento de Poder. Enquanto Kouga se aproximava bobamente dele, com os olhos abertos em choque, acrescentou:

- Então agora você sabe.

A expressão de Kouga dizia que ele não queria saber, e Inuyasha pôde ver a reação em seu rosto. Sesshoumaru deu um passo para fora junto a Kagome e se moveram um pouco para a direita, acrescentando sua presença a carregada atmosfera da sala.
Kouga estava rodeado. Os três se fecharam ao redor dele, inumanamente bonitos, inatamente ameaçadores.

Inuyasha pôde cheirar o medo de Kouga. Era o medo desamparado de um coelho para a raposa, de um rato para a coruja. E Kouga estava certo de ter medo. Eles eram os caçadores e ele era a presa. Seu trabalho na vida era matá-lo.

E justamente agora os instintos estavam saindo do controle. Os instintos de Kouga lhe diziam para se assustar e correr, e eram reflexos disparados na mente de Inuyasha. Quando a presa corre, o predador o caça, simples assim. Os três predadores foram apresentados, um segundo, e Inuyasha sentiu que não poderia ser responsável das conseqüências se Kouga corresse desesperadamente.

- Não queremos machucá-lo - disse a Kouga. - É Kagome quem precisa de você, e o que precisa não o deixará permanentemente prejudicado. Nem sequer terá que o machucar, Kouga. - Mas os músculos de Kouga permaneciam tensos como se fosse escapar e Inuyasha se deu conta que os três o estavam acercando, movendo-se cada vez mais perto, prontos para impedir qualquer escape.

- Você disse que faria qualquer coisa por Kagome. - recordou a Kouga desesperadamente e viu que tomou uma decisão.

Kouga liberou sua respiração, a tensão se drenou de seu corpo.

- Tem razão, eu disse – sussurrou. Visivelmente se abraçou antes de continuar. – Do que precisa?

Kagome se inclinou para frente e pousou um dedo no pescoço de Kouga, marcando o caminho da artéria.

- Não essa – disse Stefan rapidamente. – Você não quer matá-lo. Diga Sesshoumaru – acrescentou quando Sesshoumaru não fez nenhum esforço para impedir. - Diga.

- Tente aqui ou aqui. – Sesshoumaru apontou com clinica eficiência, sustentando o queixo de Kouga para cima. Era o suficientemente forte para que Kouga não pudesse romper o toque e Inuyasha sentiu ressurgir o pânico.

- Confia em mim, Kouga. - Se moveu para trás do corpo humano. - Mas tem que ser sua decisão. - terminou, lavado repentinamente em compaixão. - Pode mudar de opinião.

Kouga duvidou e então falou entre dentes:

- Não. Ainda quero ajudá-la. Quero ajudar você, Kagome.

- Kouga – sussurrou, os olhos azuis como um fio de diamante se pousaram sobre ele. Então mudou a vista para sua garganta até seus lábios parcialmente faminta. Não havia sinal de incerteza como que ela demonstrou quando Sesshoumaru lhe sugeriu para se alimentar de pára-médicos. – Kouga – sorriu de novo e então o golpeou como uma ave caçadora.

Enquanto Kouga trabalhava para relaxar, uma ajuda inesperada veio de Kagome, que irradiava pensamentos cálidos e felizes de um filhote de lobo sendo alimentado. Obteve a técnica de mordida correta na primeira tentativa e se encheu de orgulho inocente e com crescente satisfação enquanto as pulsadas afiadas de fome cessavam. E com apreciação por Kouga, Inuyasha se deu conta, com um repentino choque de ciúmes. Ela não odiava Kouga nem queria matá-lo, porque não aparentava nenhum risco a Sesshoumaru. Era aficionada por Kouga.

Inuyasha a deixou tomar o necessário enquanto fosse seguro para Kouga e então interveio. - É o suficiente, Kagome. Você não quer machucá-lo. - Mas teve que tomar os esforços dele, Sesshoumaru, e um tonto Kouga para tirá-la de sua presa.

- Ela precisa descansar. – disse Sesshoumaru. – A levarei a algum lugar onde fique segura. – Não estava perguntando a Inuyasha, estava anunciando.

Enquanto se afastavam, sua voz mental acrescentou, para os ouvidos de Inuyasha:

Ainda não me esqueci da maneira em que me atacou irmão. Falaremos disso depois.

Inuyasha o olhou. Notou como os olhos de Kagome permaneciam sob Sesshoumaru, como o seguia sem perguntar nada. Mas agora estava fora de perigo; o sangue de Kouga havia lhe dado a força que precisava. Isso era tudo do que Inuyasha tinha que fazer, e disse a si mesmo que era tudo o que importava.

Virou para observar a expressão atordoada de Kouga. O garoto humano se afundou em uma das cadeiras de plástico e ficou olhando para frente.

Então seus olhos alcançaram os de Inuyasha e se observaram mutuamente de uma maneira lúgubre.

- Então – disse Kouga – agora eu sei. – sacudiu sua cabeça virando-a de maneira discreta. – Mas ainda não posso acreditar. – murmurou. Seus dedos pressionaram cautelosamente o lado do pescoço e se sacudiu de dor. – Esse cara... Sesshoumaru. Quem é ele?

- Meu irmão mais velho. – disse Inuyasha sem emoção. – Como sabe o nome dele?

- Estava na casa de Kagome semana passada. O gato brigou com ele. – Kouga se deteve, recordando algo claramente. – E Rin teve algum tipo de desajuste psíquico.

- Teve uma premonição? O que ela disse?

- Ela disse... Ela disse que a morte estava na casa.

Inuyasha ficou observando a porta por onde Sesshoumaru e Kagome haviam passado.

- Estava certa.

- Inuyasha, o que está acontecendo? – um tom de apelação entrou na voz de Kouga. – Continuo sem entender. O que aconteceu com Kagome? Vai ser assim para sempre? Não há nada que se possa fazer a respeito?

- Ser como? – disse Inuyasha brutalmente. – Desorientada? Um vampiro?

Kouga olhou para um lado.

- Ambos.

- Primeiro, ela ficará mais racional agora que se alimentou. É isso que Sesshoumaru pensa de qualquer forma. Por outro lado, só há uma coisa que se pode fazer para mudar sua condição. – Enquanto os olhos de Kouga se abriram com esperança esboçada, Inuyasha continuou. – Pode pegar uma estaca de madeira e cravá-la em seu coração. Então ela já não será uma vampira nunca mais. Simplesmente estará morta.

Kouga se levantou e foi para a janela.

- Não poderá matá-la, entretanto, por que isso já passou. Se afogou no rio, Kouga. Mas devido à quantidade de sangue suficiente de mim... – pausou para clarear sua voz – E, ainda, por meu irmão, ela se transformou em vez de morrer. Despertou como uma caçadora, como nós. Isso será tudo que ela será agora.

Ainda de costas, Kouga respondeu:

- Sempre soube que havia algo de diferente em você. Disse a mim mesmo que era simplesmente porque era de outro continente – sacudiu sua cabeça de novo em auto-desprezo. – Mas, dentro de mim sabia que era algo mais. E algo me dizia para continuar confiando em você. E foi o que eu fiz.

- Como quando foi comigo para conseguir verbena.

- Sim. Como isso. – Acrescentou. – Pode me dizer agora para que diabos era?

- Para a proteção de Kagome. Queria manter Sesshoumaru longe dela. Mas parece que isso não era o que ela queria - não pôde esconder a dor, a crua traição, em sua voz.

Kouga virou.

- Não a julgue antes de saber tudo o que aconteceu, Inuyasha. É algo que eu aprendi.

Inuyasha estava assustado; então lhe mostrou um pequeno sorriso sem graça. Como o par de Kagome, ele e Kouga estavam na mesma posição agora. Perguntou-se se seria tão legal quanto Kouga tinha sido. Levar sua derrota como um cavalheiro.

Não pensou assim.

Fora, um som começou a soar. Era inaudível aos ouvidos humanos e Inuyasha quase o ignorou até que as palavras penetraram em sua consciência.

Então se lembrou do que havia feito na escola há apenas algumas horas. Até agora, havia esquecido tudo sobre Bankotsu Smallwood e seus rudes amigos.

Agora sua memória voltava; vingança e horror fecharam sua garganta. Havia estado fora de sua mente por causa da dor sobre Kagome e sua razão se escapara pela pressão.

Mas essa não era a desculpa para o que havia feito. Estavam todos mortos? Teria ele, quem jurara há muito tempo não voltar a matar ninguém, assassinado três pessoas nesse dia?

- Inuyasha, espera. Aonde vai?

Como não respondeu Kouga o seguiu, quase correndo para alcançá-lo, fora do edifício principal da escola havia o piso escuro. Do outro lado do campo, o Sr. Shelby estava parado na cabana Quonset.

O rosto do zelador estava cinza e coberta de líneas de horror. Parecia que tentava gritar, mas só um pequeno gemido saiu de sua boca. Usando o cotovelo para abrir espaço, Inuyasha olhou a sala e teve um curioso sentimento de déjà vu.

Parecia a sala do Carniceiro Louco da Casa Amaldiçoada. Exceto que isto não era uma montagem feita para os visitantes. Era real.

Os corpos estavam espalhados por todos os lados, em meio a fragmentos de madeira e vidro da janela quebrada. Toda a superfície visível estava coberta por sangue marrom e sinistro enquanto secava. E uma olhada nos corpos revelava o porquê: cada um deles tinha um par de lívidas feridas púrpuras em seus pescoços. Exceto por Ayame: seu pescoço não tinha marcas, mas seus olhos estavam brancos e observando.

Atrás de Inuyasha, Kouga estava hiperventilando.

- Inuyasha, Kagome não... Ela não...

- Silêncio – respondeu Inuyasha bruscamente. Olhou de novo o Sr. Shelby, mas o zelador havia tropeçado no carrinho de vassouras e panos e estava inclinado sobre ele. O vidro grunhia debaixo dos pés de Inuyasha enquanto cruzava o piso para se inclinar sobre Bankotsu.

Não estava morto. Um sentimento de alivio explodiu em Inuyasha quando se deu conta. O peito de Bankotsu se movia debilmente e quando Inuyasha levantou a cabeça do garoto seus olhos se abriram um pouco, cristalinos e sem vista.

- Você não se lembra de nada. - disse Inuyasha mentalmente. Mesmo tendo dito, se perguntou por que se importava. Deveria deixar Fell's Church, cortá-lo todo agora e nunca mais voltar.

Mas não podia. Não enquanto Kagome estivesse ali.

Reuniu a mente inconsciente do resto das vitimas dentro da sua mente e os disse o mesmo, alimentando no mais profundo de seus cérebros. Não recordavam quem os atacou. A noite anterior estava completamente em branco.

Enquanto fazia, sentiu seus Poderes mentais tremerem como músculos cansados. Estava perto do esgotamento.

Fora, o Sr. Shelby encontrou por fim sua voz e estava gritando. Cansado, Inuyasha deixou cair à cabeça através de seus dedos de volta ao piso e virou.

Os lábios de Kouga estavam contraídos para dentro, seu nariz se queimava, como se tivesse cheirado algo desagradável. Seus olhos eram os olhos de um estranho.

- Kagome não pode. – sussurrou. – Você o fez.

- Silêncio. - Inuyasha o empurrou, passando por um lado até o agradável frio da noite, colocando distância entre ele e a sala, sentindo o ar frio em sua pele quente. Passos correndo pelas redondezas do refeitório lhe dizia que alguns humanos haviam ouvido por fim os gritos do zelador.

-Você o fez, não é mesmo? – Kouga havia seguido Inuyasha fora do campo. Sua voz dizia que tentava entende-lo.

Inuyasha se virou para ele.

- Sim, o fiz – grunhiu. Olhava Kouga até embaixo sem ocultar nenhuma de suas ameaças de aborrecimento em seu rosto. – Eu disse a você, Kouga, somos caçadores. Assassinos. Vocês são as ovelhas, nós somos os lobos. E Bankotsu estava pedindo por isso cada dia desde que cheguei.

- Pedindo por um soco na cara, sim. Como se não tivesse feito isso antes. Mas... Isso? – Kouga cessou seu passo, olhando nos olhos de Inuyasha, sem medo. Tinha coragem psíquica; tinha que admitir isso. – E nem sequer sente pena? Nem sequer se arrepende disso?

- Por que deveria? – disse Inuyasha friamente, vagamente. – Você se arrepende quando como bistecas demais? Sente pena da vaca? – pôde observar a olhada de incredibilidade doente e o pressionou, levando a dor em seu peito mais profundamente. Era melhor que Kouga se mantivesse afastado nesses momentos, muito afastado. Ou Kouga poderia terminar como aqueles corpos na cabana de Quonset. – Sou o que sou Kouga. E se não pode lidar com isso, deveria se manter fora.

Kouga se manteve de frente para ele por um momento, a incredibilidade doente se transformou lentamente em desilusão doente. Os músculos ao redor de sua mandíbula se destacaram. Então, sem dizer uma palavra, virou os calcanhares e se afastou caminhando.

Kagome estava no cemitério.

Sesshoumaru a havia deixado ali, exaltando que ela deveria ficar ali até que ele voltasse. Entretanto, não queria ficar sentada. Sentia-se cansada, mas não realmente com sono e o novo sangue a afetava como um relâmpago de cafeína. Queria sair e explorar.

O cemitério estava cheio de atividade apesar de que não havia humanos á vista. Uma raposa observava sigilosamente pelas sombras através do caminho do rio. Pequenos roedores caminhavam nos túneis embaixo o longo e frondoso pasto ao redor das lapides, guinchando e correndo. Uma coruja voava quase silenciosamente através da velha igreja onde cantava em um campanário um misterioso grito.

Kagome se levantou e o seguiu. Isso era muito melhor do que se esconder no pasto como um rato ou um roedor. Olhou ao redor da velha igreja interessada usando seus afiados sentidos para examiná-la. A maior parte do teto havia se desprendido e só três muros estavam de pé, mas o campanário se mantinha como um monumento entre os escombros.

Em um lado estava a tumba de Thomas e Honoria Fell, como um longo caixão. Kagome olhava com seriedade por baixo dentro dos rostos de mármore da tampa de suas estatuas. Permaneciam em tranqüilo repouso, seus olhos fechados, suas mãos fechadas ao redor de seus peitos. Thomas Fell parecia sério e um pouco inconformado, mas Honoria parecia totalmente triste. Kagome pensou de maneira perdida em seus próprios pais, repousando lado a lado no moderno cemitério.

Irei para casa, é para lá aonde vou, pensou. Tinha se lembrado do lugar. Podia desenhá-lo agora: seu bonito quarto com cortinas azuis e moveis de madeira cor cereja e sua pequena lareira. E algo importante debaixo do piso de seu closet.

Encontrou seu caminho na Rua Maple pelo instinto que corria profundamente por sua memória, deixando que seus pés a guiassem. Era uma casa velha, muito velha, com um grande pórtico e grandes janelas na frente. O carro de Myouga estava estacionado na entrada.

Kagome caminhou até a porta principal e então se deteve. Havia uma razão pela qual as pessoas não deviam vê-la, apesar de que não podia se lembrar qual era o motivo no momento. Duvidou e então subiu agilmente a árvores de galhos até a janela de seu quarto.

Mas não ia ser capaz de entrar sem ser notada. Uma mulher estava sentada na cama com o quimono de seda vermelha de Kagome em sua volta, olhando-o. A tia Kaede. Myouga estava parado no vestíbulo, falando com ela. Kagome notou que podia escutar o murmúrio de vozes mesmo através do vidro.

-... fora amanhã de novo – estava dizendo. – Enquanto não há tempestade. Irão atrás a cada centímetro do bosque e a encontrarão, Kaede. Você vai ver. – A tia Kaede não disse nada e continuava soando cada vez mais desesperada. – Não podemos perder as esperanças, não importa o que as garotas digam...

- Não adianta Myou – tia Kaede havia levantado sua cabeça finalmente e seus olhos estavam vermelhos, mas secos. – Não adianta nada.

- Os esforços para o resgate? Não quero vê-la falando desse jeito – se sentou ao lado dela.

- Não, não é só isso... Apesar do que sei, no coração, eu sei que não vamos encontrá-la viva. Refiro-me... Tudo. Nós. O que aconteceu foi nossa culpa...

- Não é verdade. Foi um acidente muito horrível.

- Sim, mas a deixamos passar. Se não houvéssemos sido tão duros com ela, nunca teria dirigido só nem tinha ultrapassado a tempestade. Não, Myou, não tente me calar; quero que me escute. – Tia Kaede tomou um profundo suspiro e continuou. – Tampouco foi só hoje. Kagome estava tendo problemas já faz muito tempo. Mas por estar preocupada comigo mesma – conosco – para lhe dar um pouco de atenção. Posso enxergar isso agora. E agora que Kagome... Se foi... Não quero que aconteça o mesmo com Souta.

- O que está dizendo?

- Estou dizendo que não posso em casar com você, não agora, como havíamos planejado. Talvez nunca – sem voltar a olhá-lo, disse suavemente. –Souta tem perdido tanto. Não quero que sinta que está me perdendo também.

- Ela não perderá você. Ao contrario, ela estará ganhando alguém mais, porque estarei aqui. Você sabe o que sinto por ela.

- Sinto muito, Myou, mas não consigo ver dessa maneira.

- Não pode estar falando sério. Depois de todo esse tempo que temos passado aqui... Depois de tudo que fizemos...

A voz de tia Kaede era drenada e implacável.

- Estou falando sério.

Empoleirada na janela, Kagome olhou Myouga curiosamente. Uma veia palpitava em seu rosto e ele estava avermelhado.

- Você se sentirá diferente amanhã.

- Não. Não é assim.

- Não estará pensando em...

- Eu estou pensando. Não me diga para mudar de idéia porque não vou mudar.

Por um instante Myouga olhou ao redor com incompreensiva frustração, então sua expressão se obscureceu. Quando falou, sua voz era ampla e fria.

- Entendo. Bom, se esta é a resposta final, então já estou indo.

- Myou – tia Kaede virou assustada, mas já estava fora da porta. Levantou-se, vacilante, como se não estivesse segura se deveria ir atrás dele ou não. Seus dedos se amassaram no material vermelho que estava segurando.

- Myou! – o chamou de novo, mais urgentemente, e se virou para jogar o quimono na cama de Kagome antes de ir atrás dele.

Mas no momento em que se virou, ficou boquiaberta, uma mão voou até sua boca. Seu corpo inteiro ficou rígido. Seus olhos se cravaram em Kagome através do prateado do painel de vidro. Por um longo momento, olharam uma a outra, sem nenhuma das duas se mover. A mão de tia Kaede se afastou da boca e começou a gritar.

N/A: Oi gente, papai foi viajar então me deixou antes em casa, e não pude postar ontem por que meu primo dormiu no meu quarto e eu fui basicamente expulsa dele. ¬¬ Mas está ai mais um cap. para vocês.

Respostas as Reviews:

Ayame Gawaine:

É com o próprio irmão DE NOVO! Eles não vão ficar muito felizes no final.

Sabe que eu nunca parei para pensar nisso?

Tchauzinho até a próxima. o/