POV Dean
Eu estava levando nossas coisas para o Impala. Mais um trabalho resolvido e finalmente uma semana de bebidas e livre do céu e do inferno.
- Hey, Dean. - Diz uma voz conhecida.
Ou não. Me viro e dou de cara com a minha namorada demônio. Sei que isso é estranho, o clichê de um caçador e um demônio pode ser meio romance barato de filmes de segunda, mas isso é a droga do amor que ninguém entende.
- Hey, querida, não consegue ficar longe?
- Tenho um trabalho pra vocês. – Diz ela séria.
- Timming perfeito, tenho um espaço em branco na minha agenda.
Como se o meu tempo vago não fosse sempre só para ela. Nossa história começou comigo tentando matá-la (uma reação que ela provoca frequentemente nas pessoas) e depois de mais alguns problemas (ela também tentou me matar, digamos que é um pouco vingativa) acabamos nos apaixonando de verdade. Foi até um pouco engraçado como aconteceu. Nós estávamos fazendo o que sempre fazíamos, ou seja, brigar eu nem me lembro do por que. E no meio de todos os xingamentos e maldições ela me beijou, e tudo mudou. Um fogo tomou conta de mim, e eu a beijei de volta, naquele momento eu esqueci que estávamos brigando e o que ela era só o que importava éramos nós e o prazer que estávamos trazendo um ao outro. Era como se todas as barreiras entre nossos mundos tivessem sido quebradas, algo incontrolável. Por muito tempo nós negamos o que aconteceu naquela noite e nas próximas que se seguiram. Mas parece que o destino insistia em nos reunir. Nosso relacionamento mudou de nível com o tempo, passamos a conhecer e a amar um ao outro, apesar das diferenças.
Mas em certas coisas ela continua sendo demoníaca. É mestra em estragar as minhas férias, por exemplo.
Enquanto todos esses pensamentos passavam pela minha cabeça, senti sua respiração se aproximar do meu rosto e nossos lábios se tocaram bem lentamente, logo o ritmo aumentou e ela já estava praticamente me jogando em cima do Impala. Eu beijava o seu pescoço enquanto Ruby tentava tirar a minha camisa. Então ouvimos passos se aproximando e uma voz disse:
- Gente, por favor, arrumem um quarto!
- Sempre o estraga prazeres, Sammy - respondi ofegante e irritado.
- Então Ruby, sua vinda tem outro objetivo além de se agarrar com o meu irmão? - Pergunta Sam.
-Meu objetivo primordial é sempre agarrar o seu irmão. Mas posso fazer isso depois. Tenho algumas informações para vocês. - Diz Ruby empurrando Dean para o lado.
- O que é? - Pergunta Sam.
- Um caso na cidade de Mystic Falls, na Virgínia, muito complicado pelo que eu soube, há uma concentração de atividades paranormais, mortes e desaparecimentos inexplicáveis, inclusive indícios da presença de lobisomens, bruxas e vampiros. - Explica Ruby.
- Ótimo, adorei, vai ser bom chutar as bundas de todos eles juntos - falo entusiasmado.
- O que há nessa cidade pra atrair todos esses seres? - Pergunta Sam.
- Sinceramente eu não sei, mas ouvi falar que em 1864 essa cidade era tomada por essas criaturas, talvez eles tenham decidido voltar pra casa - responde Ruby.
- Quem se importa, vamos matar todos e mandá-los para o inferno, de onde não deviam ter saído - retruco.
- Mas não agora, amanhã. Sam, porque não vai fazer uma pesquisa enquanto eu e seu irmão temos uma conversa séria. - Pede Ruby sorrindo maliciosamente para mim.
- É, Sammy, deixa os adultos conversarem - eu completo.
- Faz tempo que não tenho esse tipo de conversa séria com ninguém. Vou sair para beber e fingir que não vi isso - responde Sam.
Enquanto Sam bebia, Dean e Ruby travavam seu apocalipse pessoal, e pela manhã todos pegaram a estrada rumo a Mystic Falls.